domingo, 20 de setembro de 2009

“A Segurança em Cristo” - 1Jo 5. 1-10 - Lição nº 13

Uma cortesia da equipe de professores da EBD

IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS DO MINISTÉRIO DE CORDOVIL

DEPARTAMENTO DE ESCOLA DOMINICAL

LIÇÃO 13 27 SET 2009

A SEGURANÇA EM CRISTO

INTR: Encerramos o trimestre com o ensino do Apóstolo João de que os filhos de Deus podem ter confiança na vida eterna, desde que não permaneçam na prática do pecado, vivam em oração e afastem-se dos ídolos.

I. A CERTEZA DA VIDA ETERNA

Nós sabemos que temos a vida eterna não apenas pelo testemunho interno do Espírito, mas também pela revelação da Palavra. V 13. João escreve o seu evangelho para os inconversos para que eles creiam Jo 20.31. Ele escreve esta carta para os crentes, para que eles saibam que têm a vida eterna. O propósito de João nesta carta é que os seus leitores ouçam, ouvindo creiam, crendo, vivam, e vivendo saibam.

1. Vida eterna

1.1. A vida eterna está em Cristo

a. Essa vida nos é dada por causa da missão de Cristo, que visou redimir o homem

b. Cristo é a sua fonte; Ele é quem a transmite aos homens

c. Os homens chegam a dela participar porque a aceitam em Cristo Ef 1.6

d. Essa vida é a transmissão, aos demais filhos de Deus, do mesmo tipo de vida e de natureza que possui o Filho, o Irmão mais velho II Co 3.18

e. Essa vida se reveste de um potencial sem limites, porquanto seus atributos são infinitos, tal como o próprio Deus é infinito

f. A vida eterna, é recebida pela fé

1.2. Que é a vida eterna?

a. É uma dádiva; não é algo conquistado por esforços próprios Jo 10.27-29; Ef 2.8,9. Essa dádiva é uma pessoa – Jesus Cristo.

b. No seu aspecto terreno, inclui todas as condições e todos os efeitos da conversão, da santificação e das operações do Espírito sobre a alma. Rm 6.3,4

c. Em seu aspecto celeste, a vida eterna inclui a glorificação da alma, a participação na natureza e imagem de Cristo, o que importa na participação na vida necessária e independente do próprio Pai Jo 5.25,26; II Pe 1.4

d. É a participação na plenitude de Deus, isto é, na natureza e nos atributos divinos Ef 3.19

e. É a participação na plenitude de Cristo Ef 1.23

f. Não é meramente vida sem fim (simples imortalidade), e sim, um tipo de vida, a vida mais elevada que existe

g. A qualidade dessa vida é simbolizada pelas coroas II Tm 4.8

h. Ela inclui lindas moradias nas esferas celestiais, porém consiste sobretudo do que acontece à própria pessoa, e não do que ela virá a possuir

Resumindo: 1. A vida eterna não é um prêmio a que fazemos jus, mas uma dádiva que não merecemos; 2. A vida eterna se acha em Cristo; 3. este dom da vida eterna em Cristo é uma posse atual.

2. Viva esperança I Pe 1.3

2.1. Envolve vida espiritual, a qual, embora desfrutada agora parcialmente, é intensamente desejada em toda a sua plenitude

2.2. Essa é a esperança da vida eterna Tt 1.2; a esperança que não nos envergonha Rm 5.5; a esperança da glória de Deus Rm 5.2; a esperança mediante a qual somos salvos Rm 8.24; a esperança da justiça Gl 5.5; a esperança do nosso chamamento Ef 1.18; 4.4; a esperança do evangelho Cl 1.23; a esperança em nosso Senhor Jesus I Ts 1.3; a esperança que vem através da graça II Ts 2.16; a esperança na bem-aventurada volta de Cristo Tt 2.13

3. Glória eterna

3.1. Subimos de um grau de glória para outro, quando participamos dessa vida II Co 3.18

3.2. A glorificação é um processo eterno, e não um acontecimento momentâneo

  1. DEUS OUVE AS ORAÇÕES

Uma coisa é saber que Jesus Cristo é Deus e que nós somos filhos de Deus, mas o que fazer com as nossas necessidades e problemas da vida diária? Jesus ajudou as pessoas quando andou aqui no mundo. Ele ainda ajuda-nos? Os pais terrenos cuidam dos seus filhos. O Pai celestial também cuida de nós.

  1. Dos que tem o coração limpo do pecado Sl 66.18; Pv 28.9; I Pe 3.7; Mt 5.23-25
  2. Dos que oram segundo a vontade de Deus reconhecendo seu Senhorio I Jo 5.14; Mt 6.10. A oração não é um recurso conveniente para impormos a nossa vontade a Deus, ou para dobrar a sua vontade à nossa, mas, sim, o meio prescrito de subordinar a nossa vontade à de Deus. É pela oração que buscamos a vontade de Deus e nos alinhamos a ela.
  3. Dos que oram com fé e confiança Tg 1.6,7; Hb 11.6; I Jo 5.14-15
  4. Dos que estão em Cristo Jo 15.7

    5. Dos que se achegam a Ele Tg 4.8; Is 65.24; Jr 33.3

6. Dos que amam o próximo Sl 35.13,14; Mt 9.35,36; 14.14; Jó 42.9,10

7. Dos perseverantes I Rs 18.42-45; Ne 1.4. Jesus, sendo Deus, não abriu mão de uma vida intensa de oração. O Espírito Santo ora por nós com gemidos inexprimíveis. Temos nós orado com intensidade, com fervor, com perseverança, com eficácia?

8. Deus pode salvar pessoas da morte pela instrumentalidade das nossas orações I Jo 5.16-17

8.1. A atitude do crente em relação àqueles que caem não é atirar pedras nem condenar, mas de orar por eles v 16. Não podemos orar por uma pessoa e continuar desprezando-a ao mesmo tempo. Não podemos orar por uma pessoa e sentir mágoa por ela ao mesmo tempo Mc 11.24,25

8.2. Deus nos dá a garantia de que quando oramos por uma pessoa que está em pecado, Deus a salva por meio da instrumentalidade das nossas orações. Pedir é a parte do homem, dar é a parte de Deus. Temos nós orado pelos nossos parentes e amigos? Temos feito das nossas orações um clamor por salvação na igreja? Temos sentido as dores de parto até que Cristo seja formado nas pessoas que amamos?

8.3. Jesus orou por Pedro quando Satanás estava peneirando a sua vida Lc 22.31-32

8.4. O profeta Samuel disse para o povo: "longe de mim pecar contra Deus, deixando de orar por vós" I Sm 12.23

 

  1. O CRENTE E O NOVO NASCIMENTO

1. O que é Novo Nascimento ou regeneração

1.1. É uma obra totalmente de Deus. Na obra da regeneração não exercemos nenhum papel ativo. Trata-se de uma obra totalmente de Deus. Vemos isso, por exemplo, quando João fala a respeito daqueles a quem Cristo deu o poder de serem feitos filhos de Deus – "Os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus" Jo 1.13. Aqui João especifica que os filhos de Deus são os que "nasceram de Deus", e a vontade humana ("vontade do homem") não ocasiona essa espécie de nascimento. O fato de que somos passivos no novo nascimento (regeneração) fica evidente também evidente quando a Escritura se refere a ela como "gerar" ou "nascer de novo" Tg 1.18; I Pe 1.3; Jo 3.3-8. Nós não escolhemos nos tornar vivos fisicamente e também não escolhemos nascer – isso simplesmente aconteceu; de modo semelhante, essas analogias na Escritura sugerem que somos inteiramente passivos na regeneração. A obra soberana de Deus na regeneração também é predita na profecia de Ezequiel Ez 36.26,27

1.2. O Novo nascimento é mistério para nós. Exatamente o que acontece na regeneração é mistério para nós. Sabemos de qualquer maneira que nós, que estivemos espiritualmente mortos Ef 2.1, fomos vivificados por Deus e, em um sentido muito verdadeiro, "nascemos de novo" Jo 3.3,7; Ef 2.5; Cl 2.13. Todavia, não entendemos como isso acontece ou como exatamente Deus nos dá essa vida espiritual. Jesus diz: "O vento sopra onde quer. Você o escuta, mas não pode dizer de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todos os nascidos do Espírito Jo 3.8

1.3. É um ato instantâneo. Ela acontece de uma só vez. Em dado momento estamos espiritualmente mortos, e no momento seguinte recebemos vida espiritual da parte de Deus. No entanto, nem sempre sabemos exatamente quando essa mudança instantânea ocorre.

1.4. O novo nascimento genuíno deve trazer resultados na vida I Jo 5.1; 3.9; 2.29; 4.7; 5.3,4

1.5. Aquele que nasce de novo é protegido por Deus I Jo 5.18 "sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não está no pecado; aquele que nasceu de Deus o protege, e o maligno não o atinge"

2. Como se reconhece os nascidos de novo

2.1. Os que são nascidos de Deus são novas criaturas, na sua vida as coisas velhas (isto é os velhos e maus hábitos) já passaram e tudo se fez novo II Co 5.17; I Jo 3.8-10

2.2. Os que são nascidos de Deus crêem que Jesus é o Cristo I Jo 5.1

2.3. Os que são nascidos de Deus amam Deus e aos irmãos I Jo 4.7,8; 3.14; Jo 15.19

2.4. Os que são nascidos de Deus estão seguros de ter sido perdoados de todos os seus pecados e de terem a vida eterna Ef 1.7; I Jo 1.7; Jo 6.47

2.5. Os nascidos de Deus são vitoriosos I Jo 5.3,4

3. Vida Santa

3.1. A santificação tem um começo definido na regeneração. Uma mudança moral ocorre em nossa vida no tempo da regeneração, pois Paulo fala a respeito do "lavar regenerador e renovador do Espírito Santo" Tt 3.5. Uma vez que nascemos de novo, não podemos continuar a pecar como hábito ou como padrão de vida I Jo 3.9, porque o poder da nova vida espiritual interior nos livra de fazer concessões à vida de pecado. Essa mudança moral inicial é o primeiro estágio na santificação. Nesse sentido, há algum tipo de sobreposição entre a regeneração e a santificação, pois essa mudança moral é realmente parte da regeneração. I Co 6.11 "Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus"

3.2. A santificação aumenta durante nossa existência Rm 6.11-19; Fp 3.13,14. Muito embora o NT fale a respeito do começo definido da santificação, ele também vê como processo que continua ao longo de toda a vida cristã.

3.3. A santificação nunca é completada nesta vida Ec 7.20; Mt 6.11,12; Tg 3.2; I Jo 1.8

3.4. A santificação é completada na morte (em nossa alma) e quando o Senhor voltar (em nosso corpo) Fp 3.21; I Co 15.23; 49

3.5. Deus e o homem cooperam na santificação

a. O papel de Deus na santificação I Ts 5.23; Fp 2.13; Hb 13.20,21

b. O nosso papel na santificação Rm 6.13; 12.1; 8.13; Hb 12.14; I Jo 3.3

3.6. A santificação afeta a totalidade da pessoa. Vemos que a santificação afeta nosso intelecto e nosso conhecimento quando Paulo diz que a vida "digna do Senhor" e que em tudo lhe seja agradável é a que continuamente está "crescendo no conhecimento de Deus" Cl 1.10. O crescimento em santificação também afetará nossas emoções. Cada vez mais perceberemos que já não amamos o mundo ou as coisas que há no mundo I Jo 2.15, mas que nós, semelhantemente ao nosso Salvador, nos deleitamos em fazer a vontade de Deus. A santificação terá efeito sobre nossa vontade, a faculdade que é responsável pelas decisões, porque Deus é quem está operando em nós "tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele" Fp 2.13. Além disso, a santificação terá efeito também sobre nosso espírito, a parte imaterial do nosso ser, e sobre nosso corpo físico, porque Paulo nos encoraja a nos purificar "de tudo que contamina o corpo e o espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus" II Co 7.1. Ele também diz que a preocupação a respeito das coisas do Senhor tem que ver com a santidade tanto do corpo quanto do espírito I Co 7.34. O propósito de Deus para nossa vida é que nos tornemos cada vez mais "conformes à imagem de seu Filho" Rm 8.29 em cada dimensão da nossa personalidade.

4. Guardar-se dos ídolos

4.1. Ídolo é tudo aquilo que, em nosso coração, tira o lugar do único e verdadeiro Deus. O Filho de Deus nos guarda do maligno v 18, mas isso não nos isenta da responsabilidade de guardarmo-nos do maligno. A palavra guardar aqui é diferente do verso 18, e significa vigiar. Na verdade o que João está dizendo é: não abandone o real pelo ilusório. Todos os substitutos de Deus são ídolos e deles o cristão deve guardar-se vigilante.

IV. O QUE PODE DAR AO CRENTE SEGURANÇA GENUÍNA

  1. Posso ter no presente confiança em Cristo para ser salvo? Cl 1.23; Hb 13.14
  2. Há evidência da obra regeneradora do Espírito Santo em meu coração?
    1. O testemunho do Espírito Santo no nosso coração testificando que somos filhos de Deus Rm 8.14-16; I Jo 4.13
    2. Se o Espírito Santo está trabalhando genuinamente em nossa vida, ele haverá de produzir o "fruto do Espírito" em nós Gl 5.22,23
    3. Resultados da vida e do ministério de uma pessoa segundo sua influência sobre outros e sobre a Igreja Mt 7.16-17,20
    4. Perseverança na fé e a aceitação do ensino sadio na igreja I Jo 2.23,24
    5. Relacionamento contínuo no presente com Jesus Jo 15.4,7; I Jo 2.4-6; 3.9,10, 24; 5.18
  3. Consigo ver o padrão de crescimento constante em minha vida cristã? II Pe 1.5-10

    Conclusão: Estejamos convictos de que se permanecermos com um relacionamento contínuo com Cristo, certos de que nascemos de novo e Deus continua ouvindo as nossas orações a nossa segurança de vida eterna é genuína.

    Pr. Tutecio Mello

Um comentário:

  1. Pastor eu tenho uma dúvida qto ao novo nascimento, pois como fica por exemplo no meu caso, q após haver me convertido genuinamente após 2 anos me desviei, e depois retornei para o Caminho. qdo se deu esse novo nascimento, ou será q foram 2? isso me causa dúvida.
    Paz!!

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