terça-feira, 27 de abril de 2010

Ensinos Para Nossa Meditação e Edificação

Acabei de ler o capítulo 12 do 2º Livro do Profeta Samuel. A história, todos nós já, de anos conhecemos. Natã repreende Davi. Logo a seguir, Deus, que tudo vê, manda o profeta Natã repreender o rei criminoso. Depreendemos, diz Goodman:

  1. Deus não faz acepção de pessoas. Os reis não podem pecar e fugir às conseqüências mais do que quaisquer outras pessoas. Podem estar acima das leis humanas, mas não das divinas.
  2. O homem mais santo é capaz de cair no pecado mais terrível. Nossos corações são todos semelhantes, e, a não ser pela graça de Deus, capazes das ações mais vis. Somente na medida que aprendemos a andar no Espírito poderemos cessar de obedecer às concupiscências da carne. (Gl 5.16)
  3. Nenhum pecado está escondido aos olhos de Deus. O que Davi fez desagradou a Deus. Seus olhos santos tudo vêem.
  4. Os homens condenam nos outros o que desculpam em si. Davi sentenciou-se à morte (v.5), pensando que era crime de outro que estava julgando. ´o homem...morrerá, disse ele. ´Tu és o homem!´disse Natã.
  5. O pecado, embora perdoado, é disciplinado. Natã foi instruído a dizer-lhe: ´Jeová fez passar o teu pecado; não morrerás´, mas diz também: ´não se apartará jamais a espada da tua casa´. Deus tem em vista não somente a salvação do pecador, mas também a disciplina da ´família da fé´. O pecador perdoado precisa ser o santo disciplinado.

    Um rei dispondo de muitos recursos e extensos poderes, precisa refrear-se voluntariamente de certos excessos de que a maioria é resguardada por circunstâncias inevitáveis. Por isso a Lei em Deuteronômio 17.17 diz que o rei "não multiplicará para si mulheres, para que não se desvie o seu coração; nem multiplicará para si a prata e o ouro". Davi e ainda mais Salomão, desobedeceram este mandado e se entregaram a muitos excessos carnais que gente mais humilde e pobre não podia praticar. E, contudo, Davi escreveu muitos salmos piedosos e espirituais, e a Salomão são atribuídos ao menos três livros da literatura sagrada de Israel.

    Porventura não nos ensina este trecho da Escritura que, embora haja com alguém coisas reprováveis ou mesmo vergonhosas, isto não quer dizer que não haja nele valores apreciáveis. Contudo, temos conhecido casos em que todo o ensino passado e subseqüente de um servo de Deus tem sido banido da aprovação e apreciação dos seus irmãos, devido tão somente, a um lapso espiritual, mais tarde reprovado com arrependimento e lágrimas.

    Com respeito ao primeiro filho de Batseba, que morreu porque Jeová o feriu, (15), vemos que Davi:

    1. Compreendeu como o pecador devia proceder perante o Deus ofendido. Humilhou-se na confissão, vergonha, e julgamento do seu pecado (v.16)
    2. Orou pela criança (v.16) com lágrimas e jejum. Não procurou ver a compaixão divina por emoção.
    3. Quando a criança faleceu, Davi aceitou a vontade de Deus, e cessou de orar (VV.19,20). Os servos esperavam alguma demonstração de pesar e emoção, mas apesar de tudo, Davi era um homem de fé, e conformou-se com a vontade divina. As suas palavras são sensatas e muito tocantes no versículo 23.

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