quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Escola Bíblica Dominical -A Glória das Duas Alianças

AD Ministério Plena Unção – Departamento de Escola

Bíblica Dominial – Setor de Educação Cristã

Lição 04 João Luiz Marques

A Glória das Duas Alianças

Leitura Bíblica em Classe 2 Coríntios 3.1-11

Introdução

  1. Paulo justifica sua autorrecomendação

• "Paulo precisava de carta de recomendação?"

"Mestres itinerantes da igreja primitiva tinham por característica levar cartas de apresentação (cf. At 18.27). Os inimigos de Paulo aparentemente atacavam sua credibilidade ao indagarem: Onde estão as suas cartas?

Todo verdadeiro crente é uma carta aberta de Cristo, pois sua vida refletirá a obra de Deus em sua personalidade. Desde que Paulo conduziu muitos coríntios a Cristo, estes são cartas que testificam seu ministério, competência e chamado".

Carta de recomendação eram normalmente requisitadas para auxílio e hospitalidade, para ajudar na procura de emprego ou instrução, baseadas nas virtudes do que recomendava, e na oportunidade do recebedor demonstrar sua lealdade ao escritor.

  1. A recomendação requerida (3.1)
    1. Era hábito dos judeus que viajavam com freqüência, levarem cartas de recomendação para serem hospedados durante o período em que ali estivessem
    2. Paulo era o fundador da igreja em Corinto, conhecido por todos, portanto, não necessitava de carta recomendável, mesmo que, alguns judeus-cristãos estivessem com dúvida quanto ao seu apostolado. Era um absurdo alguém exigir tais cartas de Paulo, para a igreja de Corinto, visto que ele era seu apóstolo fundador.
  2. Paulo defende sua autorrecomendação (3.1)
    1. Todos em Corinto sabiam que Paulo, mesmo não tendo sido um dos doze que estiveram com Jesus
    2. Entretanto, recebera um chamado de Cristo para ser apóstolo
    3. Seus sofrimentos por Cristo evidenciavam seu apostolado entre os gentios e, especialmente, em Corinto, dispensando, portanto, qualquer tipo de recomendação por escrito.
    4. Paulo não está se referindo à recepção da carta, e sim à sua entrega. Como um rolo de papiro, ela está selada dentro dele a fim de ser revelada a todos os homens quando, com coração aberto, ele lhes declara a fé cristã.
    5. Ele é muito sensível nesta questão de auto-recomendação (5.12; 10.18).
    6. Paulo vê os coríntios como "carta viva", ditada por Cristo, mas "inscrita" por Paulo mediante o ministério apostólico da proclamação do evangelho.

O neutro tem sentido de tinta. A tinta poderia ser apagada ou lavada. Paulo adianta-se um pouco mais nessa analogia, dizendo que o trabalho de inscrição foi efetuado não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente. (v.3).

  1. A mútua e melhor recomendação (3.1)

II. A Confiança da Nova Aliança (3.4-11)

. A Lei nunca foi um caminho para a salvação, pois Deus já havia predito um novo Concerto com Israel. Somente o Novo Concerto é capaz de oferecer perdão e um novo coração. A nova Aliança é descrita como o que é permanente, e neste respeito é superior àquilo que se desvanecia. A nova Aliança do Espírito não deverá ser substituída por outra aliança, como ocorreu à aliança da lei. Por causa de sua permanência, é muito mais gloriosa do que a que tinha caráter transitório.

  1. A suficiência que vem de Deus (3.5)
    1. Isto é um reconhecimento sóbrio dos fatos. A obra espiritual só pode ser realizada pelo poder de Deus liberado mediante a pregação do evangelho (cf. Rm 15.17-19; 1Co 1.18-2.5)
  2. A distinção entre as duas Alianças (3.6)
    1. Paulo demonstra que o Antigo Pacto ou Antiga lei tinha em seu conteúdo a sentença de morte sobre o moralmente culpado
    2. A Antiga Aliança ou Antiga lei era da "letra", gravada com letras em pedras
    3. A Nova Aliança ou Novo Pacto é do Espírito, e ministrada por Ele, pois é um ministério da justiça, o qual vivifica e é permanente
    4. A Antiga Aliança ou Antiga lei era de condenação; a nova é de justiça e salvação
  3. A "letra" que mata (3.6)

Não é a lei nem a Palavra de Deus escrita, em si mesmas que destroem. Trata-se, pelo contrário, das exigências da lei, que sem a vida e o poder do Espírito, trazem condenação. A "letra" mata quando usada de modo impróprio,i.e., como um sistema de regras que devem ser observadas a fim de estabelecer a auto-retidão do indivíduo.

  1. A Glória da Nova Aliança (3.7-18)

"No Antigo Testamento, a glória de Deus está intimamente ligada à auto-revelação do Senhor. Há muitas imagens: esplendor fulgurante, e santidade flamejante marcam sua presença (por exemplo, Êxodo 16.10; 40.34,35; 2 Crônicas 7.1,2). Mas, nenhum poder elementar ou santidade flamejante expressam a Deus de maneira absolutamente adequada. Dessa forma, o Êxodo relaciona a glória de Deus com revelação de seu caráter amoroso. Quando Moisés implorou para que Deus lhe mostrasse sua glória, a Bíblia relata: 'Ele disse: Eu farei passar toda a minha bondade por diante de ti e apregoarei o nome do Senhor diante de ti; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia e me compadecerei de quem me compadecer. E disse mais: Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá (Êx 33.19,20). Com o mesmo sentido de revelação, Deus diz: 'Serei glorificado', no caso da recusa do Faraó em deixar que Israel saísse do Egito (Êx 14.4). O grande poder redentor de Deus foi exibido no Êxodo (Nm 14.22), da mesma forma como seu poder criativo é exibido quando 'os céus manifestam' sua glória (Sl 19.1).

Mas 'glória' implica em mais do que revelação de como Deus é. Implica em invasão do universo material, expressão da presença ativa de Deus entre seu povo. Assim, o Antigo Testamento conscientemente relaciona o termo 'glória' à presença de Deus em Israel, em tabernáculos e templos (por exemplo, Êxodo 29.43; Ezequiel 43.4,5; Ageu 2.3). "A glória objetiva de Deus é revelada por sua vinda, para estar presente conosco — seu povo — e para se mostrar a cada um de nós por suas ações neste mundo".

  1. A glória desvendada de Deus
    1. Paulo contrasta a lei de Moisés com o evangelho da graça, mostrando a superioridade deste sobre aquele
      1. A lei de Moisés (3.7,9a, 11a, 13-15)
        1. Estava acompanhada de uma glória passageira (3.7,10a)
        2. Era temporária (3.11a)
        3. Conduziu à morte (3.9a).Usar a lei desta forma inevitavelmente conduz à morte, visto que ninguém pode satisfazer às suas exigências e, portanto, todos ficam sob sua condenação.Por isso o ministério do código escrito, neste sentido, é um ministério de morte.
        4. Funcionou como um véu, restringindo a glória de Deus (3.13-14a, 15)
        5. Impediu a semelhança com Cristo na vida dos judeus e gentios não-salvos (3.14b). A sentença toda ilustra uma profunda tragédia do Judaísmo. Eles tinham a lei em alta estima e aliam em seus cultos, mas não viam que ela era o documento que somente pronunciava sua própria condenação.

  1. O evangelho da graça (3.8,9b, 10b, 11b-12, 16-18)
    1. Vem acompanhado de uma glória permanente (3.10b)
    2. É eterno (3.11b)
    3. Conduz à vida (3.8). O ministério do espírito é completamente diferente.
    4. Funciona como em espelho, refletindo a glória de Deus (3.16-18)
    5. Produz semelhança com Cristo na vida dos judeus e gentios salvos (3.9b)
    6. Produz confiança (3.12)
  1. A superioridade da Nova Aliança sobre a Antiga Aliança
    1. A glória do Antigo Pacto era passageira porque trazia à tona a realidade do pecado, sua maldição e condenação
    2. O Novo Pacto demonstrou outra características da glória de Deus, o seu poder misericordioso para salvar e dar vida
    3. glória do Primeiro Concerto revelou o ministério da morte, porque condenava e amaldiçoava todo aquele que não cumpria a lei, mas a glória do Segundo Concerto revelou o ministério da vida e da graça de Deus.
  2. A glória dos rostos desvendados (3.13-16)
    1. Quando Paulo usa a figura da glória resplandecente da face de Moisés, ele reforça o fato de que tal glória teve que ser coberta com véu e que se desvaneceu com o tempo, portanto, era transitória
    2. Eles não deveriam ver o desaparecimento da glória na face de Moisés e reconhecer que seu serviço estava chegando ao fim
    3. Porém, a glória da Nova Aliança manifestou-se descoberta, sem véu, porque Cristo a revelou no Calvário
  3. A liberdade do Espírito e a nossa permanente transformação (3.17,18)
    1. A liberdade do Espírito livrou-nos das amarras das tradições religiosas, que nos impediam de um relacionamento direto com o Senhor
    2. Tal relacionamento é fundamental para que possamos ser transformados e conformados à imagem do homem perfeito e completo: Jesus Cristo (Rm 8.29; Ef 4.13).

Os cristãos, vendo em Jesus a imagem de Deus, não são deificados, mas são transformados na mesma imagem; a glória que eles compartilham com Ele aumenta cada vez mais, de um estágio de glória para outro mais alto. A imagem é contínua e livre de interrupção.

Conclusão

O Segundo Pacto é superior ao Primeiro, porque veio mediante a pessoa de Jesus Cristo, que consumou todas as coisas do Antigo Pacto, em um único ato sacrificial.

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O Ministério da Lei em Contradição com o Ministério da Graça

1.A Lei diz: "Olho por olho e dente por dente" (Êx 21.23-25).

1. A Graça diz: "Não resistirá ao mal" (Mt 5.39).

2.A Lei diz: "Aborrecerás o teu inimigo" (Dt 23.6).

2. A Graça diz: "Amais os vossos inimigos" (Mt 5.44).

3.A lei exige: "Fazei e vivei (Lv 18.5) [a segurança de Israel, tudo o que lhe diz respeito, consiste em fazer algo para poder viver] (Ne 9.29; Êx 2.11; Gl 3.12).

3. A graça diz: "Crede e vivei" (Jo 5.24), para que pela fé recebamos a promessa do Espírito (Rm 4.13,16);

4.A lei foi dada por causa da transgressão (Gl 3.19).

4. A Graça foi dada como promessa a Abraão e sua posteridade: Cristo Gl 5.3-18).

5.A Lei é a força do pecado (Rm 4.15).

5. A Graça nos livra do pecado (Rm 6.14,15).

6.A Lei condena a melhor criatura (Sl 14.1-3).

6. A Graça justifica graciosamente a pior criatura (Lc 23.43; Rm 5.5-8).

7.A Lei opera a ira de Deus (Rm 4.15).

7.A Graça nos livra da ira futura (Is 54.8).

8. A Lei fecha toda a boca (Rm 3.19).

8. A Graça abre toda a boca (mc 16.15-18).

9. A Lei opera a morte ( Rm 7.4-11).

9.A Graça opera a vida eterna (Jo 5.24,39,40).

10. A Lei não justifica alguém diante de Deus (At 13.39).

10. A Graça nos justifica mediante a fé (Rm 3.21-28).

Bibliografia sugerida:

RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2005, p. 896.

RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, pp. 310-11

KRUSE, Colin G.the second epistle of Paul to the Corinthians – introduction and Commentary-Copyright – 1987 Publicado pela Inter –Varsity Press Leicester, Inglaterra

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