sexta-feira, 1 de maio de 2009

"QUANDO SE BLASFÊMA CONTRA O ESPÍRITO SANTO?"

Comentando novamente a pedido de um internauta e blogueiro.
Espero que fique esclarecido! O conceito às vezes se acha no AT, mesmo onde faltam os termos técnicos para “blasfêmia”. A raiz da palavra aplicada é a de um ato de ultraje mediante o qual a santa reputação de Deus é afrontada pelo homem. É blasfêmia fazer uso do nome de Deus para fins pecaminosos tais como a magia e o amaldiçoamento, a exemplo do 7º mandamento. Da mesma forma, o rei e o sacerdote não podiam trazer vergonha para seu sagrado ofício, opor-se ao eleito de Deus, quebrar aliança ou duvidar do poder de Deus para julgar ou salvar. A blasfêmia está estreitamente ligada com o amaldiçoar. A esposa de Jó bem como Satanás, esperavam que Jó amaldiçoasse a Deus, blasfemando-O. Zombar do povo de Deus ou opor-se a ele é blasfêmia. A blasfêmia genuína, por ouro lado, era uma transgressão cuja penalidade contra tal ultraje era a morte por apedrejamento, e castigada por juízes humanos ou pelo próprio Deus. Ainda a época do AT a blasfêmia era geralmente cometida por pagãos, que por algumas vezes eram incitados a cometê-la por causa do mau exemplo e dos lapsos morais do povo de Deus. O nome de Deus (Yahweh) que Israel tem o destino peculiar de santificar é profanado pelo povo infiel e desobediente. Já no N T a palavra se aplica no sentido religioso, com referência direta ou indireta a Deus. A blasfêmia contra Deus consiste em palavras ou conduta injuriosas à honra e à santidade de Deus. É oportuno lembrar que o nome de Deus pode, também ser ultrajado na pessoa dos seus representantes. A mesma expressão é utilizada acerca de Moisés, Paulo e especialmente acerca do Senhor Jesus em Seu ministério. (vd At 6.11; Rm 3.8; 1Co 4.12; 10.30) Se Estes representantes retêm a verdade de Deus e O representa, uma palavra insultuosa proferida contra Eles ou Seus ensinos é realmente dirigida contra Deus , em cujo nome falam ( vd Mt 10.40; Lc 10.16), ou seja, aquele que impugna a dignidade de quem foi enviado, comete transgressão contra o próprio Deus. Mas o pecado de blasfêmia "pode" ser perdoado (vd Mt 12.31;Mc 3.28; Lc 2.10), até a blasfêmia contra o Filho do Homem. Agora , imperdoável mesmo, só a blasfêmia contra o Espírito Santo( Mt 12.32; Mc 3.29; Lc 12.10). Entendemos assim; o homem que blasfema contra o Espírito Santo é aquele que reconheceu que Deus está operando mediante o Espírito Santo, nas ações de Jesus, e que deliberada e conscientemente dá definição falsa da fé em Deus como sendo fé no diabo. Ademais, esta declaração é uma advertência séria contra o potencial demoníaco e quase inconcebível que há no homem; é o mesmo que declarar guerra contra Deus. Talvez, melhor dizendo, a blasfêmia contra o Espírito Santo é acompanhada pelo espantoso pronunciamento de que o que assim peca se torna “culpado de um pecado eterno” que não pode ser perdoado. O versículo em questão é uma advertência solene contra a rejeição persistente e deliberada da chamada do Espírito a salvação em Cristo . Tal coisa não é algo que pratica em fraqueza ou dúvida , é feita por alguém que já tem sido dominado pelo E. Santo e sabe muito bem contra quem está declarando guerra. Este é o perigo ao qual os escribas se expuseram quando atribuíram à atuação de Satanás a redenção que Jesus trouxe. A expulsão dos demônios era sinal de que o Reino de Deus já tinha irrompido no mundo. Do outro lado as acusações que os escribas dirigiram contra Jesus importam em negação do poder e da grandeza do E. de Deus. Os escribas ao atribuírem a uma origem demoníaca a atuação de Jesus, revelam ter uma perversidade de espírito que ao desafiar a verdade, prefere chama de “trevas” a própria luz . Trata-se do blasfemador que deliberdamente faz assim depois de um encontro com o Deus da graça, conforme mostra o contexto. Isto por que Jesus acabou de ser acusado de expulsar os demônio por Belzebu, príncipe dos demônios. Neste caso, aquele que blasfema contra o E.Santo já não fala contra um Deus que está diante, mas, sim, contra Aquele que lhe torna evidente sua obra graciosa, e a confirma com Seu selo manifesto e divino. É um homem que deve das graças, não blasfemar. Pode-se dizer àqueles que se preocupam de que talvez tenham cometido o pecado imperdoável que sua própria preocupação temerosa é, de si mesmo um sinal de que não cometeram o tal pecado. A sua disposição de se arrependerem e buscarem o perdão, é evidência de que não cometeram o pecado imperdoável contemplado no ensino de Jesus neste ponto. Por fim, embora seja perdoável um ataque contra a própria Pessoa de Jesus como Filho do Homem e, portanto ‘oculto’, não será perdoada qualquer maledicência contra o poder mediante o qual Ele opera. Isto porque agir assim seria deliberadamente atribuir a Satanás a atuação do próprio Deus.

2 comentários:

  1. Glória a Deus! muito obrigada pelo esclarecimento, foi-me mto útil.

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  2. pr gostaria de saber se gloria a Deus, significa presença de Deus aqui, como ouvi um famoso pregador dizer.

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