sábado, 25 de abril de 2009

A ÉTICA CRISTÃ E OS DEZ MANDAMENTOS

A ÉTICA CRISTÃ E OS DEZ MANDAMENTOS Texto Mt 5.17-21 v.17 Jesus está dizendo que não veio arrancar, destruir ou anular a lei, o meu propósito, diz ele, é cumpri-la de modo absoluto. No judaísmo esta palavra era uma resposta de reforço ou confirmação, ou a concordância com a declaração doutra pessoa. Jesus não usava a palavra aplicando-a às outras pessoas, mas para introduzir Suas próprias palavras. Isto dá força e autoridade àquilo que Ele diz. O imperativo negativo indica que alguns pessoas, perturbadas pelos ensinamentos de Jesus, o acusaram de estar suprimindo a Lei e os Profetas. Entretanto, ele veio para cumprir o AT no sentido de completar sua revelação parcial, realizando suas profecias messiânicas e dando a verdadeira interpretação a seus preceitos morais. A lei que Jesus refuta é aquela criada pelos homens. Os Dez Mandamentos foram acrescidos por cerca de mais 613 preceitos oriundos da escola farisaica. A finalidade da lei e sua essência, foram por eles esquecido, para se dedicarem ao cultivo do supérfluo, do medíocre, do mesquinho. Quando ele se refere à lei, como no caso do v 17, ele está se referindo à vontade maior do pai, ao cumprimento daquilo que o Senhor desejava a sua criatura desde o princípio V 18 Jota = i = iota gr Til = ~ = yod hb São as menores letras em seus respectivos alfabetos Jesus está se referindo ao fato de que a lei será cumprida na íntegra (de modo nenhum passará da lei um só i ou til), ou seja, o seu menor item ou detalho. v.19 Seja quem for que abolir, soltar, revogar, anular o mandamento será o menor no reino do céu. Ser "maior ou menor" no reino dos céus é o nosso desafio. Ele não nos está desafiando a um concurso público, aparente e exterior, onde, onde, por sermos "certinhos" ganharemos pontos, e quando errarmos, perderemos. A avaliação desse "certo ou errado" é espiritual, interior. Daí ele mencionar que será feita no "reino dos céus", esse que ele instituiu em nossa vida quando dela se apossou. O que ele deseja é que cada um de nós, sem espírito de comparação com os outros, pautemos nossa vida pelo melhor grau de fidelidade ao Pai. Isto fazendo interiormente, nos sentiremos gratificados pelo sentimento de paz e alegria que a aprovação divina traz ao coração do crente. v.20 Se a vossa justiça não exceder, transbordar como um rio para fora de suas margens, mais em maior medida. O zelo dos escribas e fariseus pela lei era muito mais pelos aspectos aparentes e exteriores dela. Assim, eles a seguiam e exigiam que a seguissem, nos seus indicadores visíveis e externos e não no seu sentido real e verdadeiro. Faziam-no para aparecer (suas obras eles fazem para serem vistos pelos homens, gostam dos primeiros lugares nas sinagogas, das saudações nas praças) etc. A entrada no Reino é feita mediante a justiça do coração, e não por um legalismo externo e hipócrita. O nosso senso de Justiça, ou de cumprimento da lei, tem então que exceder o deles, naquilo que é real e significativo. Não naqueles aspectos secundários e aparentes mas, sim, naquilo que significa mudança e transformação interior para uma vida santa e consagrada a Deus. v.21 Homens de outras gerações. Quem matar está sujeito a ser apanhado, ser culpado, sujeito a julgamento. Jesus se reporta a lei de Moisés. Vai ao sexto mandamento da regra áurea dos judeus, repetida através dos séculos. Passada de boca em boca através dos primeiros tempos, até que mais tarde, escrita, tornou-se algo precioso e sagrado para eles. Os mestres da lei a repetiam e julgavam com base nela. Po incrível que pareça, visando ao extermínio da morte provocada pelo homem institucionalizou-a, pois a fez vir da boca dos próprios religiosos que condenavam à morte aqueles que cometiam determinados crimes e pecados. Infelizmente, a vida no pecado, que nos foi legada pela desobediência do pai Adão, trouxe para a humanidade esta chaga terrível. Caim foi o primeiro a cometê-la e, de lá para cá, o homem tem se desviado dos caminhos de Deus, vivendo não a regra do amor, mas a do ódio e da vingança. v.22 Raca - expressa desprezo pela cabeça do homem: "seu estúpido" . É um termo aramaico de desprezo equivalente a tolo, estúpido Os Dez Mandamentos são a lei absoluta, os princípios que envolvem tudo e não dão margem a qualquer exceção. Jesus confirma sua aplicação ética atemporal. I. JESUS VALORIZOU OS DEZ MANDAMENTOS 1. Uma questão fundamental Mt 19.16 1.1 A indagação comum a todos a) O que eu posso fazer de bom? b) O jovem pensava que podia, por si só, uma boa obra para ser salvo ("vida da era do porvir") c) Entendia que a salvação dependia dele. 2. A resposta inquietadora de Jesus a) Se queres porém, entrar na vida, guarda os mandamentos Mt 19.17 b) O moço era bem educado nas regras do judaísmo Mt 19.20a c) A prática de atos exteriores, no judaísmo, era mais importante do que o ser e o ser espiritual d) O formal era mais valioso do que o real e) O exterior era mais valioso que o interior. 3. A guarda dos mandamentos (ver lição) 4. O cumprimento da lei (ver lição) II. OS MANDAMENTOS E A LEI AOS OLHOS DO FARISEUS Ensinavam os mandamentos sem observá-lo Mt 23.4;Mc 7.8-13; Jo 7.19 Só repetiam a letra, mas matavam o espírito da Lei Lc 11.39-44; 2Co 3 Esqueciam que a lei tinha sido dada para libertar e educar Gl 3.21 Transformavam a lei em instrumento de opressão Lc 11.46; Mt 11.28 Jesus criticou a interpretação dos fariseus e dos doutores, Mt 5.20; 26.1-36 Jesus trouxe nova interpretação e explicação Mt 5.17-48 CONCLUSÃO. A importância dos Dez Mandamentos não se resume unicamente no seu significado, mas ao fato de que constituem exemplos clássicos para todas as demais lei, por sua divisão em duas tábuas de cinco fundamentos cada uma. Temos as categorias principais desses fundamentos: os primeiros cinco são leis do homem em relação a Deus; os outros cinco , do homem para os seus semelhantes. A primeira tábua inicia-se em o preceito da crença no Eterno Deus, e os mandamentos se baseiam no amor a Ele, o que é a pedra fundamental do judaísmo. A Segunda tábua termina com as palavras "do teu próximo", e todos os preceitos que constam nela têm por base o amor aos nossos semelhantes. O amor a Deus, quando é de todo o coração, conduz inevitavelmente ao amor para com o próximo, porque este foi criado à sua imagem

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