quarta-feira, 20 de maio de 2009

" O ESTUDO DA PARACLETOLOGIA" PARTE I

I. A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DE PARACLETOLOGIA

E muito importante estudarmos a doutrina do Espírito Santo por ser ela, um dos alvos de ensinamentos errôneos. Também devemos estudá-la, pelo fato da mesma ocupar o primeiro lugar entre as verdades redentoras. Exceto 2ª e 3ª João, todos os livros do Novo Testamento fazem menção ao Espírito Santo. Sem a operação do Espírito Santo não pode haver um cristianismo vivo. Dados esses fatos, cabe-nos buscar o ensinamento real dessa Doutrina à luz da Bíblia Sagrada.

II. OS NOMES DADOS AO ESPÍRITO SANTO NAS ESCRITURAS

1. Espírito de Deus

Este nome nos revela a procedência do Espírito Santo “de Deus” (1Co 3.16). E o Espírito o executivo da Trindade operando tanto na esfera física como na espiritual. Na esfera física vemos o Espírito trabalhando na criação do universo, da terra, do homem etc. (Gn 1.2; Jo 33.4). O Espírito é revelado como o que da vida a criação de Deus. Na esfera espiritual Deus age através do Espírito convertendo os pecadores (Jo 16.8), capacitando os crentes a viverem em sua presença “e na mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas...” (Rm 8.26).

2. Espírito de Cristo

(Rm 8.9)

O versículo acima citado nos fala do Espírito de Deus como Espírito de Cristo, as expressões que usam uma pela outra, mostrando a igualdade e as funções da divindade una. O pai e a fonte de toda a graça; o Filho é o canal; o Espírito, procedendo do Pai e do Filho, é o agente. Porque o Espírito é chamado: O Espírito de Cristo? Porque é enviado em nome de Jesus Cristo (Jo 14.26); porque é o Espírito enviado por Cristo (Jo 16.7); porque sua missão especial, é a de glorificar o nome de Cristo (Jo 16.14); porque Cristo batiza com o Espírito Santo (Mt 3.11); através do Espírito Santo, Ele comunica aos homens vida espiritual em abundância (Jo 1.12,13; 3.5; 10.10). Sua operação acha-se em conexão com a obra redentora de Cristo, tornando real em cada um de nós o que Cristo fez por nos na cruz. O Espírito Santo torna real e possível a Onipresença de Cristo no mundo, na Igreja e nos crentes (Mt 28.20; Gl 2.20; Rm 8.9,10). Podemos dizer assim que tanto Cristo como o Espírito habitam no crente, isso dada à conexão íntima que ambos possuem.

3. O Consolador

O Evangelho de João nos revela esse nome (Jo 14.16,26; 15.16; 16.7). É até fácil de entender o porquê do nome Consolador. Os discípulos já começavam a sentir o peso que lhes sobreviria após a partida do mestre. Talvez eles já se perguntassem quem nos ensinará quando Ele for? Quem estará conosco quando estivermos pregando? Quem nos guiará nos momentos de decisões? O mestre os acalma com a promessa do Consolador. Qual o significado da palavra Consolador? E a palavra “Paracleto” no grego e “Advocatos” no latim, que significa alguém chamado para ficar ao lado de outrem, a fim de ajudá-lo em qualquer eventualidade, especialmente em processos legais e criminais. Nos tribunais antigos costume pessoas envolvidas no julgamento comparecerem no tribunal assistidas por um ou mais de seus amigos mais prestigiosos, que recebiam o nome de Paracleto. Estes assistiam seus amigos não pensando em qualquer tipo de remuneração, mas unicamente por amor e afeição. Sua ajuda era indispensável por causa dos sábios conselhos, orientação quanto ao que deviam fazer e dizer, falavam por eles (Mt 10.18-20), representavam-nos, faziam da causa de seus amigos sua própria causa, amparavam-nos nas provas, dificuldades, e perigos da situação. O Espírito Santo é chamado “outro” Consolador porque seria Ele, em forma invisível aos discípulos, justamente o que Jesus lhes havia sido em forma visível. Em 1Jo 2.1 vemos que Cristo não deixou, por causa da vinda do Consolador, de ser advogado do seu povo, a diferença esta no seguinte: A esfera de operação de Cristo é no céu nos defendendo das acusações do adversário (1Tm 2.5), ao mesmo tempo o Espírito Santo age na terra fazendo calar os adversários da Igreja. “Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco PARA SEMPRE”.

4. Espírito Santo

(Lc 11.3; Rm 1.4)

Entre a Trindade o Espírito é chamado Santo mais vezes do que o Pai e o Filho, não por possuir mais santidade, pois cremos que os três possuem uma santidade infinita no mesmo grau. Ele recebe esse nome porque sua principal obra no homem é a santificação. Uma das maneiras dessa santidade nos ser aplicada, é através da leitura da Palavra de Deus (Jo 17.17); o Espírito Santo reorganiza a vida do homem e opõem-se as suas tendências más.

5. Espírito da Promessa

O Espírito Santo e uma benção prometida desde o Antigo Testamento (Is 44.3; Jl 2.28; Ez 36.7). O Pai enviou esta promessa através do Filho (Lc 24.49). O apóstolo Pedro no dia de pentecostes disse que a profecia de Joel estava cumprindo-se naquele momento, ou seja, no dia de pentecostes. Cremos que esta promessa tem o seu cumprimento nos dias atuais e o terá até o fim da dispensação da graça. Porém para recebê-la, é necessário “Estar em Jerusalém”, ou seja, na presença do Altíssimo.

6. Espírito da Verdade

(Jo 16.13)

Cristo na sua encarnação, revelou as verdades do Pai (Jo 8.38,40), o Espírito Santo comunica as verdades do Filho. Ao contemplar um quadro a óleo, qualquer pessoa notará muita beleza de cor e forma; mas para compreender o significado intrínseco do quadro e apreciar o seu verdadeiro propósito precisará de um intérprete experiente. O Espírito Santo nos revela a vida e a obra de nosso Senhor Jesus Cristo com a clareza que precisamos (Jo 15.26). Em outras palavras, Ele abre a nossa mente para entendermos mais profundamente o significado dos ensinamentos que o mestre nos deixou. O Espírito Santo: possui, revela, proporciona, introduz, testifica e defende a verdade, se opondo ao “espírito do erro” (1Jo 4.6).

7. Espírito da Graça

(Hb 10.29; Zc 12.10)

O Espírito Santo nos da graça para: o arrependimento, a santificação, a perseverança e a realização da obra de Deus. Por meio do Espírito Santo nos tornamos conhecedores da graça de Deus. Rejeitar o Espírito da Graça, e afastar de si o único que pode tocar ou comover o coração; e separar de si mesmo a misericórdia de Deus.

8. Espírito da Vida

(Rm 8.2; Ap 11.11)

Ele não é apenas o Espírito vivo, mas também o Espírito que cria, transmite e preserva a vida da criação, tanto no sentido natural como no espiritual. Desta maneira podemos afirmar como um antigo credo afirma: “Creio no Espírito Santo, o Senhor e Doador da Vida”.

III. OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO

Porque o uso de símbolos? Às vezes costumamos dizer que as palavras somente não conseguem expressar o que queremos dizer. Deus achou por bem ilustrar com símbolos o que de outra maneira, devido a pobreza da linguagem humana, nunca poderíamos saber. Tais símbolos, como os nomes nos falam acerca da obra do Espírito Santo.

1. Fogo

O fogo ilustra:

Ÿ Purificação (Sl 12.6, Pv 17.3)

Ÿ Verdade (1Co 3.13)

Ÿ Aquecimento

Ÿ Iluminação

2. Vento

(Jo 3.8; At 2.2)

O vento apesar de ser invisível, é possível ver as conseqüências da sua operação. Isso bem ilustra a obra regeneradora que o Espírito Santo opera no interior do homem.

3. Água

(Jo 4.14; 7.38,39)

O texto de Jo 7.38,39 nos declara que a água que o Senhor nos da, é uma água salutar e corrente; deve fluir dentro de nós, significando que temos o suficiente para nós e para darmos aos outros. A água é indispensável a vida e serve para:

Ÿ Limpar

Ÿ Saciar a sede

Ÿ Tornar frutífero o deserto estéril.

4. Selo

(Ef 1.13; 2Tm 2.19)

Este símbolo nos dá a idéia de possessão e segurança. Somos propriedade de Deus e sabemos isto pelo Espírito que em nós habita (Rm 8.16). Antigamente em Éfeso havia o seguinte costume: Um comerciante ia ao porto selecionar certo tipo de madeira e então o marcava com o seu selo, que era um sinal de reconhecimento de possessão. Mais tarde mandava o seu servo com o selo, e ele trazia a madeira que tivesse a marca correspondente (2Tm 2.19).

O Espírito Santo nos garante a segurança de que estamos marcados para aquele grande dia (1Jo 3.24). Devemos ter cuidado para não fazermos algo que destrua a impressão do selo (Ef 4.30).

5. Azeite

Espiritualmente falando é perigoso não estarmos com as nossas lâmpadas cheias de azeite, devemos sempre recordar o exemplo das virgens prudentes e das loucas registrado no capítulo 25 de Mateus.

O azeite na época bíblica servia para:

Ÿ O alimento

Ÿ O combustível

Ÿ A cura

Ÿ A unção.

6. Pomba

(Mt 3.16; 10.16)

Este símbolo ilustra:

Ÿ Brandura

Ÿ Simplicidade

Ÿ Paz

E estas são qualidades que o Espírito Santo bem expressa.

8 comentários:

  1. Pastor, o crente pode ou não ouvir música do mundo? E dançá-las?

    Diogo

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  2. Pergunto isso, porque é causa de grande controvésia no próprio meio evangélico.

    Diogo

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  3. Olá Diogo, primeiramente obrigado pela postagem indagativa! Aguarde que em breve postarei sua resposta!
    Paz

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  4. Nosso mestre amado.
    Paz,

    João Robero

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  5. Pasto gostaria de saber como posso encher e maneter cheia a minha lâmpada de azeite?
    a Paz do Senhor Jesus!!

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  6. Velando em Deus e por Deus. Estudando a Palavra de Deus, procurando primar por aquilo que nela está escrito. Velando em oração. Mantendo sua vida no altar de Deus. Dedicando-se a oração e submetendo-se a disciplina do Espírito Santo.

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  7. Saudação! Deus abençoe sua vida e ministerio grandiosamente.

    Pr.Rodolfo Silva
    www.prrodolfosilva.blogspot.com

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  8. Onde esta aparte II, deste estudo.

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