sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Existe Purgatório? A Passagem de 1 Coríntios dá Suporte à Doutrina Católica do Purgatório?

Existe Purgatório? A Passagem de 1 Coríntios dá Suporte à Doutrina Católica do Purgatório?

A discussão acalorada deu-se em uma rádio dita evangélica!

"manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo". (1 C0 3.113-15)

Os católicos romanos apelam para essa passagem como base da doutrina de uma punição temporária daqueles que não são suficientemente bons para irem diretamente para o céu. Apontam para o fato de que a passagem fala de pessoas que sofrerão "dano" quando suas obras se queimarem com o fogo, mas que acabarão sendo salvas (1Co 3.15). Será que a Bíblia ensina que há um inferno temporário (purgatório), onde as pessoas sofrem por causa de seus pecados, antes de poderem ir ao céu?

É preciso lembrar que a Bíblia, em parte alguma ensina a doutrina do purgatório. Essa doutrina é contrária a muitos fatos das Escrituras. Primeiro, o inferno é um lugar permanente de "fogo eterno" (Mt 25.41). Ele impõe uma "penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor", 2Ts 1.9. Jesus declarou ser o inferno um lugar em que nunca "o fogo se apaga" e onde o corpo não "morre" (Mc 9.45-48).

Segundo, uma vez no inferno, ninguém pode sair dele. Jesus, disse que "está posto um grane abismo,... de sorte que os que quiserem passar" de um lado para o outro não têm como fazê-lo (LC 16.26). Isso é verdadeiro mesmo que eles lastimem estar lá (Lc 16.23,28).

Terceiro, a doutrina do purgatório é uma afronta à completa e suficiente obra de Cristo na cruz, com a sua morte. Quando Jesus morreu por nossos pecados (1Co 15.3), Ele proclamou: "Está consumado!" (Jo 19.30). Olhando pára o que iria acontecer na cruz, Jesus orou ao Pai dizendo: "eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer" (Jo 17.4). O livro de Hebreus nos informa que "tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados [Jesus] assentou-se à destra de Deus" (Hb 10.12). "Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados" (Hb 10.14).

Quarto, o único purgatório por que alguém passou foi o purgatório de Cristo na cruz, quando ele purgou os nossos pecados. O autor de Hebreus declara que "depois de ter feito purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas" (Hb 1.3).

Quinto, a doutrina do purgatório baseia-se no livro apócrifo de 2 Macabeus (12.46), o qual diz que rezar pelos mortos, para que sejam absolvidos dos seus pecados, é um modo de pensar santo e piedoso. Mas esse livro, do segundo século antes de Cristo, não diz ser inspirado, como também não afirma isso nenhum dos demais livros apócrifos. O livro de 1 Macabeus até mesmo nega a sua inspiração (1Mac 9.27).

Os livros apócrifos jamais foram aceitos pelo judaísmo como sendo inspirados. Nem Jesus nem os autores do Novo Testamento jamais os citaram como inspirados. Até mesmo Jerônimo, o católico romano tradutor da importante Bíblia em latim chamada Vulgata, rejeitou 2 Macabeus juntamente com os demais livros apócrifos. Além disso, 2 Macabeus não foi oficialmente acrescentado à Bíblia pela Igreja Católica Romana senão em 1546 a.D, cerca de 29 anos depois que Lutero deu início à Reforma, durante a qual ele falou contra o purgatório e contra as orações em favor dos mortos.

Finalmente, mesmo quando 2 Macabeus foi acrescentado por Roma na Bíblia (junto com os demais livros apócrifos), ela rejeitou outro livro apócrifo, que fala contra orações pelos mortos. O livro de 2 Esdras (chamado de 4 Esdras pelos católicos), falando do dia da morte, declara: "ninguém jamais orará por outro naquele dia" (2Esdras 7.105). Rejeitando este livro e aceitando Macabeus, a Igreja Católica manifestou arbitrariedade na decisão da escolha de livros que suportassem as doutrinas que ela tinha acrescentado à Bíblia.

Concluindo, em 1 Coríntios, Paulo não está falando de purgatório, mas do "tribunal de Cristo", perante o qual todos os crentes comparecerão para receber sua recompensa "segundo o bem ou mal que tiver feito por meio do corpo" ( 2Co 5.10). Toda nossa "obra" vai ser "revelada pelo fogo" e "se permanecer a obra de alguém,...esse receberá galardão ( 1Co 3.13-14).

Sendo que a salvação do inferno é pela graça, não por obras (Rm 4.5; Ef 2.8,9; Tt 3.5-7), está claro que essa passagem está falando da "obra" e do "galardão" do crente, por servir a Cristo, e não de um possível purgatório onde o cristão (em vez de Cristo) tivesse de sofrer pelos pecados que praticou.

By Norman Geisler

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Polêmica: Se Paulo Escreveu Outra Epístola Inspirada Por Que Deus Permitiu Que Ela Se Perdesse? (1Co 5.9)

Se Paulo Escreveu Outra Epístola Inspirada Por Que Deus Permitiu Que Ela Se Perdesse? (1Co 5.9)

Paulo refere-se a uma epístola anterior escrita por ele aos coríntios, da qual não se tem conhecimento. Mas desde que ela foi escrita por um apóstolo a uma igreja e continha instruções espirituais de quem possuía autoridade, tal carta deve ser considerada inspirada. Isso levanta a seguinte questão. Como pôde então Deus permitir o extravio de uma epístola inspirada..

Há três possibilidades nessa questão. Primeiro, pode ser que nem todas as cartas apostólicas tenham tido o propósito de estar no cânon das Escrituras. Lucas refere-se a "muitos" outros evangelhos (1.1) João dá a entender que houve muitas coisas mais, que Jesus fez, mas que não foram registradas (20.30; 21.25). É possível que Deus não pretendesse que essa assim chamada "carta perdida" aos coríntios integrasse o cânon dos livros que foram preservados para a fé e prática das futuras gerações, como aconteceu com os demais 27 livros do Novo Testamento (e com os 39 do Antigo Testamento).

Segundo, alguns crêem que a carta referida (em 1Co 5.9), pode não estar perdida afinal, mas ser uma parte de um livro existente na Bíblia. Por exemplo, ela poderia ser parte do trecho que conhecemos como sendo 2 Coríntios (capítulos 10 a 13), que alguns acreditam ter sido posto junto com os capítulos 1 a 9. Para isso baseiam-se no fato de que os capítulos 1 a 9 têm notoriamente um tom diferente em relação ao restante do livro de 2 Coríntios (capítulo 10 a 13).

Isso pode indicar que o trecho foi escrito numa ocasião diferente. Além disso, apontam para o uso da palavra "agora" ( 1Co 5.11), em contraste com um implícito "então", quando o livro anterior fora escrito. Observam também que Paulo refere-se a "cartas" (no plural) que ele tinha escrito, em 2 Coríntios 10.10.

Terceiro, outros acreditam quem em 1 Coríntios 5.9 Paulo esteja se referindo ao presente livro de 1 Coríntios, ou seja, ao mesmo livro que ele estava escrevendo naquela hora. Em apoio a isso observam o seguinte:

Embora o tempo verbal grego empregado aqui, o aoristo ("escrevi"), possa referir-se a uma carta do passado, ele poderia referir-se também ao mesmo livro. Isso é chamado de um "aoristo epístola", porque se refere ao mesmo livro em que ele está sendo usado.

Em grego, o aoristo não é um tempo do passado como tal. Ele refere-se ao tipo de ação, e não propriamente do tempo da ação. Ele identifica uma ação completa, que pode até mesmo ter levado muito tempo para ser realizada (cf. Jo 2.20).

O tempo aoristo com freqüência implica uma ação decisiva, sendo que no caso Paulo estaria dizendo mais ou menos o seguinte: "Estou escrevendo-lhes em caráter decisivo..." Isso certamente está de acordo com o contexto dessa passagem, na qual ele está instando a Igreja a tomar uma medida imediata de excomungar um membro impuro.

Outro "aoristo epistolar" foi usado por Paulo nessa mesma carta quando ele disse: " Não estou escrevendo na esperança que vocês façam isso por mim" (1Co 9.15, NVI)

Não há absolutamente indicação alguma na história da igreja primitiva de que uma tal carta de Paulo, além das conhecidas 1 e 2 Coríntios, tendo existido. A referência em 2 Coríntios 10.10, dizendo: "as cartas...são graves", pode significar tão somente " o que ele escreve é grave". E o "agora" de 1 Coríntios 5.11 não indica necessariamente que era uma carta posterior. Esta palavra pode ser traduzida por "não" (BJ), ou como uma expressão de ênfase: " o que eu digo é que ..." (TLH), com pequena variação, BV).

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Jesus, Após Sua Morte Foi Para o Céu ou Desceu ao Inferno?

Jesus desceu até o inferno?

Paulo declara que Jesus desceu ao inferno "até as regiões inferiores da terra" e o Credo dos Apóstolos declara que, depois de ter sido morto, Jesus "desceu ao inferno". Entretanto quando Cristo estava morrendo, entregou seu espírito nas mãos do Pai (Lc 23.46) e disse ao ladrão que este estaria com ele no "paraíso" (Lc 23.43), ou seja, no "terceiro céu" (2 Co 12.2,4). Para onde Jesus foi então: para o céu ou para o inferno?

Há duas posições a respeito do lugar para onde Jesus foi durante os três dias em que o seu corpo permaneceu no túmulo, antes da ressurreição: uns defendem que ele foi para o Hades; outros, que ele foi para o céu.

Para o Hades. Os partidários dessa posição afirmam que o espírito de Cristo foi ao mundo espiritual, enquanto o seu corpo permanecia no túmulo. Crêem que Jesus "pregou aos espíritos em prisão" (1 Pe 3.19), que estavam num lugar de cativeiro temporário, aguardando a sua chegada para "levar cativo o cativeiro", isto é, levá-los para o céu.

De acordo com essa posição, havia dois compartimentos no Hades (ou sheol), um para os salvos e outro para os perdidos. Eles estavam separados por "um grande abismo" (Lc 16.26), que ninguém podia ultrapassar. A seção dos salvos era chamada de "o seio de Abraão" (Lc 16.23). Quando Cristo, "sendo Ele as primícias" da ressurreição (1Co 15.20), ascendeu, Ele levou esses santos do Antigo Testamento consigo pela primeira vez.

Para o Céu. Esse parecer sustenta que as almas dos crentes do Antigo Testamento foram diretamente para o céu no momento de sua morte. Em favor disso tem-se os seguintes argumentos. Primeiro Jesus afirmou que o Seu espírito esta indo diretamente para o céu, quando disse: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito" (Lc 23.46).

Segundo, Jesus prometeu ao ladrão na cruz:" Hoje estarás comigo no paraíso" (Lc 23.43); mas, "paraíso" é definido como sendo o "terceiro céu" em 2 Coríntios 12.2,4.

Terceiro,quando os santos do Antigo Testamento deixaram esta vida, foram diretamente para o céu. Deus tomou Enoque para si (Gn 5.24); cf. Hb 11.5), e Elias foi tomado "ao céu" quando partiu (2Rs 2.1).

Quarto, o "seio de Abraão" (Lc 16.23) é uma descrição do céu. Em nenhum ponto ele é descrito como sendo inferno. É o lugar para onde Abraão foi, que é o "reino dos céus" (Mt 8.1).

Quinto antes da cruz, quando os santos do Antigo Testamento apareciam, era do céu que vinham, como aconteceu com Moisés e Elias no Monte da Transfiguração (Mt 17.3).

Sexto, os santos do Antigo Testamento tiveram de esperar a ressurreição de Cristo para que seus corpos fossem ressuscitados (1 Co 15.20; cf. Mt 27.53), mas suas almas foram diretamente para o céu. Cristo foi o Cordeiro morto "desde a fundação do mundo" (Ap 13.8), e eles para lá foram pelos méritos que Deus sabia que Cristo cumpriria.

Sétimo, a expressão "até as regiões inferiores da terra" não é uma referência AP inferno, mas ao túmulo. Até mesmo o ventre de uma mulher é descrito como sendo "profundezas da terra" (Sl 139.15). Essa expressão significa simplesmente covas, túmulos, lugares fechados na terra, em oposição a partes altas, como montanhas. Além disso, o inferno não se localiza nas partes mais baixas da terra – mas "debaixo da terra" ( Fp 2.10).

Oitavo, a frase "desceu ao inferno" não constava do Credo Apostólico primitivo. Ela foi acrescentada somente no século IV a. D. Além disso, um credo como tal não é inspirado, mas apenas uma confissão humana de fé.

Nono, os "espíritos em prisão" não eram salvos, mas seres perdidos. Na verdade, essa pode ser uma referência a anjos, não a seres humanos.

Finalmente, quando Cristo "levou cativo cativeiro", não estava levando "amigos" para o céu, mas trazendo inimigos a uma prisão, e, "levando cativo quem estava detido em cativeiro", a saber, os salvos que morreram no Antigo Testamento. É uma referência à Sua vitória sobre as forças do inimigo, bem como a transferência, dos salvos a um lugar que Ele mesmo inaugurou com Sua morte e ressurreição.

 

 

 

 

Bíblia Dake: pastor Antonio Gilberto fala a “O balido”By Judson Canto

By Judson Canto

Percebendo nos últimos dias uma série de comentários sobre a participação do pastor Antonio Gilberto na publicação da Bíblia de estudo Dake, que variam de citações a ofensas pessoais, perguntei-me: "Por que não inquirir o próprio?". Aproveitando a sua presença em Curitiba, como palestrante da 48.ª Escola Bíblica de Obreiros (EBO), solicitei uma entrevista com ele e fui atendido prontamente (ele me conhece dos tempos da CPAD).

Já de início, fiquei sabendo que ele está impedido de se pronunciar sobre o assunto, no que concerne a determinados aspectos da publicação da polêmica obra. Mesmo assim, várias questões importantes, que percebo serem do interesse da blogosfera cristã, puderam ser respondidas.

Em razão de parte das declarações do pastor Antonio Gilberto terem sido espontâneas, preferi não utilizar o formato tradicional de perguntas e respostas. Em vez disso, destaquei os assuntos:

Sobre o impedimento de se pronunciar

"O Conselho da Casa se reuniu e bloqueou o assunto. Só posso me pronunciar em reuniões, como fiz aqui [na EBO de Curitiba]. Pedi ao pastor Wagner Gaby, vice-presidente da igreja: 'Por estarmos numa escola bíblica, com gente de vários lugares, o irmão autoriza eu tomar no máximo uns cinco minutos para dar um alerta sobre uma onda de boatos sobre a Dake? Não é questão de consideração comigo. Há uma onda de rumores, de pessoas desqualificadas e desautorizadas dando palpites em blogs, na Internet'. Vendo que ele concordava, tomei os cinco minutos para dar uma rápida satisfação. Mas estou bloqueado pelo Conselho, até ele me liberar. Na primeira quinzena de março, o Conselho vai se reunir novamente (não por causa disso, é uma reunião regular), mas o assunto volta."

Sobre o seu real conhecimento do conteúdo da Dake

"Em 1969, eu era estudante na América. Antes de eu viajar para lá, o pastor Lawrence Olson, de saudosa memória, me disse: 'Irmão Gilberto, quando chegar à América, logo que puder, compre uma Bíblia de estudo Dake, que foi lançada agora'. E não foi só ele [que a recomendou]. E, de fato, logo que pude, comprei uma, mas não pude nem sequer tocar, devido ao programa do meu curso. Mas logo que retornei ao Brasil, eu a peguei por cinco anos. Foram cinco anos de estudo metódico, sem aquele negócio de pega e deixa."

Sobre a recomendação de sua publicação pela CPAD

"Há seis anos, quando a Casa estudou a possibilidade de publicá-la em português, o projeto foi enviado para mim, como consultor, para eu dar um parecer. Eu me senti tranquilo, porque conhecia tudo sobre a Dake. Então dei o meu parecer. Eu disse: 'Olha, a Bíblia é um manancial. É uma riqueza para estudantes, para pregadores, para pastores, para escritores. Mas faço algumas ressalvas, porque nela há alguns pensamentos intelectualistas, quer dizer, produto do cérebro humano. Há também alguns pensamentos racionalistas, da razão humana. Há também uma porção de pensamentos que são filosóficos. Mas o irmão Dake é falecido, a gente não pode conversar com ele e perguntar por que ele fez aquilo. Então sugiro que a CPAD obtenha licença para isentar a edição brasileira nesses pontos'. E, de fato, alguma coisa foi feita, mas, por razões que desconheço, passaram outras."

Perguntei ao pastor Antonio Gilberto o que ele queria dizer exatamente com "pensamentos intelectualistas", "pensamentos racionalistas" e "pensamentos filosóficos", mas ele não tinha nenhum exemplo em mente. Perguntei se ele havia apontado especificamente alguma heresia, e ele respondeu que estava impedido de dizer, em razão de seu acordo com a Casa.

Sobre os críticos

"Pergunto: por que é que esses irmãos que estão sendo contrários não citam o caso do Novo Testamento interpretado, que contém impropriedades? É claro, não estou falando contra Champlin, eu o conheço pessoalmente. A linha que ele adotou foi colocar diante do leitor um leque de assuntos, e o leitor que escolha, usando de sabedoria. Como eu disse aqui na reunião, não sou obrigado a comer o peixe e as espinhas, senão vou me engasgar. Mas ninguém está falando contra Champlin. Logo se vê que é simplesmente ataque."

Sobre o silêncio da CPAD

"Numa reunião do Conselho, o diretor da Casa [irmão Ronaldo Rodrigues de Souza] fez uma pergunta para mim: 'Pastor Antônio Gilberto, seja franco: o irmão, como consultor, seria favorável à publicação de um encarte com uma nota explicativa no Mensageiro da Paz?'. Minha resposta foi: 'Não, não sou favorável'."

Não fui autorizado a publicar o restante da resposta, mas posso dizer que, na opinião do pastor Antonio Gilberto, o melhor era a discussão se desenvolver e morrer por si. Ao que parece, o conselho foi acatado.

Sobre seu posicionamento hoje

Por fim, perguntei ao pastor Antonio Gilberto se ele, depois de toda essa polêmica, ainda recomendaria a Dake. Sua resposta:

"[A Dake] é uma riqueza, e eu a recomendo, com aquelas ressalvas".

Fonte:

Blog do Judson Canto

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Aproveite Seu Tempo

"Terei prazer nos teus decretos; não me esquecerei da tua palavra" (Salmos 119.16)

Francisco era como a maioria dos cristãos. Ele aprendeu que, se realmente quisesse que Deus guiasse seus passos cada dia, deveria passar tempo com Deus logo de manhã. Ele encontrou um exemplar do planejamento de "Leitura Bíblica em Um Ano", e começou a ler: três capítulos pela manhã e dois à noite.

Todavia, a inspiração que ele esperava descobrir não apareceu. Ele comentou o problema com seu amigo Carlo. Francisco disse:

- Eu não sabia como teria tempo de ler a Bíblia cada manhã, mas consegui esticar o tempo. Às vezes, passo correndo por certos capítulos, mas sempre lembro daquilo que li. Se você me submetesse a um teste, eu tiraria "10". Mas por que eu sinto como se não tivesse lido nada?

Carlos respondeu:

- parece que você está lendo a Bíblia como se fosse um livro qualquer. Se você quer entender o significado por trás das palavras, ore antes da leitura e peça a Deus que revele Sua Palavra a você. Em vez de ler a Bíblia como dever de casa, faça deste tempo um encontro com Deus – um tempo dedicado a ouvir o que Ele tem a dizer.

- Entendendo – disse Francisco. – Eu estava tentando buscar o que era bom para mim, achando que Deus iria me recompensar pelo meu esforço.

- Dedique mais tempo à leitura e ao estudo – Carlos sugeriu. – Alguns minutos a mais podem fazer uma grande diferença. Lembre-se: quanto mais tempo você dedica a Deus, mais tempo Ele passa com você. Seu dia será muito melhor, se deixá-lo marcar o ritmo e ouvir o que Ele tem a dizer.

Embora seja importante ler as Escrituras diariamente, é muito mais importante ler até sentir no seu espírito que Deus falou com você. Não se preocupe em ler determinada quantidade de versículos ou capítulos. O importante é ler com os ouvidos atentos.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O Primeiro Culto da Alvorada

"Cantarei e Salmodiarei. Desperta, glória minha! Desperta, alaúde e harpa! Eu mesmo despertarei ao romper da alva". (Sl 57.7-8)

O ano era 1909, o lugar era o monte Roubidoux na Califórnia. NO vale ao pé da montanha, havia uma Missão cristã. Lá estava hospedado, como convidado, Jacob Riis famoso líder da ação social e pai da erradicação das favelas de Nova York.

Quando Riis olhou para o pico do monte Roubidoux, teve uma visão. No culto da noite, ele compartilhou sua idéia com Frank Miller, o proprietário, e reuniu os hóspedes:

" Eu vejo nos dias vindouros uma peregrinação anual – ou como queiram chamar – escalando o monte Roubidoux, subindo cada vez mais próximo da cruz que coroa o pico, onde os sinos ecoam sua mensagem de paz na terra e boa vontade para com os homens, reunindo-se lá para cantar canções antigas que penetram nos corações de homens e mulheres".

Riis falou como profeta, mas ele jamais sonharia com que rapidez suas palavras se tornariam verdade. O próximo domingo era o da Páscoa, e Miller decidiu tornar este evento em algo memorável. Ele convidou cem de seus hóspedes e amigos (Riis já tinha ido embora) para subirem o Roubidoux e assistirem à alvorada do dia santo escutando uma pregação simples mas marcante.

Ao alvorecer da Páscoa, o primeiro culto da alvorada foi realizado por cem "peregrinos". Hoje, o culto da alvorada tornou-se uma tradição para milhares de cristãos no mundo inteiro. Embora nem todos sejam no topo de uma montanha, o simples fato de adorar a Deus vendo os primeiros raios de sol aparecerem no horizonte elevam o espírito. Mesmo quando o dia está nublado, é maravilhoso ver os cristãos perpassem as nuvens para aquecer a terra.

Todavia, não é preciso esperar até a Páscoa. Você pode fazer todos os dias um dia santo dedicando-o ao Senhor. Que tal programar seu despertador para que você possa desfrutar do seu próprio "culto da alvorada" amanhã?!

A Certeza de Hoje

Os passos de um homem bom são confirmados pelo Senhor (Sl 37.23)

No seu livro infantil, Mundo do Acaso, Henry Drummond descreve um lugar onde nada é previsível. O sol poderia ou não nascer. O sol poderia aparecer de repente a qualquer hora, ou a lua poderia nascer em vez do sol. Quando as crianças nascem no mundo fantástico de Drummond, elas podem ter uma cabeça ou doze cabeças, e sua cabeça ou cabeças pode ou não estar entre os ombros.

Se alguém pular no "mundo do acaso", é impossível prever se a pessoa vai ou não cair. O fato de ela ter caído ontem não garante que cairá na próxima vez. A gravidade e todas as outras leis naturais mudam de uma hora para outra.

Hoje, o corpo de uma criança pode ser tão leve que é impossível para ela descer de uma cadeira. Amanhã, ela pode descer com tanta força que cai pelos três andares da casa e pára no centro da terra.

Em última análise, o Mundo do Acaso é um mundo assustador. Embora algumas pessoas gostem de certa espontaneidade em sua vida, elas a aproveitam mais quando ela é vivida com certa previsibilidade, certeza e confiança.

As Escrituras confirmam que o Senhor não muda. Ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre (Hb 13.8). Além do mais, suas leis naturais não mudam, a menos que Ele assim o permita para o bem de seu povo. Seus mandamentos não mudam. Suas promessas são verdadeiras. Podemos saber com certeza que "os passos de um homem bom são confirmados pelo Senhor".

Deus pode ter algumas surpresas para você hoje. Elas fazem parte do Seu plano para a sua vida. Mas estas surpresas são sempre programadas tendo como base o profundo amor de Deus por você. O desejo do Senhor é você hoje. Elas fazem parte do Seu plano para a sua vida. Mas estas surpresas são sempre programadas tendo como base o profundo amor de Deus por você. O desejo do Senhor é que você experimente o que há de melhor na sua vida. Confie nele!