


Na minha juventude, bem tenra, fui fã incondicional de Michael Jackson, por muito tempo percorri bailes, mesmo sem poder entrar: (1) não tinha dinheiro; 2) era menor), na busca por algo que não preencheu o meu vazio, tão pouco o do ídolo pop. Com pouca diferença de idade, ficava imaginando como deveria ser a infância daquele menino que, menino tinha postura de homem e, que, “hoje”, adulto com atitudes de crianças. Até que me converti a Jesus Cristo e, passei a entender que tudo aquilo era efêmero.
Infância à parte, entretanto ficava pensando como uma criança, criança ainda, tinha um comportamento tão adulto. Na verdade, mais tarde descobriu-se que sua infância foi totalmente adulterada, face à impingências sofridas mediante atitudes de seu pai. Que triste! Os fatos vieram à tona através da imprensa e também por declarações de sua irmã.
A suposta insatisfação com sua cor, segundo sua irmã, era algo que fazia com que Jackson não amasse a si próprio.
Quando liguei o computador de minha residência, na “net”, deparei-me com uma foto do astro pop com a seguinte legenda “Jackson dies at 50 years”, assustei-me!
No mesmo instante minha mente voltou-se para duas passagens bíblicas:
- “Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma? Ou que daria o homem pelo resgate da sua alma?” Mc 8.36,3
- “...louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” Lc 12.20
Vamos considerar essas passagens.
1. Michael Jackson conquistou o mundo inteiro. Foi considerado o maior astro da música pop. “Venceu” a barreira do preconceito racial. Será? Levou crianças, adolescentes, jovens, adultos e velhos ao delírio. Suas apresentações eram repletas de atendimento médico aos fãs que no frenesi da festa, desmaiavam e de imediato era levados as pressas para o Pronto Socorro. Foi, sem dúvida, um verdadeiro “super pop”.
Ele construiu um castelo de areia, uma cidade dos sonhos, uma ilha da fantasia. Que triste.
Agora vem a pergunta: “Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?”
Ele se dizia muito religioso. Aí, talvez resida todo o problema. Religiosidade. Certamente que se Jackson tivesse levado este versículo a sério, talvez, as coisas poderiam ser diferente. Talvez houvesse um momento para ele e Deus. Não estou afirmando que ele não teria morrido.
Se ele, de fato não tivesse colocado o seu coração naquilo que conquistou certamente o enfoque pela sua morte, seria outro.
Meu desejo sincero é que sirva de exemplo para nós e para todos os demais ídolos.
2. Jesus usou uma palavra dura para definir o erro daquele homem. Ele chamou de louco – uma palavra que significa: sem razão, sem sanidade mental, falta de percepção sobre realidade das coisas naturais e espirituais.
Jesus se referiu ao fazendeiro bem sucedido. Ao ver seus bens aumentarem, ele depositou o seu coração neles, em vez de colocá-lo no verdadeiro Deus. No grande desejo de acumular coisas deste mundo, não se pensou na origem divina das coisas.
Jesus expôs o pecado do rico louco. Deixou de ser rico para com Deus.
Talvez Jackson tenha se esquecido que devemos ser primeiramente, ricos na fé e nas boas obras. Não uma fé religiosa, mas uma fé em Deus de maneira que Ele e somente Ele seja o Senhor de nossas vidas. Também não me refiro em “obras” para tocar trombetas ou purificar-se, supostamente de algum encargo de consciência, mas, uma obra que saia de dentro do coração e isso só acontece pela fé genuína na pessoa bendita de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Gostaria de poder dizer que veremos Michael Jackson em breve no céu. Infelizmente não posso fazê-lo. Até porque, para isso, deveríamos ter seu testemunho de vida pessoal de um verdadeiro confesso de Jesus como Senhor e Salvador, o que, pelo menos aparentemente e lamentavelmente não temos.
E se pedirem, esta noite, a tua alma?