quinta-feira, 16 de julho de 2009

"COMBATI O BOM COMBATE" Parte 1

 

Após uma longa conversa com um grupo de internautas que lideram o ranking de audiência em blog´s e página de relacionamentos, resolvi fazer este post  também depois de longo debate assistido em uma TV. Debate ocorrido entre pessoas que nem sequer conhecem um pouco da  história de seu país. Não sabe de sua própria história. Não conhecem nem sua pertença, muito menos sabe sobre a história e historiologia do Cristianismo.

Francisco Julião, fundador das Ligas Camponesas, asilado na embaixada do México, em 1964, assim falou: " Eu sou de matriz cristã. Hoje me digo marxista e não cristão porque, radical como o sou, se me dissesse cristão, teria de levar até as últimas consequências e não tenho coragem".

Paulo precisou de muita coragem para dizer-se cristão. E de muita coragem precisou Jesus Cristo para ser fiel à vontade do Pai. Hoje, quem se diz cristão, no nosso país, não corre nenhum risco. Na repressão do golpe militar de 64 ninguém era perseguido por ser cristão. 

As pessoas eram consideradas subversivas e eram perseguidas não por motivo de fé, mas por motivos políticos. E, por isso, as igreja não assumiam para valer a causa dos seus membros atingidos pela repressão. Naquela época, um grupo discutia as dificuldades criadas pelos organismos de repressão militar e os perigos que ameaçavam as pessoas, quando um padre delcrou categoricamente: " Eus estou disposto a dar a vida por Jesus Cristo, mas não pode qualquer um". Um lavrador presente deu o troco: "Mas Jesus Cristo mesmo deu sua vida por qualquer um de nós".

Sereis Minhas Testemunhas

Testemunhar sugere tribunal e julgamento. Por isso, pessoas que assistem a um crime ou sinistro se esquivam para evitar complicações com a Justiça. Testemunha sugere também credibilidade. No início do livro de Atos, Jesus ressuscitado incumbe os discípulos e dsicípulas a missão de sere, suas testemunhas:"Sereis minhas testemunhas" At 1.8,9.

Armados do testemunho, deverão propagar o Evangelho pelo mundo inteiro. Mas não foi fácil testemunhar em favor de alguém que foi condenado à de morte pelas autoridades religiosas e civis como subversivo. Pedro e João foram arrastados ao tribunal. Estêvão foi apedrejado. As primeiras comunidades sentiram o embate de forças violentas que queriam abafar a semente do Evangelho. 

Por isso a Cruz foi, desde o início, o seu estandarte, na expressão de Paulo: " Se com ele morremos, com ele viveremos. Se com ele sofremos com ele reinaremos". Não há como comungar o Evangelho se ele não tiver como bandeira uma Cruz.

Imaginemos, hoje, por exemplo, o modismo que é ser cristão. Todos dizem : "sou cristão". Artistas, atores, atrizes, dj´s, jogadores de futebol, políticos em geral, inclusive satanistas, cantores, dançarinos, enfim, uma gama imensa de pessoas  se dizem cristão. Esta em voga! Nova onda agora é ser "cristão". Meu Deus!

Você olha e nem percebe diferença, pois, a fala denuncia, a roupa denuncia, as atitudes denunciam, o testemunho não condiz, e , quando você indaga, elas dizem sempre a mesma expressão: "não tem nada a ver"!

As Causas da Perseguição

Para compreendermos as perseguições promovidas pelo império romano contra as comunidades cristãs, temos de distinguir as várias etapas da repressão. Gradativamente o império vai percebendo o perigo representado pelo estilo de vida das comunidades, porque equivalia a uma contestação radical das políticas imperiais de conquista e dominação ironicamente chamadas de "Pax romana".

Etapas da perseguição romana

  1. Quando o império ainda não distinguia entre cristãos e judeuz, os cristãos compartilhavam dos privilégios legais conquistados pelos judeus. Essa fase vai do governo de Calígula ( 37-41) ao governo de Nerva (97-98).
  2. As perseguições já com o "Estyado Jurídico" de TRajano. O fato de alguém ser cristão é considerado como crime contra o Estado. Essa etapa vai do governo de TRajano (98-117) ao governo de Cômodo (181-192).
  3. As violentas persguições em massa com os imperadores militares, especialmente Décio (250-251) e diocleciano(290-310).

Os cristãos inicialmente eram considerados como membros de uma seita do judaísmo. Eram, portanto considerados judeus como todos os outros e estavam sob a proteção da lei. Durante o governo de Nero (54-68), houve uma perseguição que atingiu apenas as comunidades de Roma. Ao que parece, o imperador responsabilizou os cristão por um incêndio que destruiu parte da cidade. Com isso, provocou a revolta do povo. Não consta que Nero tenha lavrado um decreto de perseguição aos cristãos.

A perseguição oficial vai acontecer no governo de Domiciano (81-96). Querendo estabelecer a unidade do império em torno do culto imperial, Domiciano proibiu todas as religiões estranhas, que passaram a ser consideras com "ilícitas" ou contra a lei. Entre elas estava o cristianismo, que já adquiria identidade própria em relação ao judaísmo. 

Desde o tempo de Júlio César (45-44 a.C.), os judeus, pelos serviços prestados a Roma, tinham liberdade de culto no império. As tradições judaicas considerando  YHWH como um Deus nacional eram toleradas. Mas as comunidades cristãs apresentavam Jesus Cristo como Filho de Deus eSenhor (Kyrios), título reservado ao imperador. 

Elas eram consideradas uma nova superstição que o historiador romano Tácito descreve da seguinte forma: " Seus cultos secretos são uma baominação. Eles demonstram ódio pelo gênero humano". Para outro historiador romao Suetônio, o cristianismo não passa de fé de "uma superstição nova e maléfica".

As Penas

Professar a fé em Cristo era crime. E para esse crime havia penas. Oréu podia ser condenado(a) ao cativeiro, como aconteceu com João deo Apocalipse, que acabou exilado em Patmos. Podiam ir amargar no trabalho forçado das minas ou das galês.

A condenação mais comum era pena de morte: pela crucifixão, reservada aos escravos e aos subversivos, pela crmação, pela decapitação, quando não eram psto das feras no circo, servindo de espetáculo. Paulo já lembrava " Somos dados em espetáculo ao mundo" 1Co 4.9.

A cruel perseguição não podia deixar de provocar deserções nas comunidades. Numa carta em que relata ao imperador a perseguição aos cristão e pede instruções, o governados da Bitínia, chamado Plínio, refere-se a prisioneiros que, havia mais de 20 anos, tinham abjurado da fé e reverenciavam a estátua de Trajano.

A sombra da Cruz se estende sobre todo o Novo Testamento e sobretudo em toda a vida cristã.

Nos "evangelhos da infância", o recenseamento decretado pelo imperador força Jesus a nascer longe de casa, num abrigo de animais, em precaríssimas condições. para escapar da perseguição de Herodes, seus pais tiveram de fugir para o Egito. Na apresentação do tempo, Simeão predisse que sua vida seria marcada pelo conflito e pelo sofrimento.

Assim como Jesus teve de enfrentar a feerenha hostilidade das autoridades do seu tempo, assim também as primeiras comunidades cristãs tiveram de enfrentar a hostilidade do imperio romano, durante 300 anos.

É o período que a história guardou como o período da "Igreja dos Mártires", em que ser testemunha de Jesus Cristo significava risco de morte. Muitos selaram com seu sangue o testemunho de fidelidade.

A coragem com que Paulo enfrentou as perseguições é particularmente significativa. Podemos dizer que no bom combate que combateu, a Cruz foi a sua bandeira. Os sofrimentos são descritos para exortar a resistir. O escritor aos Hebreus, ao relatar as tribulações sofridas por grande número de persanagens bíblicas, a carta estimula à perseverança na fé.

A esses homens que nos precederam, nós devemos a nossa  vida!!!!!!!

Glória seja a Deus e a Jesus e Seu Único Filho

4 comentários:

  1. O sofrimento, bem como a consequente resistência e perseverança dos antigos, ante às perseguições motivadas pela crença e propagação do evangelho de Cristo pelos mesmos deve, sempre, servir-nos até hoje como paradigma.
    Digo isso porque eu mesma, muitas vezes, por muito menos, desanimei, não de Cristo, mas da causa de Cristo, ou seja, de anunciar a Palavra, fosse por palavras, fosse por testemunho.
    E isso é, sem dúvida, inadmissível a nós, discípulos de Jesus Cristo, os quais devemos anunciar a Sua palavra aonde quer que estejamos e formos.
    Que os testemunhos dos nossos irmãos antepassados estejam cravados em nossas mentes e corações, a fim de que continuemos a progagar, com amor e entusiasmo, a vida do nosso Mestre e cumprir, assim, o "ide" que nos foi determinado.
    Glória a Deus!

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  2. Na realidade irmã Tati, quão difícil é manter o testemunho fiel do Evangelho de Cristo nessa sociedade tão pluralista de crenças!
    Entretanto nossa missão é imitar a Cristo e ato contínuo imitar a Deus.

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  3. Gostaria d lembrar aos amados irmãos q n mto distante daki, em Cuba por exemplo, sem falar na Índia, China e princialmente na janela 10/40 sem falar nos outros países, nossos irmãos são persegudos mortos e sofrem por amor a esse evangelho a qual mtas x se dá ~tão pouco valor na nossa nação, pelo fácil acesso q se tem a ele, na China soube eu, há uma fila, q fazem para q possa ler uma frase da bíblia, pq só se tem pouquissimas bíblias, eqto aki tem tantas e mtas x é usada de forma tão ruim, se interpretando da maneira como querem, se esquecendo da cruz.
    Que o Senhor tenha misericordia da nossa nação.
    e oremos pelos nosso irmãos q estão nos campos, e pela janela 10/40, para q se abram as portas dessas nações pro evangelho.
    A Paz do Senhor Jesus!!

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  4. Poderíamos nos espelhar na vida desses homens!!

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