Saduceus. Embora a origem da seita esteja perdida na obscuridade, o nome pode Ter-se derivado de um certo Zadoque, que sucedeu Abiatar como o sumo sacerdote durante os dias de Salomão. No grego lemos SADDOUKAÍOI; hebraico SADDUQUÍM. O vocábulo vem de SÚNDIKOS, que significa ádvogado’ ou ‘defensor da justiça’ pois eram membros do sinédrio. Os saduceus gabavam-se de sua fidelidade à letra da lei mosaica, em contradistinção à tradição oral. Este era o partido da aristocracia e dos sacerdotes abastados. Eles controlavam o sinédrio e qualquer resquício de poder político que restava. Eram os colaboracionistas, a tendência que favorecia o poder estrangeiro e que se alinhava com ele pelo poder. Também controlavam o templo. O sumo sacerdote era sempre o líder deste grupo. Era um grupo fechado e não procurava prosélitos, como o faziam os fariseus. Teologicamente conservadores (diziam), limitavam o cânon à Torah ou Pentateuco. Rejeitam as doutrinas da ressurreição, demônios, anjos, espíritos, e advogavam a vontade livre, em lugar da providência divina. Este grupo não sobreviveu à Guerra Judaico-Romana de 66-70.
1. As Doutrinas principais dos Saduceus
a) aceitavam somente a lei escrita
b) negavam a providência divina e aceitavam o fatalismo
c) negam a recompensa quanto o castigo após a morte
d) não existe alma
e) não há ressurreição
f) não criam em anjos
g) não existem céu e nem inferno
h) não existe o Diabo.
“A Enciclopédia de La Bíblia” diz que ‘o saduceismo não era uma seita no sentido real d apalavra; não tinham uma doutrina especial e distinta do judaísmo; era mais um partido político-religioso. Engrossavam suas fileiras as classes abastadas e abertas à cultura e ao progresso de outros povos, e a isto se opunham os fariseus.
Relação com Jesus – Não tiveram com o Mestre as grandes batalhas como os fariseus tiveram. Cf. Enéas Tognini.
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