quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Como é Deus? - Será que Deus é bom mesmo?

Por milhares de anos os judeus fizeram a seguinte oração: " Daí graças ao Senhor, pois Ele é bom, porque o Seu amor dura para sempre". Eis uma oração excelente para a nossa reflexão, porque são exatamente as duas coisas de que mais duvidamos hoje. O Senhor é bom? O Seu amor dura para sempre?

Basta uma breve observação da história ou um exame das manchetes de qualquer dia, e uma pessoa racional começa a duvidar dessas afirmações tão ousadas. Essas também são razões por que o Antigo Testamento merece a nossa atenção, pois os judeus evidentemente duvidaram da oração própria que faziam. Porém como é comum nos relacionamentos íntimos, levavam essas dúvidas à outra parte, ao próprio Deus, e recebiam resposta direta.

Aprendemos no Antigo Testamento como Deus age muito diferente do que poderíamos imaginar. Ele se move lentamente, de forma imprevisível e paradoxal. Os primeiros onze capítulos de Gênesis apresentam uma série de falhas humanas que questionam todo o projeto da criação de Deus.

Como solução para essas falhas, Deus manifesta seu plano em Gênesis 12: lidar com o problema da humanidade estabelecendo uma família especial, uma tribo conhecida como os hebreus(mais tarde chamados judeus). Por intermédio deles, o útero da Encarnação, Deus trará restauração para toda a terra, a volta para o projeto inicial.

Uma vez apresentado o plano, Deus continua a agir de forma muito misteriosa. Par afunda sua tribo, escolhe um pagão da região que hoje é o Iraque e o faz passar uma série de testes, em muitos dos Abraão não se sai bem. No Egito, por exemplo, ele demonstra uma moral inferior à dos adoradores do sol.

Depois de prometer uma descendência numerosa como as estrelas do céu e a areia do mar, o que Deus faz é dar prosseguimento a uma "clínica de infertilidade". Abraão e Sara esperam até os noventa anos para ver o primeiro filho; a nora deles, Rebeca, permanece estéril por muito tempo; o filho dela, Jacó, tem de esperar catorze anos pela esposa dos seus sonhos, para descobrir então que ela também é estéril. Três gerações de mulheres estéreis não parece ser uma maneira muito eficiente de constituir uma grande nação.

Depois de fazer promessas semelhantes de uma terra especial (Abraão possuía somente um túmulo em Canaã), Deus faz os israelitas passarem por um desvio no Egito, onde eles apodrecem por quatro séculos até que Moisés chega pra conduzi-los à terra prometida, peregrinação deplorável que leva quarenta anos em vez das duas semanas esperadas. Evidentemente Deus trabalha com um calendário diferente do usado por seres humanos impacientes.

As surpresas continuam na era do Novo Testamento, pois nenhum dos orgulhosos mestres reconhece Jesus de Nazaré como o Messias anunciado de forma triunfal nos Salmos e nos Profetas. Aliás, continua acontecendo hoje quando profetas autoproclamados identificam com o anticristo, de forma convicta, uma sucessão de tiranos e de pessoas de expressão mundial, para depois verem Hitler, Stalin, Kissinger e Hussein simplesmente desaparecer de cena.

Os cristãos que vivem na atualidade deparam com muitas promessas não-cumpridas. A pobreza e a população mundial continuam crescendo assustadoramente, e o cristianismo com muita dificuldade procura manter sua percentagem entre a população. O planeta tende à autodestruição. Esperamos e continuamos esperando os dias gloriosos prometidos pelos profetas e pelo Apocalipse.

Com Abraão, José, Moisés e Davi aprendemos, pelo menos, o fato de que Deus age por meios que não poderíamos prever, nem mesmo desejar. Às vezes a história de Deus parece operar num plano totalmente diferentemente do nosso.

O Antigo Testamento dá um vislumbre do tipo de história que Deus está escrevendo. O Êxodo identifica pelo nome as duas parteiras hebréias que ajudaram a salvar a vida de Moisés, mas não se importa em registrar o nome do Faraó que estava regendo o Egito na época(omissão que tem deixado os estudiosos perplexos desde aquela época). O Primeiro Livro dos Reis dedica um total de oito versículos ao rei Onri, ainda que os estudiosos seculares o considerem um dos reis mais poderosos de Israel.

Na Sua maneira de fazer a história, Deus não se impressiona com tamanho, poder ou riqueza. Fé é o que ele está esperando, e os heróis que vemos surgir são heróis da fé, não de poder ou riqueza.

Portanto a história de Deus concentra-se nos fies a Ele, não importa o resultado dos fatos. Quando Nabucodonosor, um dos muitos tiranos que perseguiram os judeus, ameaça três jovens de ser torturados pelo fogo, eles respondem: Se formos lançados na fornalha de fogo ardente, o nosso Deus, a quem nós servimos, pode livrar-nos dela, e Ele nos livrará da tua mão, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste".

Impérios erguem-se e caem, líderes poderosos são catapultados ao poder e depois despencam de lá. O mesmo Nabucodonosor que lançou esses três jovens na fornalha acaba insano, pastando no campo como uma vaca. Os impérios que se seguem ao dele – Pérsia., Grécia e Roma – tão poderosos em seus dias, são postos na lata do lixo da história. Enquanto isso o povo de Deus sobrevive até aos pogroms assassinos. Aos poucos, com esmero, Deus escreve Sua história na terra por meio dos atos de seus fiéis seguidores, um por um.

Com sua história de tortura, os judeus demonstram a lição mais surpreendente de todas: não se erra quando Deus é levado a sério como pessoa. Deus não é um poder indistinto que vive em algum lugar do céu, não é uma abstração como os gregos propuseram, não é um super-homem sensual como o que os romanos adoravam e com certeza não é o relojoeiro ausente dos deístas. Deus é pessoal. Ele entra na vida de pessoas, vira famílias de cabeça para baixo, aparece em lugares inesperados, escolhe líderes com poucas probabilidades de sucesso, chama as pessoas a prestar contas. Acima de tudo, Deus ama.

La Victoria es Nuestra - Billy Graham

Saudades de Mensagens desta magnitude!!!

Tradução de João Cruzué

Nosso maior inimigo é a morte. A morte implica em certo temor. A Bíblia diz que: "O aguilhão da morte é o pecado," e a partir do momento em que o primeiro casal sepultou seu filho em uma cova, as pessoas vêm temendo a morte. É o grande monstro misterioso cujos grandes dedos gelados fazem muitos se estremecerem aterrorizados.

O testemunho unânime da história é que a morte é inevitável. Gerações vêm e vão, e cada uma tem deitado seus mortos na tumba.

A Bíblia sempre relaciona a morte com o pecado. Ela diz que: "Como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim a morte infectou a todos os homens porquanto todos pecaram."

Estamos procurando prolongar a vida mediante fórmulas químicas nos laboratórios científicos de todo o mundo. Mas até que a ciência não pode encontrar uma solução para o problema da morte. Ainda assim, os cientistas descobriram um segredo que prolonga a vida terrena, ao mesmo tempo só conseguiriam êxito em estender nossos dias de tristeza e aflição.

Centenas de filósofos de todas as épocas têm procurado esquadrinhar mais e além do véu da morte. Suas especulações enchem volumes com respeito às possibilidades de vida além da sepultura.

A morte ronda entre ricos e pobres, eruditos e ignorantes. A morte não faz distinção de raça, cor nem credo. Suas sombras nos acercam dia e noite. Nunca sabemos quando chegará o momento temido.

Procuramos dissimular o desastre custeando um seguro de vida, e temos inventado outros mecanismos para tornar mais confortáveis nossos últimos dias; todavia sempre está presente a dura realidade da morte.

Muitos se perguntam: Há alguma esperança? Existe alguma porta de escape? Há uma possibilidade de imortalidade?

Não vou levá-los a um laboratório científico, nem à aula de um filósofo, nem ao consultório de um psicólogo. Em seu lugar, vou levá-lo à tumba vazia de José de Arimateia. Maria, Maria Madalena e Salomé tinham ido à tumba para ungir o corpo do Cristo crucificado. Elas ficaram surpresas ao ver a tumba vazia. Um anjo se colocou ao lado do sepulcro e lhes disse: "Buscais a Jesus nazareno? E logo adiantou: Ele ressuscitou, não está mais aqui."

 

Esta foi a maior notícia que o mundo jamais tinha ouvido. Jesus Cristo havia ressuscitado dentre os mortos, como havia prometido.

A ressurreição de Jesus Cristo é a verdade primordial da fé cristã. Ela descansa na mesma raiz do Evangelho. Sem uma fé na ressurreição não pode haver salvação pessoal. A Bíblia diz: "Se confessares com tua boca que Jesus é o Senhor, e creres em teu coração que Deus o levantou dos mortos, serás salvo." Temos que crer nisto ou nunca poderemos ser salvos.

Para muitas pessoas a ressurreição tem chegado a ser pouco mais que um símbolo consolador da imortalidade da alma. Porém, a ressurreição abarca muito mais que a perpetuidade da vida. Crer na imortalidade por si mesma poderia ser algo trágico e horrível. A Bíblia ensina que a fé deve ser acompanhada de uma segura convicção de que Deus uma existência eterna em sua presença gloriosa, através do conhecimento pessoal de seu Filho.

Começamos com o fato de que ao terceiro dia, Jesus Cristo havia ressuscitado dos mortos, saiu do sepulcro e apareceu aos desanimados e assombrados discípulos que haviam perdido toda a esperança de revê-lo. Sem nossa aceitação da realidade da ressurreição, essa celebração não é mais que uma ilusão. Como escreveu o apóstolo Paulo há muito tempo: "E se Cristo não ressuscitou, então é vã nossa pregação e vã também será a nossa fé"

Quando se contempla a ressurreição de Cristo como um feito histórico, o Domingo da Ressurreição se converte no dia dos dias e se deve reconhecer e celebrar como a maior vitória de todos os tempos.

A ressurreição foi, em um sentido, uma vitória suprema para a raça humana. Foi uma vitória sobre a morte: "Mas agora Cristo tem ressuscitado dos mortos; e foi feito as primícias dos que dormem." Sua ressurreição dos mortes é a garantia que também para nós a sepultura será aberta e que seremos também ressuscitados: Porque assim como em Adão todos morreram, também em Cristo todos serão vivificados."

A Ressurreição foi também uma vitória sobre o pecado: "O salário do pecado é a morte." O pecado de Adão no jardim do Éden teve como resultado a culpa, a condenação e a separação da presença de Deus. De fato, ali também se deu a gloriosa promessa de que apareceria a semente da mulher, e que Deus poria inimizade entre sua semente (Cristo) e a serpente (Satanás).

No conflito resultante, a semente da mulher seria ferida no calcanhar, porém a troca feriria a cabeça da serpente, infligindo-lhe uma chaga mortal. Isto se cumpriu e manifestado abertamente na ressurreição de Cristo.

A ressurreição também nos dá vitória sobre as dúvidas. Parece que há milhares de cristãos escravos das dúvidas. Não quero dizer que tais pessoas duvidam da existência de Deus ou das verdades bíblicas. Podemos aceitar tudo isso enquanto seguimos duvidando em nossa relação pessoa com o Deus em quem professamos crer. Algumas pessoas têm dúvidas quanto ao perdão de seus pecados, outras duvidam que sua esperança de ir ao céu, e ainda outras desconfiam de sua própria experiência interior.

Durante seu ministério terreno, Jesus fez uma série de assombrosas afirmações e promessas a seus discípulos, que podem ter lhes parecido inacreditáveis enquanto ele estava no sepulcro. Jesus lhes havia dito: "Eu vim para que tenham vida... todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá eternamente." Porém agora ele que havia feito essas promessas estava morto, e o sepulcro estava fechado sobre aquele que havia prometido vida eterna a todos os que creram nele. SE ele não tivesse ressuscitado, teríamos motivos suficientes para duvidar da validade de suas promessas.

Mas quando ele saiu do sepulcro, todas suas promessas e suas palavras saíram com ele e hoje vivem em gloriosa vitalidade, poder e autoridade.

A ressurreição é também uma garantia da vitória sobre nossos temores. Os temores são íntimos aliados das dúvidas. O presidente da faculdade de história de uma de nossas grandes universidades uma vez me confidenciou esta opinião: "Nós temos nos convertido em uma nação de covardes." Não aceitei sua declaração, porém ele arguiu que muitas pessoas têm se mostrado resistentes a seguir um curso não se trata de algo popular. Inclusive se estamos convencidos de que algo é correto, procuramos não nos comprometer porque ficamos com temor. Se as probabilidades nos favorecem, nos colocamos a seu favor, porém se implica em algum risco em defender o que é correto, procuramos nos colocar a salvo.

Você que tem medo da morte, medo de perder a saúde ou de perder os amigos, examine as palavras de Paulo: "Porque Deus não nos tem dado um espírito de covardia, mas de poder, e de amor, e de domínio próprio." Deus nos tem dado uma viva esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos. Este e outras passagens similares assinalam o fato de que nenhum cristão tem razão alguma perante os olhos da vontade de Deus; "Se Deus é por nós, quem será contra nós.

O poder do Espírito Santo levantou o corpo de Cristo dentre os mortos. Esse mesmo Espírito Santo, agora operando em nós, pode nos livrar dos poderes da ansiedade e do temor, e fazer com que nos regozijemos na segura e gloriosa esperança que ele tem preparado para nós.

A ressurreição nos garante a vitória em nosso dia a dia. A vitória que Cristo conquistou para nós quando ressuscitou do sepulcro pode ser vista em nossa vida diária. Pode ser manifesta em nós e por meio de nós em todo lugar, e em toda circunstância pelo seu poder ressuscitador para a glória de Deus.

Podemos estar conscientes cada dia de seu poder vitorioso operando em nós, por nós e por meio de nós para sua glória. Podemos exclamar como o apóstolo Paulo: "Mas graças sejam dadas a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo".

Se você fizer este compromisso com Cristo hoje, por favor, conte-nos a respeito.

 

cruzue@gmail.

Fonte: www.billygraham.org

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Doenças e Curas Psicossomáticas – Mentes - Milagres – Apologética - Final

Milagres não exigem contato pessoal. Às vezes o apóstolo impunha as mãos sobre os que Deus curava milagrosamente (cf At 8.18). No entanto, isso não era essencial para os milagres. Jesus não tocou muitos dos que foram curados. Jesus ressuscitou o filho do oficial do rei à distância (Jo 4.50-54). Jesus não tocou Lázaro quando o trouxe de volta à vida (Jo 11.43,44). O apóstolo tocou os crentes samaritanos para que pudessem receber o Espírito Santo (At 8.18; 19.6). Mas próprios apóstolos receberam o Espírito sem que ninguém lhes impusesse as mãos (At 2.1).

Em comparação, as curas de fé dependem de imposição de mãos ou de algum outro contato físico ou influência pessoal. Alguns que oram por cura usam toalhas ou lenços de oração. Outros pedem que os ouvintes coloquem as mãos no rádio ou na TV como ponto de contato. Um evangelista pede que as pessoas fiquem de pé ou pelo menos a preparação psicológica parece ser condicional para própria cura.

Milagres não envolvem recaídas. Os milagres bíblicos duram; não houve recaídas. Quando Jesus curava uma doença, ela não voltava. É claro que todos posteriormente morreram, mesmo os que ressuscitaram dos mortos. Mas isso foi o resultado do processo natural de mortalidade, não porque o milagre fora cancelado. Entretanto, quando Jesus fazia um milagre, ele durava. Qualquer outro problema que o corpo apresentasse, não era causado porque o milagre não tivesse reparado imediata e permanente aquele problema.

Curas psicológicas nem sempre duram, sejam induzidas por hipnotismo, placebos ou curandeiros. Na verdade, os "curados" e os " canais de cura" sucumbem à má saúde. O pregador de rádio Chuck Smith relata que conhece alguns dos principais expoente da fé positiva na evangelho de cura e prosperidade que foram internados em hospitais por exaustão nervosa (Smith, p. 136-7)

Milagres são sempre bem sucedidos. Jesus não falhou em nenhum milagre que tentou fazer. Já que o milagre é ato de Deus, é impossível que falhe. É verdade que Jesus nem sempre tentava fazer um milagre. Às vezes ele explicava por quê (Mt 13.48). Já que não era do ramo do entretenimento, nem sempre satisfazia os caprichos da platéia. Deus faz milagres de acordo com sua vontade (Hb 2.4) e propósitos, não os nossos. Quando, porém, Deus tenta criar um evento sobrenatural, ele o concretiza.

Tentativas psicológicas de curar bem sucedidas. Como foi observado, alguns tipos de problemas físicos não são mais freqüentemente bem sucedidas nos tipos de personalidade mais influenciáveis. Alguns estudos demonstram que a grande maioria das pessoas no movimento de cura são esses tipos de personalidades.

Milagres são curas de doenças orgânicas não só de enfermidades funcionais. Jesus curou pessoas cegas de nascença(Jo 9) e pernas (Jo 5). Os apóstolos curaram um homem paralítico de nascença (At 3.2). Jesus restaurou uma mão seca instantaneamente (Mc 3.1-5). Curas psicológicas não acontecem em nenhum desses tipos de curas orgânicas ou condições da natureza. Geralmente são eficazes apenas em doenças funcionais. Com freqüência apenas auxiliam ou antecipam a recuperação. Não curam instantaneamente nem restauram o incurável.

O dr. Brand afirmou diretamente que nunca ouviu falar de cura milagrosa de câncer no pâncreas, fibrose cística, defeito maior de nascença ou amputação. Certa vez George Bernard Shaw comentou sarcasticamente que as curas em Lourdes, França, não o convenceram. Viu muitas maletas e cadeiras de rodas em exposição, "mas nenhum olho de vidro, nenhuma perna de pau, nenhuma peruca".

Milagres são sempre instantâneos. Como mencionado anteriormente, Jesus curava as pessoas " imediatamente" (Mc 1.420. Quando falou, o mar se acalmou completamente (Mt 8.26). Quando o apóstolo curou o homem paralítico de nascença "imediatamente, os pés e os tornozelos do homem se firmaram" (At 3.7). Até no caso de um milagre de dois estágios, cada estágio foi cumprido imediatamente (Mc 8.22-25).

Conclusão e Resumo. A mente pode auxiliar no processo de cura. A atitude mental positiva geralmente antecipa. O processo curativo natural. Quando a doença é causa psicologicamente, pode haver uma reversão dramática quando a pessoa acredita repentinamente que pode ser curada. Nesse sentido algumas curas psicossomáticas podem ser imediatas. Mas a cura psicossomática não pode ocorrer em todas as doenças, principalmente as orgânicas e incuráveis.

Curas de "fé" de doenças funcionais não são sobrenaturais. Carecem das características do verdadeiro milagre, que são as marcas que dão valor apologético aos milagres. Na verdade, apenas os profetas judeus – cristãos comprovaram exemplos singulares desses tipos de curas.

Fontes: P. Brand.; N.L. Geisler; W.Nolen, A docto in search of a miracle; K. Pellitier; C. Smith, Charismatics or charismania?; J.E. Tada, Um passo mais.

Doenças e Curas Psicossomáticas – Mentes - Milagres – Apologética – Parte 2

O que a mente não pode fazer. Há algumas condições que apenas a "fé" não pode curar. O poder do pensamento positivo não pode evitar a morte, ressuscitar os mortos, dar visão a um corpo sem olhos, criar membros amputados ou curar tetraplégicos. O Dr. Nolen observa que nenhuma lesão paralisadora da medula espinhal jamais foi e nunca será curada por meio da fé. (Nolen, p. 286). Joni Earickson Tada sofreu tal lesão num acidente de natação e ficou tetraplégica. Apesar das orações fervorosas e de toda a sua fé, ela permanece sem ser curada por toda a fé que pôde exercitar. Joni conclui:

Deus certamente pode curar, e ás vezes cura, pessoas de forma milagrosa hoje em dia. Mas a Bíblia não ensina que sempre curará que chegam a ele com fé. Ele se reserva soberanamente o direito de curar ou não curar como lhe convém.

Intervenção sobrenatural. A sra. Tada reconhece que, se Deus curasse sua medula, um tipo diferente de cura teria acontecido, um tipo que suspende os processos naturais. Os milagres, ao contrário de curas naturais, são a maneira pela qual Deus age em ocasiões especiais. A forma pela qual Deus geralmente cura é lenta. Mas num milagre ele age de imediato. Quando Jesus curou o leproso, a cura foi instantânea – não o resultado de auto- rejuvenescimento da pele (Mc 1.42).

Muitos dos milagres de Jesus envolveram a aceleração de um processo natural. O fazendeiro coloca o grão no solo e ele se multiplica lentamente em mais grãos até a colheita. Mas Jesus pegou o pão (grão) e o multiplicou imediatamente para alimentar os cinco mil (Jo 6.10-12). Referindo-nos aos "milagres" do nascimento ou da vida. Deus é quem causa ambos. Mas a questão se torna confusa quando falamos sobre eventos naturais, graduais e repetidos como "milagres". São apenas a maneira pela qual Deus trabalha reguladamente. São maravilhosos, mas não milagroso.

O verdadeiro milagre não é uma atividade natural, mas a ação sobrenatural direta. É por isso que uma das palavras bíblicas para milagre é "maravilha". Ela atrai nossa atenção. Uma sarça ardente não é anormal, mas, quando queima sem ser consumida e a voz de Deus fala dela, esse não é um evento natural (Ex 3.1-14).

Do ponto de vista apologético, como distinguir a cura normal da cura milagrosa? Como distinguir a cura psicológica da sobrenatural? Apenas a segunda tem valor apologético.

A fé é o ingrediente essencial da cura psicossomática, mas não da cura sobrenatural, apesar de acompanhá-la. Uma pessoa pode ser curada mesmo que não acredite que a cura é possível. Nos Evangelhos 35 milagres de Jesus são registrados. Dentre esses, a fé do agraciado só é mencionada em dez: 1) o coxo (Jo 5.1-9); 2) leproso (Mt 8.2-4); 3) a mão seca (Mt 9.2-8); 4) o cego de nascença (Jo 9.1-7); 5) o cego Bartimeu (Mt 20.29-34); 6) a mulher com hemorragia (Mt 9.20-22; Mc 5.24-34;Lc 8.43-48; 7) os dez leprosos (Lc 17.11-19); 8) Pedro andando na água (Mt 14.24-33); 9) a primeira pescaria milagrosa (Lc 5.1-11); 10) a segunda pescaria milagrosa (Jo 21.1-11).

Na maioria desses casos a fé não foi exigida explicitamente como pré-condição. Nos poucos casos em que a fé foi exigida, provavelmente foi a fé em Cristo como Messias que foi necessária, não simplesmente a fé que a pessoa poderia ser curada. Portanto, mesmo nesses casos não foi necessário ter fé para ser curado.

Em pelo menos 18 dos milagres de Jesus, a fé não está presente explícita ou implicitamente.

Em alguns casos a fé é resultado do milagre, não sua condição. Quando Jesus transformou a água em vinho, "manifestou a Sua glória, e os Seus discípulos creram Nele" (Jo2.11). Os discípulos de Jesus não acreditaram que Ele poderia alimentar os 5000 pela multiplicação dos pães e peixes (Lc 9.13,14; cf. Mt 14.17). Mesmo depois que viram Jesus alimentar 5 mil, não acreditaram que poderia fazê-lo de novo para 4 mil(Mt 15.33). No caso do paralítico, Jesus o curou quando viu a fé dos quatro que o carregaram até Jesus, não a fé do próprio homem (Mc 2.5).

Em sete milagres Jesus não podia ter exigido fé. Certamente isso é verdade com relação aos três que ressuscitou dos mortos. Mesmo assim Jesus ressuscitou Lázaro (Jo11), o filho viúva (Lc 7) e a filha de Jairo( Mt 9). O mesmo é verdadeiro com relação à figueira amaldiçoada (Mt 21), ao milagre da moeda no peixe (Mt 17.24-27), às duas vezes que Jesus multiplicou os pães (Mt 14.15) e quando acalmou o mar (Mt 8.18-27).

Também não pode ser provado que a fé dos discípulos foi necessária. Na maioria dos casos os discípulos careciam de fé. No milagre da ressurreição de Lázaro, Jesus orou para que as pessoas presentes acreditassem que Deus o enviara (Jo 11.42). Logo antes de Jesus repreender as ondas, disse aos discípulos: "Onde está a sua fé?"Lc 8.25). Depois de ter acalmado as águas, perguntou: "Ainda não têm fé?" (Mc 4.40)

Às vezes Jesus fazia milagres apesar da descrença. Os discípulos careciam de fé para expulsar o demônio do menino ( (Mt 17.14-21). Até a passagem mais usada para mostrar que a fé é necessária para a operação de milagres prova exatamente o oposto. Mateus 13.58 nos diz: "E não realizou muitos milagres ali, por causa da incredulidade deles". No entanto, apesar da incredulidade presente, Jesus"imp[ôs] as mãos sobre alguns doentes e cur[ou-s]" (Mc 6.5).

Como distinguir curas. Há uma distinção clara entre a cura sobrenatural e psicologia. A cura realmente milagrosa diferencia-se mental por várias características. Apenas religiões que manifestam essas características podem usá-las como confirmação de reivindicações de fé.

Milagres não exigem fé. Deus esta no controle soberano do universo e pode realizar, e realiza, milagres com ou sem nossa fé. Dons milagrosos são distribuídos aos crentes do Novo Testamento "como quer" (1 Co 12.11). Como foi demonstrado, Jesus fez milagres mesmo onde havia incredulidade.

Já as curas psicológicas exigem fé. Quem sofre de doenças psicossomáticas deve crer em Deus, ou no médico, ou num evangelista. Sua fé possibilita a cura. Mas não há nada sobrenatural nesse tipo de cura. Ela acontece com budistas, hindus, católicos romanos, protestantes e até ateus. Curandeiros que alegam possuir poderes sobrenaturais podem fazê-lo. E psicólogos e psiquiatras também.

Doenças e Curas Psicossomáticas – Mentes - Milagres – Apologética - Parte 1

Curas Psicossomáticas

Atendendo alguns internautas,eis, o comentário sucinto sobre doenças, curas e milagres.

Espero poder contribuir.

Curas acontecem vem várias religiões. Portanto, não têm valor apologético. Além disso, muitos eventos considerados sobrenaturais podem ser apenas psicossomáticos. Se algo realmente acontece no corpo, tal evento entra na categoria de falso milagre e deve ser diferenciado do verdadeiro. Então é do interesse da atividade apologética diferenciar curas sobrenaturais de curas psicológicas.

Foi demonstrado que a mente tem uma influência incrível sobre o corpo incrível sobre o corpo. Doenças e curas psicossomáticas ou "produzidas por influências psíquicas" realmente ocorrem. As enfermidades sem base no corpo são chamadas doenças de conversão ou outras formas de neurose. A úlcera é uma doença psicossomática se foi causada pelo menos em parte pelo nervosismo que perturbou o processo digestivo e induziu uma superprodução de ácidos ou outra enzimas. Já que têm base emocional, tais doenças tendem à cura pela mente. Isso é usado por alguns para argumentar que curas sempre são fenômenos psicoemocionais.

O poder da mente. Pessoas ficaram doentes e até foram internadas simplesmente porque um grupo de amigos (fazendo uma experiência) sugeriu que elas estavam doentes. Foram "curadas" da mesma forma – quando os amigos sugeriram mais tarde que estavam com a aparência melhor. Esse é um exemplo de doença causada pelas emoções e "cura" que só estão perifericamente relacionadas ao corpo.

O médico e apologista cristão Paul Brand fornece exemplo do poder da mente de curar o corpo. A mente pode controlar com eficácia a dor estimulando a produção de endorfinas, simples disciplina mental, inundando o sistema nervoso com outros estímulos. A acupuntura é um exemplo de acrescentar sensações para interromper a dor.

No chamado efeito placebo, a fé em simples pílula de açúcar estimula a mente a controlar a dor e até curar alguns distúrbios. Em algumas experiências entre pessoas com câncer terminal, a morfina era um analgésico eficiente em dois terços dos pacientes, mas placebos também foram eficientes na metade deles. O placebo engana a mente para que acredite que o alívio chegou, e o corpo reage de acordo.

Por meio do biofeedback, as pessoas podem treinar-se a direcionar processos corporais que antes eram considerados involuntários. Podem controlar a pressão arterial, os batimentos cardíacos, as ondas cerebrais e a temperatura do corpo.

Sob hipnose, 20% dos pacientes podem ser induzidos a consciência da dor tão completamente que podem sofrer cirurgia sem anestesia. Alguns pacientes foram até curadas de verrugas sob hipnose. O hipnotizador sugere a idéia e o corpo realiza um feito surpreendente de renovação e construção da pele, envolvendo a cooperação das milhares de células num processo mental direcionado não obtido de outra maneira.

Numa falsa gravidez, a mulher acredita tanto em sua condição que sua mente direciona uma seqüência extraordinária de atividades: Aumento hormonal, aumento dos seios, suspensão da menstruação, indução de mal-estar e até contrações de parto. Tudo isso sem fertilização nem feto. (Brand. P.19)

O Dr William Nolen explica que:

O paciente que descobre repentinamente (...) que pode agora mover um braço ou perna que estavam anteriormente paralisados, teve paralisia como resultado de um distúrbio emocional, não físico. Sabe-se que neuróticos freqüentemente se aliviarão de seus sintomas pelas sugestões e pelo ministério de curandeiros carismáticos. É tratando os pacientes desse tipo que os curandeiros afirmam suas vitórias mais dramáticas. (Nolen, p. 287)

Não há nada milagroso nessas curas. Psiquiatras, internos, profissionais graduados e doutores que fazem terapia psiquiátrica aliviam milhares desse pacientes dos seus sintomas todo ano.

O psiquiatra cristão Paul Meyer revelou que curou uma jovem de cegueira simplesmente instruindo-a que quando acordasse em outro quarto, poderia ver. A cura aconteceu exatamente como o médico ordenou. Sua visão foi restaurada pelo poder da sugestão. Outros médicos registraram curas de diarréia crônica pela prescrição de placebos. Doenças severas de pele e até paralisia foram curadas por esse método.

Sabe-se que por volta de 80% das doenças estão relacionadas ao stress (Pelletier,p.8). Essas doenças emocionalmente induzidas geralmente podem ser revertidas pela terapia psicológica ou por meio das "curas pela fé", quando a atitude mental adequada ocasiona um efeito de cura.

Nenhuma dessas curas é sobrenatural. O efeito da mente sobre o corpo é um processo natural. Não envolve nenhuma suspensão das leis naturais. É possível aprender a fazer isso. Quando feito por uma pessoa que afirma ser um canal para Deus, não é menos natural. A fé em vários tipos de deuses ou apenas em outra pessoa (o médico ou curandeiro) fará a mesma coisa.

Os cristãos não devem surpreender-se que curas psicossomáticas naturais aconteçam. Deus criou a mente com habilidades maravilhosas e criou os poderes curativos do corpo. A Bíblia reconhece o efeito da mente sobre a saúde da pessoa: " O coração bem disposto é remédio eficiente, mas o espírito oprimido resseca os ossos""(Pv 17.22).

Em seu livro Anatomy of na illness [Anatomia de uma enfermidade], Norman Cousins descreveu detalhes como ele literalmente curou-se do seu câncer por meio do riso. É possível adoecer quando entristecido por uma tragédia ou ficar curado ao ouvir boas notícias.

Já que Deus nos criou como unidades de mente e corpo, Ele deve receber a glória quando essa relação maravilhosa da mente afetando o corpo é usada para trazer cura. Mas é um exagero sério considerar essas curas sobrenaturais.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O Massacre dos Cananeus –“A Matança em Nome de Deus”

O Massacre dos Cananeus

 

Quando os israelitas chegaram à cidade cananéia de Jericó no início da sua invasão da terra prometida, Josué e seu soldados "destruindo ao fio da espada, homens, mulheres, jovens, velhos, bois, ovelhas e jumentos: todos os seres vivos que nela havia" (Js 6.21). Os críticos da Bíblia acusam que tal massacre de vidas inocentes e propriedades não pode ser moralmente justificado.

Parece contrário ao mandamento de Deus de não matar seres humanos inocentes. (vj Êx 20.13)

Razões da Destruição. A defesa das ações do Israel antigo dividem-se em três categorias: 1) Um desafio da suposição da inocência moral; 2) delineamento das implicações da natureza teocrática singular da ordem e 3) exame das condições sob as quais ela foi executada.

As Escrituras deixam bem claro que os cananeus estavam longe de ser "inocentes". A descrição dos seus pecados em Levítico 18 é vívida: "Até a terra ficou contaminada; e eu castiguei a sua iniqüidade, e a terra vomitou os seus habitantes" (v.25). Eles eram visceralmente imorais, contaminados com todo tipo de "abominações", incluindo o sacrifício de crianças (v.21,24,26).

Deus dera ao povo da Palestina mais de 400 anos para se arrependerem da sua iniqüidade. O povo daquela terra teve toda oportunidade de abandonar sua iniqüidade. Conforme Genesis 15, Deus disse a Abraão que seus descendentes voltariam a herdar essa terra, mas ainda não, porque a iniqüidade do povo ainda não era completa. Essa afirmação profética indicou que Deus não destruiria o povo da terra até que sua culpa merecesse a destruição completa em julgamento.

Por isso, Josué e o povo de Israel não estavam agindo por iniciativa própria. A destruição de Jericó foi feita pelo exército de Israel como instrumento julgamento sobre os pecados desse povo pelo justo juiz de toda a terra. Nenhuma outra nação antes ou depois possuiu essa relação especial com Deus e seu mandamento (cf. Êx 19.5; Dt 4.8; Sl 147.20; Rm 3.1,2).

Conseqüentemente, qualquer pessoa que questiona a justificação desse ato está questionando a justiça de Deus. Deus é soberano sobre toda a vida e tem o direito de tirar o que ele dá. Jó declarou: "o Senhor o deu e o Senhor o levou; louvado seja o nome do Senhor!" (Jó 1.21). Moisés registrou as palavras de Deus: "destruindo do fio da espada, homens, mulheres, jovens, velhos, bois, ovelhas e jumentos: todos os seres vivos que nela havia" (Js 6.21). Os seres humanos não criam vida e não têm o direito de tirá-la(Êx 20.13), exceto sob regras determinadas por aquele que é dono de toda vida humana.

Deus permite tirar a vida em autodefesa (Êx 22.2), na pena de morte (Gn 9.6) e em guerra justa (cf. Gn 14.14-20). E quando há uma ordem teocrática para fazê-lo, como no caso de Israel e os cananeus, sua justificação moral é garantida pela soberania de Deus.

Quanto à matança de crianças como parte dessa ordem, deve-se observar que, dado o estado canceroso da sociedade em que nasceram, não podiam evitar sua poluição fatal. Se as crianças que morrem antes da idade de responsabilidade vão para o céu, foi um ato de misericórdia de Deus tirá-los desse ambiente ímpio e levá-las à Sua presença santa.

Mas, no final, o argumento principal em todas as Escrituras é que Deus é soberano sobre a vida(Dt 32.39; Jó 1.21). Ele pode ordenar seu fim conforme a sua vontade, e seu povo pode ter confiança total de que as ações de Deus são boas.

 

Conclusão. No caso dos cananeus, era necessário ao estabelecimento de uma nação e um sacerdócio santos exterminar o paganismo da cidade e seu povo. Se algo restasse, exceto o que foi levado para a casa do tesouro do Senhor, sempre haveria a ameaça da influência pagã para afastar o povo da adoração pura do Senhor. Como a história subseqüente de Israel mostra, foi isso que aconteceu.

 

João Calvino – O Argumento Moral – Soteriologia e Eclesiologia – Apologética Clássica

 

Apologética Clássica – Calvino e as Institutas

 

João Calvino. Nasceu em Nyon, Picardy, França (1509-1564), mas tornou-se o reformador,de Genebra, Suíça. Erudito humanista em paris quando foi atraído para os princípios da Reforma, Calvino baseou grande parte do seu pensamento teológico nas obras de Agostinho. Além da sua sistematização da teologia Institutas da religião cristã, o reformador João Calvino foi um exegeta protestante pioneiro da Bíblia.

Os comentários de Calvino sobre as Escrituras Sagradas ainda são muito usados. Por meio da Academia de Genebra, Calvino e seus colegas também foram pioneiros no treinamento evangelísticos, na erudição protestante e numa ética abrangente da vida cristã.

A apologética de João Calvino. Os seguidores de João Calvino não estão unidos na interpretação da sua abordagem apologética. Entre eles estão apologistas clássicos e pressuposicionistas.

Os pressuposicionistas, com raízes em Herman Dooyerweerd, são liderados por Cornelius Van Til e seguidores seus como Greg Bahnsen e John Frame. Os apologistas clássicos seguem a opinião de B. B. Warfield sobre Calvino e são representados por Kenneth kantzer, John Gerstner e R. C. Sproul. Calvino se identificaria com os apologistas clássicos.

As raízes de Calvino na apologética clássica. Ao contrário da visão pressuposicional, a visão de Calvino sobre o uso da razão humana na proclamação do evangelho não era muito diferente dos grandes pensadores anteriores. Como Agostinho e Tomás de Aquino, Calvino acreditava que a revelação geral de Deus é manifesta na natureza e estabelecida nos corações de todos os homens.

O senso inato de divindade. "Consideramos indiscutível o fato de existir na mente humana, e na verdade por instinto natural, algum sendo de divindade", disse Calvino em Institutas da Religião Cristã, 1.3.1.Ele argumentou que "não há nação tão bárbara, nenhuma raça tão brutal, que não esteja imbuída com a convicção que há um Deus"(Ibid.) Esse " senso de divindade está gravado tão naturalmente no coração humano, na verdade, que até os réprobos são forçados a reconhecê-lo".

A existência de Deus e a imortalidade da alma. Na primeira parte das Institutas, Calvino considera" a essência invisível e incompreensível de Deus que, até certo ponto, é feita visível nas suas obras" e as "provas da imortalidade da alma". Pois em cada uma das Suas (de Deus) obras sua glória está gravada em letras tão brilhantes, tão distintas e tão ilustres, que ninguém, por mais simples e iletrado, pode alegar ignorância como desculpa".

Calvino não elaborou isso formalmente, como fez Aquino, mas provavelmente teria aceito o argumento teleológico, o argumento cosmológico, e até o argumento moral. Os dois primeiros podem ser vistos na sua ênfase em criação e causalidade e o último na sua crença numa lei moral natural. Ao comentar Romanos 1.20,21, Calvino conclui que Paulo....claramente afirma, aqui que Deus pôs o conhecimento de si mesmo nas mentes de todos os homens. Em outras palavras, Deus tem assim demonstrando sua existência por meio de más obras a fim de levar os homens a verem o que não buscam conhecer de sua livre vontade, ou seja, que existe Deus.

Lei Natural. Para Calvino esse conhecimento inato de Deus inclui o conhecimento da sua lei justa. Ele argumentou que, já que "os gentios têm justiça da lei gravada naturalmente nas suas mentes, certamente não podemos dizer que são completamente cegos à lei da vida" (Institutas, 1.2.22). Ele chama essa consciência moral de "lei natural", que é "suficiente para sua condenação justa", mas não para salvação. Com isso a lei natural "o julgamento da consciência" é capaz de distinguir entre o justo e o injusto.

A natureza justa de Deus "está gravada em letras tão brilhantes, tão distintas e tão ilustres que ninguém, por mais simples e iletrado, pode alegar ignorância como desculpa".

A lei natural não sé é clara, mas também é específica. Estão "gravados nos seus corações uma discriminação e um julgamento, pelos quais distinguem a justiça da injustiça, honestidade da desonestidade". Segundo Calvino, até povos sem o conhecimento da Palavra de Deus "provam seu conhecimento [...] de que adultério, roubo e assassinato são males, e que a honestidade deve ser almejada". Deus deixou provas de si mesmo para todos os povos tanto na criação quanto na consciência.

Já que uma lei moral natural implica um Legislador Moral, Calvino teria concordado com o que mais tarde tornou-se conhecido como o Argumento Moral da Existência de Deus. Na verdade, sua aceitação da lei natural o coloca no centro da tradição da apologética clássica de Agostinho, Anselmo e Aquino.

A evidência da inspiração das Escrituras Calvino falou várias vezes sobre as "provas" da inspiração da Bíblia. Elas incluem a unidade das Escrituras, sua majestade, suas profecias e sua confirmação milagrosa.

Calvino escreveu: Veremos [...] que o volume das Escrituras Sagradas ultrapassa em muito todas as outras obras. Além disso, se as observarmos com olhos transparentes e julgamento imparcial, elas se apresentarão imediatamente com uma majestade divina que submeterá nossa oposição presunçosa e nos forçará a prestar-lhe homenagem.

À luz da evidência, até incrédulos "serão convencidos a confessar que as Escrituras exibem evidência clara de se inspirada por Deus, e conseqüentemente, de conter sua doutrina celestial".

Os efeitos deletérios da depravação. Calvino foi rápido em demonstrar que a depravação obscurece essa revelação natural de Deus. Calvino escreve: A idéia de que a natureza [de Deus] não é clara a não ser que o reconheça por origem e o fundamento de toda bondade. Disso surgiram a confiança nele e um desejo de apegar-se a ele, se não fosse a depravação da mente humana que a afastou do caminho certo da investigação.

O papel do Espírito Santo. Calvino acreditava que a certeza completa de Deus e a verdade das Escrituras vêm apenas pelo Espírito Santo. Escreveu: Nossa fé na doutrina não está estabelecida até que tenhamos uma convicção perfeita de que Deus é seu autor. Então, a maior prova das Escrituras é uniformemente obtida a partir do caráter do dono da palavra [...] Nossa convicção da verdade das Escrituras deve ser derivada da fonte mais elevada que conjeturas, julgamentos ou raciocínios humanos; a saber, o testemunho secreto Espírito.

É importante lembrar, no entanto, como indica R. C. Sproul, que "o testimonium não é colocado acima da razão como forma de subjetivismo místico. Mas vai além e transcende a razão". Palavras do próprio Calvino: Mas respondo que o testemunho do Espírito é superior à razão. Pois só Deus pode testemunhar adequadamente sobre Suas palavras, de modo que essas palavras não conquistam mérito total nos corações dos homens até que estejam seladas pelo testemunho interior do Espírito.

Agindo por meio da evidência objetiva, Deus dá certeza subjetiva de que a Bíblia é a Palavra de Deus.

Conclusão. Apesar de João Calvino, por causa de seu lugar na história, se preocupar primariamente com os debates sobre autoridade, soteriologia e eclesiologia, no entanto o esboço da sua abordagem à apologética parece claro. Ele se encaixa na categoria geral da apologética de Deus estão disponíveis à mente não- regenerada e pela sua ênfase na revelação geral e na lei natural.

Fontes: J. Calvino, comentário sobre as Epístolas de Paulo ao Romanos e Tessalonicenses _ Institutas da religião cristã.; K. kantzer, John Calvin´s Theory of the Knowledge of Gog and the Word of God.; R.C. Sproul, the Internal testimony of the Holy Spirit em N. L. Geisler, org., Inerrancy.; B.B> Warfield, Calvin and Calvinism.

 

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

E a Bíblia Tem Razão – Mais Uma Verdade Incontest

O líder egípcio Daily 'Relatórios-Ahram': Moedas da Era da Bíblia Joseph encontrados no Egito De acordo com uma reportagem publicada no diário egípcio Al-Ahram, por Wajih Al-Saqqar, arqueólogos descobriram moedas antigas do Egito com o nome ea imagem do José bíblica.

A seguir estão trechos do artigo:

"Versículos do Corão que indicam claramente que moedas eram usadas no Egito no tempo de José"

"Em uma inédita descoberta, um grupo de pesquisadores e arqueólogos egípcios descobriu um esconderijo de moedas do tempo dos faraós".

Sua importância reside no fato de fornecer provas científicas decisivas refutando a alegação de alguns historiadores que os antigos egípcios não estavam familiarizados com moedas e conduziu o seu comércio através de escambo.

 

"Os investigadores descobriram as moedas quando peneiraram através de milhares de pequenos artefatos arqueológicos armazenados nos cofres do Museu do Egito. Inicialmente dado a surpresa, tomaram para si a encantos, mas uma análise aprofundada revelou que as moedas que tinha o ano em que foram cunhadas e seu valor, ou efígies do faraó, que governou no momento de sua cunhagem. Algumas das moedas têm o nome e retrato de José, a partir do período em que José viveu no Egito.

 

"Costumava-se fazer um equívoco de que o comércio no Antigo Egito era feito através de permuta, e que o trigo egípcio, por exemplo, foi trocado por outros bens. Mas, surpreendentemente, os versículos do Alcorão indicam claramente que as moedas eram usadas no Egito, no tempo de Jose.

 

"O líder da pesquisa chefe de equipe do Dr. Sa'id Thabet Muhammad disse que durante sua investigação arqueológica sobre o Profeta Joseph, que tinha descoberto nos cofres do Egito, as Autoridades de Antiguidades e do Museu Nacional, surpreenderam-se com estes encantos de várias épocas, antes e após o período de José, incluindo um que tinha o seu efígie como o Ministro da Fazenda na corte do faraó egípcio...

 

"Dr. Sa'id Thabet acrescentou que examinou os sarcófagos dos faraós em busca das moedas usadas como amuletos ou ornamentos, e que ele tinha realmente encontrado tais moedas antigas do Egito. Estes achados levou os pesquisadores a procurar e encontrar versos do Corão que falam de moedas usadas no antigo Egito, como: 'E eles venderam ele [Jose ou seja], por um preço baixo, um número de moedas de prata, e eles não atribuiem qualquer valor a ele. [Alcorão 12:20]. " [Também] Qarun [2] diz sobre o seu dinheiro: "Este tem sido dada a mim por causa de um certo conhecimento que eu tenho [Alcorão 28: 78]."

 

"... Os estudos têm revelado que mais Arqueólogos levaram para um Took tipo de charme, e outros para uma Ornament... Na verdade é uma moeda" "Segundo o Dr. Thabet, os estudos são baseados em publicações sobre a Terceira Dinastia, uma das quais afirma que a moeda egípcia da época era chamado de deben e valia um quarto de um grama de ouro. Essa moeda é mencionado no uma carta escrita por um homem chamado Thot-nehet, um inspetor real das pontes do Nilo. Nas cartas a seu filho, ele mencionou leasing terras em troca de deben-moedas e produtos agrícolas.

 

"Outros textos da época da Terceira Dinastia, a Dinastia Sexta e XII dinastia menciona uma moeda chamada Shati ou sentado, cujo valor foi igual à do deben. Há também um retrato de um mercado egípcio mostrando ser efetuadas através do comércio permuta, mas um dos vendedores põe a mão, pedindo que o comprador de um deben em troca de mercadorias. " Estudos realizados pela equipe do Dr. Thabet revelaram que aquilo que a maioria dos arqueólogos levou para uma espécie de sagradício, e outros tomaram por um enfeite ou adorno, é na verdade uma moeda. Vários fatos levaram a esta conclusão]: primeiro, o fato de que , muitas moedas tenham sido encontrados em vários sítios arqueológicos e também o fato que são redondas ou de forma oval, e tem duas faces: uma com uma inscrição, chamou de cara inscritos, e uma com uma imagem, chamado o rosto gravado - assim como as moedas que usamos hoje.

 

"O achado arqueológico também é baseada no fato de que o cara tinha o nome inscrito do Egito, uma data e um valor, enquanto a face gravada tinha o nome e a imagem de um dos faraós egípcios antigos ou deuses, ou um símbolo relacionados com estes. Outro fato revelador é que as moedas vêm em diferentes tamanhos e são feitas de materiais diferentes, incluindo o marfim, pedras preciosas, cobre, prata, ouro, etc." "500 dessas moedas eram".Recentemente descobriu-=se no Museu do Egito - onde foram originalmente classificadas como Encantos e descuidada armazenados em caixas fechadas".

"O pesquisador também salientou que as moedas feitas de metais preciosos ou pedras normalmente tinham um buraco nelas, como ornamento de uma mulher, permitindo que eles sejam usado ao redor do pescoço ou no peito. Alguns deles, que produz imagens de deuses e textos de várias orações e encantamentos, foram estimados como pertences que foram colocados nas ligações de múmias ou colocado no peito, perto do coração. As moedas foram em forma de escaravelho.

 

"Uma moeda ... tinha uma imagem do Dream a Cow Simbolizando Faraó sobre o Fat sete vacas e Lean Sete Vacas" "O pesquisador identificou moedas de vários períodos diferentes, incluindo as moedas que foram furadas com marcações especiais que as identifica como sendo da época de Jose. Dentre essas, havia uma moeda que tinha uma inscrição dele, e uma imagem de uma vaca, simbolizando o sonho do faraó sobre as sete vacas gordas e sete vacas magras e as sete talos de grãos verdes e secos sete talos de grãos. Constatou-se que as inscrições desse período inicial eram geralmente simples, pois a escrita ainda estava em seus estágios iniciais e, conseqüentemente, houve dificuldade em decifrar a escrita sobre essas moedas. Mas a equipa de investigação conseguimos traduzir a escrita na moeda, comparando-o mais antigo conhecido textos hieroglíficos ...

"O nome de José aparece duas vezes nesta moeda, escrita em hieróglifos: uma vez que o nome original, Jose, e uma vez que seu nome egípcio, Saba Sabani, que foi dado a ele pelo faraó quando ele se tornou o tesoureiro. Há também uma imagem de José, que fazia parte do governo egípcio na época. "Dr. Sa'id Thabet convidado do Conselho de Antiguidades do Egito, e ao ministro da Cultura, para intensificar os esforços nos domínios da história do Egito Antigo e Arqueologia, e promover a investigação dessas moedas que ostentam o nome dos faraós egípcios e os deuses . Este, segundo ele, permitiria a correção de equívocos prevalecentes sobre a história do Antigo Egipto ".

Fonte:

http://www.memri.org/bin/latestnews.cgi?ID=SD256109

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A Igreja Laodiceiana – Ap 3.14-18 – Final?

 

Eis Aqui O Trágico Fim Do Evangelho Segundo Salomão!

Depois de tudo que Salomão escreveu e cantou, ele concluiu a sua vida com estas trágicas palavras: "... todos os seus dias são dores, e o seu trabalho desgosto; até de noite não descansa o seu coração... Nada há melhor para o homem do que comer, beber e fazer que a sua alma goze o bem do seu trabalho..." (Ec 2.23-24).

Salomão estava dizendo filosoficamente: "Você terá noites em claro. E não conseguirá fazer nada a respeito do seu desespero. Você não conseguirá mudar a sensação de que tudo é vaidade. Então o melhor que você pode fazer, é agarrar o máximo de prazer que puder, e espremer o que há de bom. Simplesmente aproveite a sua vida ao máximo!"

Foi assim que Salomão morreu. E este é o evangelho da era de Salomão, dos dias atuais. Tudo acaba em Eclesiastes, em vazio e desespero. Muitas pessoas terminam perguntando: "Para que serve a vida? Para onde vou? Quem sou eu?"

Contudo o evangelho de Davi diz: "Com a minha voz clamo ao Senhor, e ele do seu santo monte me responde. Deito-me e pego no sono..." (Salmos 3.4-5)

Se você possui o Espírito Santo, você conhecerá a voz de Deus e Ele conhecerá a sua. E você será capaz de dormir profundamente!

Agora atente para esta profecia do Novo Testamento: "Cumpridas estas cousas, voltarei e reedificarei o tabernáculo caído de Davi; e, levantando-o de suas ruínas, restaurá-lo-ei" (Atos 15.16)

Deus levará a igreja de Salomão à ruína - e vai ressuscitar a igreja de Davi destas ruinas! Esta igreja remanescente possuirá uma piedosa dor pelo pecado. Ela vai clamar em angústia e arrependimento. E será totalmente dependente do Espírito Santo!

Dois anos antes da queda do ministério do PTL (nos EUA), o Espírito de Deus veio sobre mim e instruiu-me a escrever uma longa carta para Jim Bakker. Escrevi: "Em dois anos, cerca de 15 de março, o PTL estará morto." Descrevi uma visão de esvaziamento - de ervas daninhas crescendo e morcegos fazendo ninhos nos edifícios.

 

Jim leu a carta e me telefonou, perguntando: "O que devo fazer?" Disse a ele para primeiro livrar-se de todos os homossexuais em seu ministério. Contudo, não muito tempo após essa conversa, Jim apareceu na televisão zombando de cada palavra que eu havia lhe dito. Dois anos após, bem no dia exato, a palavra do Senhor a respeito do PTL aconteceu - exatamente como Ele havia me dito.

Agora mesmo sinto em meu espírito que em menos de cinco anos, não haverá mais as assim chamadas redes evangélicas de televisão. Todas entrarão em bancarrota e ruína absoluta!

Ao ouvir o evangelho de Salomão que é pregado em muitas das TVs cristãs de hoje, você pensa que Jesus voltará à terra em Beverly Hills, e dirigindo um Rolls Royce. Esta imagem da cristandade é a coisa mais abominável que eu já vi ou ouvi. E Deus afirma que Ele tem de levá-la à ruína - porque Ele vai construir sobre aquelas ruinas a casa de Davi que é Sua!

A única coisa que sobrará serão alguns programas locais de televisão com verdadeiros homens de Deus pregando o evangelho. E todos os sorrisos falsos, todos os ímpios circos levantadores de fundos, toda a teologia populista, toda a pregação da prosperidade entrarão em queda.

A maioria dos chamados reavivamentos de hoje são meras estruturas de planilhas de resultados. Todas elas se queimarão nos caóticos dias à frente. Quais os cristãos que irão rir quando nossas cidades estiverem em chamas? Quem ficará atordoado e abobado quando a economia entrar em colapso?

A Bíblia fala a respeito dos judeus nos últimos dias: "Naquele dia... E sobre a casa de Davi... derramarei o espírito da graça e de súplicas; olharão para aquele a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como quem pranteia por um unigênito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo primogênito" (Zc 12.9-10).

Bem agora, há judeus lamentando-se e chorando por seu Messias no Muro das Lamentações em Jerusalém. E há não muito tempo, cerca de 10.000 judeus Lubavitcher promoveram uma passeata em Brooklin (cidade de Nova Iorque) gritando: "Este é o ano do nosso Messias!" Suas mãos estavam levantadas, lágrimas desciam por suas faces e eles choravam e clamavam por seu Messias.

Quando penso nos 25 milhões de bebês que são abortados neste país e em todos os perdidos que vão para o inferno, eu não compreendo porque multidões de cristãos estão rindo. Por que estão milhões de judeus chorando, e por que há milhões de pecadores desesperançados, a um passo do inferno, buscando dormir, enquanto os carismáticos estão rindo? Quando chegar o reavivamento, a alegria será devida ao arrependimento e ao ajuntamento da última colheita de almas perdidas.

"(Eu)... reedificarei o tabernáculo caído de Davi..." (Atos 15.16).

Deus construirá a Sua igreja dos últimos dias sobre as ruínas. Isto significa que Ele precisa transformar em ruínas o mal que tem lugar em Sua igreja, e arrastar todas as abominações. E sobre estas ruínas Ele irá levantar uma igreja santa e arrependida, que emite brados de arrependimento.

Agradeço a Deus pela igreja de Davi que Ele está construindo bem agora, a partir dos montes de ruínas. Em verdade, muitos dos que lêem esta mensagem, provêm de antecedentes de ruinas. Prezado santo: se isto descreve você, então descanse com uma certeza - Deus vai usá-lo para construir a Sua igreja de Davi!

Se você possui um esmagador problema de pecado, não vá atrás de um livro ou de uma fita que supõe-se esteja cheia de sabedoria e conhecimento. Em vez disso, prostre-se sobre sua face e acerte-o com Deus! Seja um cristão do Espírito Santo, do tipo de Davi e clame ao Senhor com todo o seu coração. Ele está edificando a Sua igreja sobre os seus clamores pessoais. Aleluia!

A Igreja Laodiceiana – Ap 3.14-18 - Parte 3

 

Eis Como Diferenciar Uma Igreja Do Espírito Santo Do Tipo De Davi, De Uma Igreja De Laodicéia, Do Tipo De Salomão!

Em uma igreja do Espírito Santo, sempre se ouvirá um clamor visceral de arrependimento. Em verdade, você não será uma pessoa do Espírito Santo, até que possa "expelir da intimidade do seu interior" a você próprio. E isso é algo que Salomão nunca fez!

Nunca lemos de Salomão esvaziando-se diante de Deus. Em vez disto, na dedicação do templo, ele permaneceu ereto com mantos reais sobre si, e orou uma prece com graça, com majestade e altissonante. Tudo foi sincero, preciso e ordenado. Mas não foi um clamor visceral - e não penetrou nem mesmo em seu próprio coração!

Em sua oração, Salomão admoestou a congregação:"Seja perfeito o vosso coração para com o Senhor, nosso Deus, para andardes nos seus estatutos e guardardes os seus mandamentos, como hoje o fazeis" (1Rs. 8.61).

Salomão conhecia os estatutos sobre os quais falou. Dentre eles, estavam estes avisos em Deuteronômio para todo rei de Israel:

  • "Porém este não multiplicará para si cavalos, nem fará voltar o povo ao Egito, para multiplicar cavalos."
  • "Tampouco para si multiplicará mulheres, para que o seu coração se não desvie."
  • "Nem multiplicará muito para si prata ou ouro." (Dt 17.16-17).

 

 

Eram estatutos muito claros e diretos. Contudo Salomão violou os três, imediatamente após ter se tornado rei!

  • "Os cavalos de Salomão vinham do Egito..." (1Rs 10.28).
  • "Ora, além da filha de Faraó, amou Salomão muitas mulheres estrangeiras: moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hetéias... A estas se apegou Salomão pelo amor" (11.1-2).
  • "Fez o rei que, em Jerusalém, houvesse prata como pedras..." (10.27). "Assim, o rei Salomão excedeu a todos os reis do mundo, tanto em riqueza como em sabedoria" (2 Cr 9.22).

A oração de Salomão para um perfeito andar diante de Deus não teve efeito sobre sua própria vida - porque ele não tinha convencimento de pecado em seu coração: "Assim, fez Salomão o que era mau perante o Senhor e não perseverou em seguir ao Senhor, como Davi, seu pai" (1Rs 11.6).

Onde não há pregação ungida pelo Espírito Santo, não há convencimento do pecado - não há busca plena pelo Senhor!

Salomão pecou sem remorso mesmo enquanto pregava contra o pecado. Ele podia ler nas Escrituras que não deveria descer ao Egito para adquirir cavalos - e aí imediatamente, iniciava negociações para comprar mil novos cavalos e carruagens. Ele podia ouvir um profeta pregar que o rei não deveria multiplicar esposas para si próprio - e contudo, imediatamente saía para inspecionar um harém para possíveis futuras esposas.

Salomão não mostrou provas de pesar, nenhum sinal de arrependimento. Ele podia abertamente entregar-se a todo este pecado grosseiro e à imoralidade, e mesmo assim voltar para a sua câmara e redigir um outro provérbio.

Contudo, compare a indiferença de Salomão em relação ao pecado, à dor e ao quebrantamento totais de Davi por haver pecado contra Deus. A igreja de Davi não era perfeita; na verdade era uma igreja corinta. Davi cometeu adultério. Matou um homem inocente. Caminhou por um período de terríveis enganos. Porém, após Davi ter pecado, ele exprimiu esta despedaçada súplica, vinda de seu mais íntimo ser: "Lava-me completamente da minha iniqüidade e purifica-me do meu pecado. Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos... Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito" (Salmos 51.2-4,11).

Davi posteriormente pecou outra vez por recensear o povo de Israel, algo que ele havia sido ordenado a não fazer. Ele havia acabado de derrotar todos os gigantes e os remanescentes de Gate. Ele havia expulsado os assírios, e toda a terra estava em paz. Naquele momento Davi deleitava-se em grande benção e vitória. E, contudo foi enganado pelo diabo!

Davi ficou tão cego por seu pecado que nenhuma conversa poderia demovê-lo. Joabe, que havia visto o engano de Davi preveniu-o: "Por que insistes em ir adiante com este pecado?" Mas Davi persistia, dizendo: "Quero saber quantos guerreiros eu possuo!"

Amados, é uma idéia compreensível que um servo justo, temente a Deus possa ser enganado pelo pecado! Davi viveu sob o erro por quase dez meses. Contudo, desta vez, nenhum profeta precisou vir a ele para lhe expor seu pecado. Foi o Espírito Santo quem o convenceu!

Logo após o recenseamento ter sido iniciado, Davi perdeu a coragem; ele nem chegou a terminar a contagem. Ele agora estava de cabelos brancos e velho, e havia se tornado sensível à voz do Espírito Santo. A Bíblia nos diz:"Sentiu Davi bater-lhe o coração..." (2 Sm 24.10).

O hebraico aqui sugere: "Ó Deus, estou ferido em meu coração por aquilo que fiz contra Ti!"

Esta é a marca da igreja do Espírito Santo, pertencente a Davi: um clamor inclinado segundo o coração! É claro, há pessoas nesta igreja que falham e vivem no engano. Mas como Davi, elas tornaram-se tão sensíveis à ação e ao movimento do Espírito Santo, que não precisam que um profeta sempre lhes diga que pecaram. Eles se arrependem antes mesmo que um profeta vá até eles - porque sentem-se feridos por seus pecados!

Davi disse a respeito do seu pecado: "Cadeias infernais me cingiram, e tramas de morte me surpreenderam. Na minha angústia, invoquei o Senhor, clamei a meu Deus; ele, do seu templo, ouviu a minha voz, e o meu clamor chegou aos seus ouvidos... do alto, me estendeu ele a mão e me tomou; tirou-me das muitas águas. Livrou-me do forte inimigo, dos que me aborreciam, porque eram mais poderosos do que eu" (2 Sm 22.6-7; 17-18).