1 Co 7.1-5,7,10,11
Gênesis 2.18,23-25
18 E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea
23 Disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada.
24 Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
25 E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam.
1 ORA, quanto às coisas que me escrevestes, bom seria que o homem não tocasse em mulher;
2 Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido.
3 O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido.
4 A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher.
5 Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência.
6 Digo, porém, isto como que por permissão e não por mandamento.
7 Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o seu próprio dom, um de uma maneira e outro de outra.
8 Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu.
9 Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se.
10 Todavia, aos casados mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido.
11 Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher.
12 Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe.
13 E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe.
14 Porque o marido descrente é santificado pela mulher; e a mulher descrente é santificada pelo marido; de outra sorte os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos.
Introdução . Na bela e cosmopolita Corinto, alguns cristãos, gentios e judeus, chegaram a defender que o casamento constituía-se como o “sumo bem” da vida, o que, acabava provocando o outro lado; aqueles que inferiorizavam o casamento, reduzindo-o a nível moral muito baixo, sem relevância e, também os que sustentavam veementemente que, uma vez convertidos a Cristo, toda e qualquer relação, seja no campo social, no campo comercial, sobretudo até mesmo no campo matrimonial deveria ser desfeita. Paulo, simplesmente responde às perguntas que lhe foram enviadas, haja vista, haver dúvidas concernentes a relação social e ao casamento e seus arrazoamentos. “... às coisas que me escrevestes...”
I. CASAMENTO OU CELIBATO
1. AS FACÇÕES QUE GRASSAVA ÀQUELA ÉPOCA EM CORINTO
i) Os libertinos
a) Que ou aquele que vive na libertinagem, na devassidão, na crápula.
b) Dissoluto, devasso.
ii) Os ascetistas
a) Pessoa que se entrega a práticas espirituais, levando vida contemplativa
com mortificação dos sentidos.
b) Pessoa de sã moral e vida irrepreensível.
2. Casar ou não casar?
2.1 É provável que na Igreja de Corinto houvesse problemas como de fato pode-se perceber na Carta em questão: “Haver quem abuse da mulher do seu pai”, certamente o mais correto seria: “Ouvi dizer que certo homem está vivendo com a sua madrasta’ não devia ser a mãe biológica, com certeza. Isto levou Paulo a apoiar o casamento como algo com força para deter a imoralidade.
a) Os gregos consideravam o estado de solteiro superior ao de casado
b) Os coríntios sofreram influência da crença do Saduceus Lc 20.27-35
c) É preciso considerar que para os judeus o casamento é uma obrigação sagrada e, a família o centro da sociedade.
e) outros espiritualizavam a condição de solteiro por estarem desgostosos com ênfase sobre o sexo em Corinto.
II. O SOLTEIRO – PREFERÊNCIA OU DOM?
1. A defesa do Celibato v.1
a) Deus não criou o sexo para o pecado, como está ocorrendo no mundo ímpio; o
chamado “sexo livre” segundo a Palavra de Deus, é abominação.
b) Estar solteiro ou casado não é impróprio ou condenável, segundo a Bíblia.
d) O celibato também é um estado honroso.
2. Cada um tem de Deus o seu próprio dom v.7
a) Nem todos são capazes de abster-se do casamento, senão somente aqueles a quem Deus deu tal dom. Mt 19.10-12; 1Co 7.7-8; 9.5
b) “Dom”, refere-se a uma capacitação sobrenatural conferida por Deus para alguém permanecer solteiro, e sem frustração v.9
c) Sem o dom de Deus, qualquer um que tentar permanecer solteiro encontrará tentações
d) Isso requer, não somente um domínio próprio, mas um dom especial da graça divina. O qual não é concedido a todos.
III. A NECESSIDADE DO CASAMENTO – Gn 2.18, 23-25
A. A imoralidade sexual e desenfreada em Corinto era a preocupação de Paulo v.2
e) É possível que esta tenha sido a posição adotada por alguns em Corinto.
f) Paulo garante a sua validade, mas afirma que o casamento é melhor para aqueles que poderiam ser vencidos pelas práticas da sociedade maligna em que viviam,1Co 7.2
3. O conselho de Paulo aos solteiros que desejavam permanecer neste estado v.8
a) O solteiro pode permanecer nesse estado para realizar a obra de Deus.
b) mas se não podem conter-se, casem-se. “Porque é melhor casar do que abrasar-se” (v.9).
c) Quem tem falta desse controle deve se casar! É melhor casar do que lutar continuamente com o fogo do desejo sexual.
4. O Estado civil do apóstolo Paulo v. 7ª
a) Se Paulo pertencia ao Sinédrio, supostamente deveria ser casado, entretanto, ser casado não era uma regra sinedriana, mas uma espécie, de princípio entre tais rabinos
b) “bom seria que o homem não tocasse em mulher” kalon – o termo aqui é o bom, aquilo que é útil ou agradável, aquilo que é apropriado para uma situação específica
c) “Não temos nós direito de levar conosco uma mulher irmã, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?”1 Co 9.5 - gunaika , esposa.
adelfhn; isto é, uma cristã, alguém que pertence a mesma religião periagein - pres. at. fazer-se acompanhar, lit. “levar junto”. A palavra não enfatiza o andar juntos numa viagem, mas ao contrário, significa “ter constantemente consigo, Isto é, casar-se. TODAVIA, ISTO NÃO DÁ MARGEM PARA ALGUÉM DIZER SE PAULO ERA OU NAO CASADO, POIS A PALAVRA UTILIZADA PARA MULHER TAMBÉM FOI UTILIZADA PARA ESPOSA, O QUE NÃO NOS ÁUTORIZA A FAZER QUALQUER ASSERTIVA OU AFIRMATIVA ACERCA DA VIDA SENTIMENTAL GIGANTE DA FÉ.TUDO O QUE SE FALAR(SE ERA OU NÃO CASADO) CONSTITUI-SE MERA ESPECULAÇÃO.
A.1 A depravação moral em que o mundo hodierno está mergulhado, também se constitui como um grande desafio para nós a Igreja, os crentes de hoje.
B. A alta relevância com que Deus e a Bíblia tratam o Casamento e o ato conjugal Hb 13.4
i) “... Não é bom que homem esteja só...” Gn 2.18
ii) A Bíblia nunca trata cruamente o assunto do ato conjugal. Na maior parte das vezes, os escritores bíblicos usam o discreto termo “conhecer” significando ter intimidade.
iii) Mas, embora Deus tenha criado a atração física e o ato conjugal, não demorou muito para que o ideal divino fosse deturpado.
iv) Deus fez “homem e mulher”; Satanás fez “homem e homem”, “mulher e mulher”. Deus colocou o ato conjugal dentro do casamento;
v) Satanás diz que não faz diferença onde, quando ou com quem. Deus fez a atração física como um meio para um fim; Satanás o tornou um fim em si mesmo.
vi) O ato mais privado, o maior segredo entre duas pessoas, é arrastado para o beco, a sarjeta, o curral.
C. Os deveres cristãos ante ao casamento v. 3,4
1. Obrigações recíprocas
a) Pagar = ofeilh = obrigação, débito dívida. A obrigação específica envolvida na união marital.
b) Então não se trata de favor, mas de uma obrigação; do marido para com a esposa e da esposa para com o marido.
c) Pagar = apodidotv = pres. imp. Pagar, dar de volta, recompensar, pagar o que é devido. O tempo presente indica o dever habitual.
d) Isso nos faz compreender que o ato conjugal não visa somente à procriação, mas a satisfação mútua.
e) No casamento, A ênfase está em dar de si mesmo ao seu cônjuge, e não receber algo ou exigir direitos sobre o cônjuge.
1.1 “não vos defraudeis” v.5
a)aposterev defraudar, roubar, privar. Exceto em casos especiais.
b) O fracasso de muitos casamentos inicia-se no leito conjugal.
c) O ato conjugal é um prazer amoroso Ec 9.9; Pv 5.15,18,19; um eliminador de tensões exógenas , uma necessidade conjugal 1Co 7.2; um dever conjugal 1Co 7.3; um direito conjugal e, parte do plano divino para o casal 1Co 7.3-5;Gn 2.24b.
1.2 As diferenças afetivas e psicológicas dele e dela devem ser conhecidas
a) Ele é mais racional; ela é mais intuitiva
b) Ele é mais lógico; ela é mais afetiva, sentimental
c) Ele vê mais o geral; ela vê mais os detalhes
d) Ele é mais confiante; ela é mais dependente
e) Ele é mais forte e rústico; ela é mais fraca e delicada 1 Pe 3.7
1.3 Conhecimento de psicologia um do outro
a) A psicologia do homem: A natureza do homem em todas as suas faixas etárias. Como ele reage
b) A psicologia da mulher: A natureza da mulher em todas as suas faixas etárias. Como ela reage
2. Abstinência temporária v. 5,6
a) Consentimento mútuo
b) Temporária “por algum tempo”
c) Deve ser por elevados propósitos cristãos
d) Deverão juntar-se de novo, imediatamente
e) Paulo, às vezes cita as palavras de Jesus extraídas provavelmente de uma coleção conhecida de “ditos do Senhor”. Na época, os judeus extraíam a autoridade da Tora, a Palavra de Deus. Faziam principalmente com autoridade porque assentavam na cadeira de Moisés Mt 23.2. A formação rabínica de Paulo pode tê-lo induzido a usar palavras semelhantes relacionando a sua autoridade com Cristo. Ele estava afirmando que as suas palavras também tinham autoridade.
IV. COMPROMISSOS CRISTÃOS NO CASAMENTO
1. A mulher e o marido não devem se separar v.10,11
a) Naquela época a mulher era abandonada pelo marido por qualquer motivo
b) Tanto a lei romana quanto a judaica concedia igualmente ao marido e a mulher o direito de dissolver o casamento por “qualquer razão”
c) “É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?” Mt 19.3b
1. Na sessão de Mt 19.6-ss, o Senhor não somente reconhece que Deus criou o homem, mas também confirma Sua ordenação com respeito ao matrimônio, isto é, que um só homem e uma só mulher unidos e jungidos como uma só carne e não devem ser separados por homem algum. Vide Mt 5.32; Mc 10.11,12;Lc 16.18; Ml 2.14-16
2. A mulher ou o homem que se separar só tem duas opções: ficar sem casar ou reconciliar-se com o cônjuge.
2. Conversão do cônjuge após o casamento v. 12-16
a) Não se trata de sancionamento de casamento do crente com o incrédulo
b) A passagem claramente infere a conversão de um deles após o casamento
c) Santificado aqui não significa salvo. A preocupação do crente em Corinto era a de saber se os filhos nascidos da união entre o crente e não-crente eram legítimos. Paulo diz que além de legítimos são puros. V.14
d) A família do crente, além de ser legítima foi separada para Deus. Não quer dizer que são automaticamente salvos.
e) Se um cônjuge (descrente) de um crente resolver se afastar por causa de sua fé em Cristo, deve-se permitir que vá embora. Entretanto o crente está vinculado ao pacto matrimonial no caso de o cônjuge descrente retornar.
CONCLUSÃO
A Igreja, hoje, defronta-se com uma situação tão sombria, talvez pior que a da época de Corinto. Os coríntios viviam num ambiente de promiscuidade sexual ostensiva. A imoralidade era o lema daquela metrópole. Vivemos momentos tão difíceis, tempos tão trabalhosos que só podemos clamar: “Maranata, ora vem Senhor Jesus”. Maior é Deus para guardar a todos os que nEle confiam e que vivem para Ele.
Fonte: Lição Bíblica CPAD, Site da CPAD, Comentário Grego Fritz Rieneck, The New TEstament Greek
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirpr. gostei bastante dessas conciderações mas dois itens me chamaram a atenção:"II. O SOLTEIRO – PREFERÊNCIA OU DOM?" e "IV. COMPROMISSOS CRISTÃOS NO CASAMENTO". mto interessante a bíblia de fato é nosso manual que nos mostra nos deveres e direitos.
ResponderExcluirfique com Deus
Sim irmã Jéssica a Bíblia não é só nossa regra de fé, mas também de prática!
ResponderExcluirDeus te abençoe!