quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Escola Bíblica Dominical - A EXPANSÃO DO REINO DAVÍDICO - Parte 1

A Expansão do Reino Davídico

  1. As razões para a conquista de Jerusalém, 2 Sm 5.6-10.
    1. A cidade tinha uma localização estratégica: era cercada de vales profundos. Boas fontes de água. Por se achar situada sobre um platô, a uns 760m acima do nível do Mediterrâneo e a 1145m acima do nível do mar Morto, Jerusalém contava com boa proteção natural. A antiga cidade dos jebuseus tinha em torno de 5 hectares, e a sua população na época é estimada em aproximadamente 2 a 3 mil pessoas. Na escolha do lugar para a edificação da cidade, foi decisiva a existência de um manacial perene no vale do Cedrom, a chamada fonte de Giom.
    2. Evitava que o reino fosse dividido por um enclave inimigo.
    3. Central no reino.
    4. Aceitável a todas as tribos, o que evitaria ciúmes.
  1. A tomada de Jerusalém
    1. Havia uma fonte próxima a aldeia de Silo chamada fonte de Giom, que abastecia Jerusalém com água. Os jebuseus construíram um túnel secreto ligando o interior das muralhas a essa fonte. Davi descobriu a existência desse túnel e Joabe entrou na cidade por ele, atacando a cidade já dentro dos murros. Essa passagem foi descoberta em 1998 por Ronny Reich e Eli Shukron (Manual Bíblico de Halley pág.221). Ver os casos de Tróia e Constantinopla.
    2. A cidade de Davi era uma pequena parte da Jerusalém do Antigo e Novo Testamentos.
  2. A importância de Jerusalém.
    1. Transformada no centro de culto a Deus, Jo 4.20; Sl 122.
    2. Passou a ser chamada de cidade de Davi, 2 Sm 5.7.
    3. O afeto de Israel por Jerusalém Sl 137.
      1. O clamor por secular a cada Páscoa: "No próximo ano, em Jerusalém".
    4. O seu simbolismo: Mt 5.35; Gl 4.25,26; Ap 21.1, 2, 10, 11.
    5. A transferência da arca para Jerusalém 2 Sm 6.
      1. A arca representava a presença de Deus no meio do povo.
  3. As demais campanhas de Davi

Ver 2 Sm 5; 8; 10. 1 Cr 14; 18 a 20. É difícil determinar a seqüência cronológica exata das campanhas de Davi pois a Bíblia as narra entrelaçadas com outros assuntos. Mas, no final, Davi assumiu o controle de um império de tamanho considerável.

Quando os amonitas humilharam os embaixadores israelitas raspando metade da barba e rasgando metade da roupa de cada um, Joabe, o comandante do exército de Davi, cercou Rabá (atual Amã), a capital de Amom. Os amonitas contrataram mercenários dos estados arameus de Bete-Reobe, Zobá e Tobe, ao norte. Joabe expulsou os arameus, mas eles se reagruparam e voltaram com um novo exército. Davi deslocou suas tropas para Helã (talvez a atual Alma, no sul da Síria) e derrotou os arameus, matando seu comandante, Sobaque. Enquanto Joabe deu continuidade ao cerco a Rabá, Davi voltou a Jerusalém e, por essa época, cometeu adultério com

Bate-Seba e ordenou que seu marido Urias fosse morto. Além de ter seu nome denegrido por esses atos, Davi recebeu uma repreensão severa do profeta Natã.

Por fim, Rabá foi tomada, o povo da cidade foi sujeitado a trabalhos forçados e a coroa amonita repleta de jóias, pesando cerca de 34 kg, foi colocada, provavelmente apenas por alguns instantes, sobre a cabeça de Davi.

Após derrotar os moabitas, Davi derrotou os edomitas no vale do Sal, a Sudoeste do mar Morto e colocou guarnições em todo Edom.

Em seguida, ele voltou sua atenção para o Norte. Derrotou Hadadezer, monarca do reino arameu de Zobá, e tomou dele mil carros. Considerando-se que Davi jarretou ou aleijou todos os cavalos que puxavam os carros, poupando apenas cem animais, ele parecia não considerar os carros importantes para os seus próprios exércitos. Os israelitas ainda travavam a maior parte de suas

batalhas à pé. Quando os arameus de Damasco socorreram Hadadezer de Zobá, Davi os derrotou e colocou guarnições em Damasco. O reino de Davi se estendeu do ribeiro do Egito (Wadi el-Arish) até perto do rio Eufrates.

Davi tomou como espólio de Hadadezer escudos de ouro e uma grande quantidade de bronze. Toú (ou Toí), o rei arameu de Hamate, certamente ficou satisfeito com a derrota de Zobá e, ansioso para firmar uma

relação amigável com Davi, enviou seu filho Jorão a fim de parabenizá-lo e presenteá-lo com ouro, prata e bronze. Talmai, o rei arameu de Gesur, deu a mão de sua filha Maaca em casamento a Davi. Hirão, o rei da cidade costeira fenícia de Tiro, também considerou importante manter relações amigáveis com Davi e, além de toras de cedro, enviou carpinteiros e canteiros, que construíram um palácio para Davi em Jerusalém. (resumido do Atlas Histórico e Geográfica da Bíblia, Paul Lawrena, SBB, p.64)

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