segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Teria sido Abraão, politeísta na época do chamado divino ?

A chamada

Como vimos anteriormente, a história patriarcal começa com a eleição de Abraão. Seu chamado vem de modo dramático e definitivo. Atinge Abraão no meio do caminho. Esse recomeço súbito realça, por contraste, o próprio chamado. Dá-nos um modelo pelo qual se deve interpretar toda a história dos patriarcas.

Javé disse a Abrão: Sai da tua terra natal e da casa de teu pai Para uma terra que te mostrarei. Farei de ti uma grande nação, abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome. Sê, portanto, uma bênção. Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei aquele que te amaldiçoar; e por teu intermédio abençoarei todas as comunidades da terra. Gn 12.1-3

A promessa universal apresenta a palavra de graça em resposta à desobediência e ao julgamento da primeira desobediência registrada no Éden. Responde as perguntas inquietantes do relacionamento entre Deus e sua humanidade dispersa. A escolha de Abraão e as promessas incondicionais de terra e nacionalidade têm como alvo maior a bênção de todas as comunidades da terra. O início da história da redenção oferece uma palavra acerca de seu final. A salvação prometida a Abraão abrangerá, por fim, toda a humanidade. Deus não dispensou para sempre, em ira, a família humana. Ele agora age para fechar o abismo causado pelo pecado entre ele e seu mundo. Essa promessa atua coimo chave para compreensão de toda a Escritura.

A Eleição e as Promessas Divinas. As promessas a Abraão entram em conflito com sua jornada real. Ele deve ser uma grande nação 12.2, mas Sara é (11.30) estéril. A terra pertence a seus descendentes 12.7, mas os cananeus a ocupavam (v.6). No início, o narrador justapõe conscientemente a promessa de Deus e a situação de Abraão. Esse problema é o assunto supremo, dominante, dos capítulos 12-21. A promessa é declarada da forma mais extravagante – os descendentes de Abraão serão como “o pó da terra” 13.16 e tão numerosos como as estrelas do céu 15.5. Para cumprir essa promessa, Abraão, sem filhos, segue uma estratagema após o outro. Ele adota um escravo nascido em sua própria casa (15.2). Sara, para proteger sua posição como esposa, oferece sua serva Hagar como esposa secundária, de cuja união nasce Ismael (cap16). Mas nenhuma tentativa cumpre a promessa divina de dar um filho por meio de Sara, 15.4;17.18s. Por fim, quando a idade avançada fazia com que a promessa parecesse impossível no âmbito humano, “visitou o Senhor a Sara, como lhe dissera, e o Senhor cumpriu o que lhe havia prometido” 21.1. nasce Isaque.

A mesma promessa é reafirmada a cada um dos patriarcas: a Isaque, 26.2-4; a Jacó em Betel, quando parte de Canaã por medo de Esaú 28.13s; novamente a Jacó em Betel em seu retorno 35.11s; e a José e seus filhos 48.1-6. Mais tarde, essa promessa geral é considerada cumprida na libertação de Israel das mãos dos egípcios, Ex 6.4-8.

Um comentário:

  1. é mto lindo isso, pq Deus prova q por mais que nos sejamos infieis e incredulos, o que Ele promete, Ele cumpre, pq Ele zela por cumprir sua palavra.
    E o melhor, de forma sobrenatural, para que a gloria não seja de homens, mas dEle.
    Eu amo o meu Deus!!!

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