segunda-feira, 14 de setembro de 2009

"A História Patriarcal" Gn 11.26 -22.19 - Parte 5

continuando

Canaã.

O nome Canaã se aplica às terras  que jazem entre Gaza, no sul, e Hemate, no norte, ao longo das costas orientais do mar Mediterrâneo (Gn10-15-19). Os gregos, em seu intercâmbio com Canaã, durante o primeiro milênio a.C., chamavam seus habitantes de fenícios, nome esse que provavelmente teve origem no termo grego que significa “púrpura”, que designava a cor carmesim de um corante de têxteis em Canaã. Desde o século XV a.C., o nome “Canaã vinha sendo aplicado, de modo geral, à província egípcia da síria, ou, pelo menos às costas fenícias, o centro da indústria da púrpura. Consequentemente, as palavras “cananeu” e “fenício” têm a mesma origem cultural, geográfica e histórica. Mais tarde essa área veio a ser conhecida como Síria e Palestina. A designação “Palestina” teve origem no nome “Filístia”.

Com a migração de Abraão para Canaã, essa terra se torna o centro das atenções nos desenvolvimentos históricos e geográficos dos tempos bíblicos. Estando estrategicamente localizada entre dois grandes centros que abrigavam as mais antigas civilizações, Canaã servia de ponte natural que vinculava o Egito à Mesopotâmia. Em resultado disso, não é de surpreender que fosse mista a população da região. Cidades de Canaã, como Jericó, Dotã e outras, já vinham sendo ocupadas desde séculos antes dos tempos patriarcais. Devido ao primeiro grande movimento semita (de amorreus) para a Mesopotâmia, parece provável que os amorreus lançaram povoadas por toda Palestina. Durante o Reino Médio, os egípcios estenderam seus interesses políticos e comerciais tão para o norte como a Síria. Muito antes de 1500 a.C., gente de Caftor se estabeleceu na planície marítima. Não menos importantes entre os invasores eram os hititas, que penetraram em Canaã vindos do norte e que figuravam como cidadãos bem estabelecidos quando Abraão adquiriu a cova de Macpela (Gn 23).

Os refains, um povo até recentemente obscuro, exceto quanto às referências bíblicas, foram há pouco identificados na literatura ugarítica. Pouco se sabe acerca de outros habitantes que figuram na narrativa do Gênesis. A designação “cananeu” mui provavelmente abarcava a confusa mescla de povos que ocupavam a região na era dos patriarcas.

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