sábado, 30 de janeiro de 2010

O Sacrifício da Manhã

"Porque seu cargo era (...) estarem cada manhã em pé para louvarem e celebrarem ao Senhor". (1Cr 23.28,30)

Os levitas nunca tiveram a opção de deixar de fazer suas devocionais matinais. Eles eram ordenados a manter o sacrifício matinal todos os dias sem execução. Como parte do ritual matinal no Templo, o sumo sacerdote tinha, pelo menos os seguintes deveres:

  1. Cuidar das lâmpadas, verificar se cada candeia tinha óleo suficiente e se os pavios estavam posicionados adequadamente,
  2. Queimar incenso no altar de incenso,
  3. Queimar a gordura das ofertas pacíficas.
Uma vez por semana, como parte do ritual matinal, o sacerdote trocava o "pão" que ficava constantemente perante o Senhor.
O sacerdote realizava estas funções em adoração silenciosa, usando um vestimenta simbólica. À medida que trabalhava, o único som era o suave tilintar dos sinos na barra de sua roupa.
Este ritual antigo parece estranho e de pouco valor para nós de hoje, mas podemos tirar uma boa lição dele: este sacrifício matinal envolvia todos os sentidos e a mente. O sacerdote ficava perante o Senhor e expunha-lhe todo o seu ser; ele ficava perante o Senhor para ser examinado.

Seus sacrifícios alcançavam todos os aspectos de sua humanidade: as lâmpadas simbolizavam a necessidade de luz- a habilidade de ver com os olhos espirituais. O incenso era uma ilustração de sua necessidade de habitar numa atmosfera tomada pela santa presença de Deus. As ofertas pacíficas eram um sinal de sua necessidade de ter paz com Deus e com os outros. O pão demonstrava sua necessidade de provisão diária, algo que só o Senhor poderia prover.

Esta era uma cerimônia que, no seu silêncio, dizia claramente: "Nós precisamos de Deus. Sem o Senhor, não temos vida, não somos completos, não fazemos sentido."

Talvez não tenhamos um ritual que seguimos na nossa devocional d amanhã, mas devemos chegar até o Senhor com o mesmo espírito de dependência e obediência. O dia à nossa frente não é nosso. Nossas vidas pertencem a Deus. (1 Co 6.20)

Tudo o que precisamos, Ele suprirá. O dia é dele, assim com nós.

O Melhor Pintor Pinta Diariamente

"Não sabes, não ouviste que o Eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga? Não se pode esquadrinhar o seu entendimento". (Is 40.28)

Pedro, o Grande, reinava num palácio repleto das obras de arte mais importantes já produzidas no mundo de então. Ainda assim, quando ele refletia sobre o nascer do sol, imaginava como o homem podia ser tão tolo a ponto de não acordar todas as manhãs para observar uma das obras mais belas do universo.

-Eles se contentam – disse ele – em observar um quadro, a simples obra de um mortal, e ao mesmo tempo negligenciavam aquilo que a própria mão da Divindade pintou. Quanto a mim, quero alongar a minha vida; destarte dormirei o mínimo possível.

A observação de Pedro, o Grande, nos diz algo sobre seu modo de encarar a vida. Ele não apenas conhecia a beleza verdadeira quando se deparava com ela, mas também cria que levantar-se cedo pela manhã para sorver a beleza do trabalho artístico maravilhoso de Deus certamente lhe acrescentaria dias de vida.

Esse conceito não está muito longe da verdade, se considerarmos o que psicólogos nos dizem sobre o alívio de tensões. Você pode receber alívio levantando-se cedo e desfrutando placidamente o alvorecer!

John Cooper Smith, um hortifrutigranjeiro de Chicago cria que admirar o nascer do sol fazia parte tão importante da sua vida que mencionou este hábito em seu testamento. Ele deixou para sua viúva uma propriedade de cinqüenta mil dólares, e então deixou este legado para os outros parentes:

"Aos demais parentes, deixo o nascer do sol, os pássaros e as abelhas, onde quer que o nascer do sol, pássaros e abelhas possam ser controlados. A maior obra de arte jamais vista acontece diariamente ao nascer do sol. E igualmente maravilhoso, essa exibição é sempre gratuita par aqueles que a contemplam."

Quanto tempo faz que você não acorda cedo para ver o nascer do sol? Esse grandioso espetáculo da criatividade de Deus pode inflamar os dons criativos que Ele colocou em você e inspirá-lo a fazer uso deles durante o seu dia!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Faça o Melhor - Invoque o Nome do Senhor

"E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Joel 2.32)

Você já se sentiu inadequado? Indigno? A maioria de nós nos sentimos assim de vez em quando. E todos conhecemos pessoas que achamos serem bem-sucedidos que têm o mesmo sentimento.

Martinho Lutero, um pregador alemão do século XVI e um estudioso da Bíblia que iniciou a Reforma Protestante, parecia ser um homem seguro de si; Qualquer homem que ousasse questionar publicamente a teologia de sua igreja – numa época em que isto custaria sua vida – não poderia ser um homem que duvidasse de si. Ou poderia?

Na verdade, Lutero passou anos obcecado pela sua aparente insignificância. Ele jejuava periodicamente e flagelava seu corpo numa tentativa de "conquistar" o favor de Deus. Numa peregrinação a Roma, ele subiu os Degraus de Pilatos de joelhos, beijando cada degrau. Ele escreveu mais tarde que naqueles anos estava constantemente confessando seus pecados a Deus, contudo nunca sentia que havia feito o suficiente.

Certo dia, ao ler o livro de Romanos, Lutero percebeu que não conseguiria conquistar sua salvação. A Bíblia diz que recebemos a salvação; não podemos conquistá-la ( Rm 4.13,14). Aqueles versículos o libertaram, mudando radicalmente sua opinião de que eram suas obras que o tornavam digno da graça de Deus.

Ele reconheceu que Jesus Cristo já havia "conquistado" tudo o que era necessário para sua salvação. Ele precisava simplesmente receber o que Jesus havia feito – que Ele havia pago preço pelo seu pecado na cruz – com fé.

Nos dias em que caímos de cara, fracassados, no chão ou nos sentimos para baixo, precisamos lembrar que nossos erros não são o fim do mundo. Nossas imperfeições não são nossa condenação. Nossa salvação não depende de quão bem consigamos fazer as coisas!

A perfeição pode ser nosso alvo, mas, quando percebemos que não chegamos lá, precisamos relaxar e voltar para Deus, dizendo: "Perdoa-me pelo que fiz e pelo que deixei de fazer. Eu confio no Senhor como meu Salvador, meu libertador, minha Esperança e minha Perfeição." Ele é e sempre será!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Um sábio, pensador, e mestre me escreveu!

Havia um simples porteiro que sempre começava seu dia com a alvorada, participando bem cedo no minyan para Tehilim (Salmos) e Shacharit (Serviço Matinal). Depois de rezar, ele trabalhava por muitas horas, terminando pouco antes do pôr-do-dol. Apesar de seu cansaço, o porteiro sempre corria até a sinagoga para Minchá (Serviço Vespertino) Tomava cuidado para nunca perder o minyan e ficava até Maariv (Prece Noturna), para juntar-se a um grupo de trabalhadores simples, apropriado ao seu conhecimento e compreensão limitados de Torá. "O porteiro era vizinho de um erudito que trabalhava como autônomo, e tinha uma vida muito mais confortável. O erudito não precisava se apressar para os serviços, pois sua ocupação lhe proporcionava tanto lazer quanto paz de espírito. Suas preces eram sempre precedidas e seguidas por uma hora de estudo concentrado. Certa noite, os dois vizinhos se encontraram a caminho de casa. O porteiro deu um profundo suspiro de inveja do erudito cujas preces e instrução sobrepujavam muito as suas. "Ao ouvir o suspiro, o erudito sorriu interiormente, pensando: 'Como ele ousa aspirar ao meu nível de serviço!' "Anos depois, os dois vizinhos faleceram. Chegando à Corte Celestial, as preces e estudo de Torá do erudito foram colocados em um prato da balança, e eles pesaram muito, por causa de seu serviço devoto. Então, um sorriso desagradável foi colocado no outro lado, e o ponteiro da balança pendeu contra ele. Em contraste, apesar da quantidade limitada de estudo do porteiro e suas preces pesarem pouco, seu suspiro repleto de sinceridade foi adicionado à balança. Então, o ponteiro pendeu facilmente em seu favor.

Convidados Para o Café da Manhã

Convidados Para o Café da Manhã

"Tu, Senhor, que conheces o coração de todos". (At 1.24)

Muitas pessoas acordam com o som do despertador tocando no horário escolhido, em vez de ao som de um galo cantando no poleiro. Mas, para o apóstolo Pedro, o cantar do galo na madrugada após a crucificação de Jesus serviu com um "alerta" – ele despertou para quem ele realmente era. No pior momento de sua vida, Pedro negou seu amigo e mestre, Jesus. Ele chorou amargamente por causa da sua traição, e deve ter-se apoderado um grande sentimento de culpa e vergonha.

Na manhã após a ressurreição, Jesus apareceu a seus discípulos, que estavam pescando no mar da Galiléia. Ele os chamou da margem perguntando se haviam pescado algo. Os discípulos não o reconheceram e responderam: "Não".

Jesus mandou que jogassem a rede do outro lado do barco, e a pesca foi tão grande que eles mal conseguiram puxar a rede para dentro do barco. Agora eles sabiam que o homem que dera as instruções era Jesus e dirigiram-se para a margem.

Quando os discípulos chegaram lá, Jesus os convidou para comerem junto com Ele. "Venham comer", disse Ele.No frescor da manhã, Jesus, ressurreto, preparou um café da manhã para eles.

Como é que você acha que Pedro se sentiu quando, após o grande fracasso de sua vida, percebeu que Jesus queria passar tempo com ele, comer com ele, e até ajudá-lo a pescar? Jesus buscou o discípulo que o havia traído quando Ele mais precisava. Jesus escolheu Pedro para guiar Seus seguidores.

Como Pedro, existem experiências no dia-a-dia que servem como "avisos" de que realmente somos. Estes "avisos" vêm como oportunidades de conciliarmos o que somo com o que cremos. Como é que você age quando está sozinho? Como é que você lida com situações que podem violar sua integridade? Viver uma vida descompromissada é como negar a Jesus – assim como Pedro. (Tito 1.16)

É sempre importante para nós passarmos tempo com o Senhor, ainda mais quando precisamos limpar nosso coração. Jesus sempre nos convida a termos comunhão com Ele; Ele sempre nos perdoa.

Independente dos erros ou concessões que fizemos ontem, Jesus ainda nos ama e nos convida: " Venham comer".

Caráter – Quase Em Extinção!!!

Caráter – Preservando os Traços de Caráter Ameaçados de Extinção – Bill Hybbels

Caráter – essa palavra raramente aparece na Bíblia. Os jornais e a televisão não a empregam com muita freqüência. No entanto conhecemos bem o seu significado. Quando falta caráter, percebemos de imediato.

Ao contemplar a promiscuidade excessiva entre adolescentes, ao atentar para as clínicas de aborto lotadas e para a presente epidemia de doenças sexualmente transmissíveis, pessoas que não costumavam usar a palavra caráter ficam lamentando a debandada da moralidade. E elas choram a morte da integridade ao ver governantes eleitos aceitando suborno, líderes do mundo dos negócios exigindo compensações, e investidores explorando informações privilegiadas que geram fortunas não declaradas. Também, ao lerem sobre homens que espancam esposa, cidadãos desempregados e crianças que se tornam vítimas de abuso, essas mesmas pessoas ficam a perguntar o que houve com o amor ao próximo.

Caráter, disse um sábio certa vez, é o modo como agimos quando ninguém está olhando. Caráter não é o que já fizemos, mas aquilo que somos. Com frequência, estamos ouvindo falar de falhas de caráter que chegam a ser trágicas. A descrição de sua ausência, porém, não serve para dizer o que ele é.

Traços de Caráter Ameaçados de Extinção

Um caráter íntegro se revela, diariamente, de muitas maneiras:

  • Uma mulher enfrenta o pavor de falar em público para contar à sua igreja uma miraculosa resposta de sua oração. Isso é coragem.
  • Um homem faz o propósito de levantar-se vinte minutos mais cedo, todas as manhãs, para correr em volta do quarteirão, e cumpre sua promessa. Isso é disciplina
  • Uma professora pacientemente investe num aluno desatento e descobre que ele é um escritor talentoso. Isso é visão.
  • Um universitário, já vencido pelas provas e monografia, pensa em desistir, mas decide continuar e estudar. Isso é persistência.

Esses quatro traços do caráter estão na lista dos "ameaçados de extinção". Não são atraentes, nem fáceis. Por isso, muitos procuram ignorá-los; E, no entanto, por mais estranho que pareça, o traço de caráter mais ameaçado de extinção é justamente aquele que todos nós afirmamos querer – o amor.

Muitas vezes, quando dizemos que queremos um amor marcado pelo caráter, isso significa apenas, e tão-somente que desejamos ser amados. Esperamos que as pessoas nos admirem e nos tratem com carinho. Nesse caso, procuramos também fazer o mesmo com elas. Entretanto as pessoas de caráter vão além do afeto superficial. Elas se empenham na difícil tarefa de amar. E fazem isso de várias maneiras, muitas vezes sem perceber que estão demonstrando força de caráter.

  • Uma mulher se recusa a continuar dando desculpas para as faltas de seu marido ao trabalho, por causa de constantes ressacas. Isso é amor firme.
  • Um pai percebe as lágrimas no rosto da filha e, por isso, se assenta ao lado dela, levando-a contar o que está em seu coração. Isso é amor recheado de ternura.
  • Um homem ou uma mulher recusa uma tentadora proposta de promoção no trabalho, para que os filhos possam permanecer no lugar onde já fizeram amigos e fincaram raízes. Isso é amor sacrificial.
  • Uma jovem viúva perdoa o motorista que, embriagado, atropelou e matou seu marido. Isso é amor radical.

O amor, diz o apóstolo Paulo, é o traço mais importante do caráter cristão (1 Co 13.13), e provavelmente o menos compreendido. É extremamente difícil aprender a amar, a menos que tenhamos também outros atributos do caráter: a coragem para fazer o que é preciso; a disciplina para tomar decisões e levá-las a termo; a visão para enxergar o futuro distante e perscrutar o coração das pessoas; e a persistência para continuar, a despeito do escárnio, da inquietação ou do simples tédio.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

As Cinco Mentiras do Ocultismo ( Gn 3.6) Parte Final – O Hedonismo

As Cinco Mentiras do Ocultismo

A Mentira do Hedonismo

O que motivou Eva a desobedecer a Deus? É verdade que ela foi enganada quando pensou que a serpente esclarecia as instruções de Deus; contudo, ela também se desviou devido a sua fascinação pelo fruto proibido. (Gn 3.6)

A intuição de Eva lhe disse: "Não pense, apenas sinta"! A verdade objetiva é fria e severa demais; as palavras de Deus não são tão importantes quanto a sensação certa. Desde que o mundo não pode ser compreendido racionalmente e o conhecimento que você tem não pode satisfazer inteiramente, siga seus sentimentos.

E assim nosso mundo aceita a filosofia de Woody Allen: "O coração quer o que deseja!" O que você crê não é importante, você deve simplesmente seguir o coração. Assim, os homens abandonam suas esposas para encontrar felicidade com outras mulheres e senhoras deixam os maridos para realizar seus sonhos. Já que você só vive uma vez, tem de "aproveitar", como as propagandas normalmente sugerem. Não é de estranhar que cada um faz "o que é certo aos seus próprios olhos".

Embora a palavra hedonismo seja frequentemente associada com o compromisso de alcançar o prazer sexual a qualquer custo, ela tem uma aplicação mais ampla em nossa sociedade. A doutrina de que o prazer ou a felicidade de alguém é seu bem mais elevado tem sido a faísca que tem acendido muitas labaredas.

Os filósofos têm tentado refrear o hedonismo quando dizem que devemos agir de maneira que maximizemos não só a nossa própria felicidade, mas também a da maioria. Essa racionalização tem somente justificado os erros mais inaceitáveis. Se Hitler acreditava que seis milhões de judeus atrapalhavam a felicidade de noventa milhões de alemães, tinha uma obrigação de garantir a felicidade da maioria. Que mentira!

Quando Satanás viu Eva comer o fruto e depois dar a seu marido, que estava a seu lado, ficou exultante. Qualquer dúvida que tivesse sobre sua decisão de se rebelar contra Deus por um momento foi esquecida. Ele conseguiu separar o homem do Criador, então parecia que Adão se uniria a Satanás. Tanto quanto ele sabia, toda a humanidade ficaria ao seu lado, na rebelião contra Deus. Se não podia ter todos os anjos, pelo menos teria todas as criaturas desse novo tipo, chamado ser humano. Ele estava totalmente seguro – e tinha razão – de que o pecado de Adão e Eva contaminaria seus descendentes.

Quando Deus chegou, na viração do dia, Adão e Eva não correram ao seu encontro; esconderam-se entre as árvores, cobertos com folhas de figueira. O interruptor havia sido desligado. Trevas envolveram suas consciências e eles eram incapazes de consertar isso.

Conta-se sobre uma mensagem pichada sobre um muro, que dizia: "Humpty Dumpty foi empurrado!!" Um lembrete de que as confusões que fazemos sempre são por culpa de outra pessoa! Quando Deus perguntou a Adão se tinha comido o fruto, ele se recusou a responder e lançou a culpa sobre a esposa.(Gn 3.12). O erro, de acordo com Adão, está na mulher sem força de vontade que Deus criou para ele. Por favor, note que ele transferiu a culpa para ela, embora não houvesse a menor chance dele ter-se casado com a mulher errada!

Adão e Eva, como aconteceu com Lúcifer antes deles, aprenderam que podemos ser capazes de empurrar Humpty Dumpty de cima do muro, mas não podemos colocá-lo de volta. Somente Deus pode restaurar a beleza de uma criatura danificada. Ou, colocando isso na linguagem de Humpty Dumpty, embora um homem possa escolher quebrar um ovo, nenhuma espécie de escolhas posteriores irá restaurar a casca quebrada.

Com relação a Deus, Ele não seria escarnecido. Ele tinha algumas palavras para a serpente. "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar"(Gn 3.15)

As Cinco Mentiras do Ocultismo (Gn 3.5) Parte 4 – O Relativismo

As Cinco Mentiras do Ocultismo

A Mentira do Relativismo

"Vocês serão como Deus, conhecedores do bem e do mal" Gn 3.5

Satanás prometeu a Adão e Eva um conhecimento do "bem e do mal" pela experiência. Com essa bagagem, o homem, então deixado por sua própria conta, seria capaz de distinguir o bem e o mal por si mesmo – pelo menos foi o que a serpente deixou subentendido. Desde que o homem é seu próprio deus, ele é livre para escrever suas próprias leis.

Nós já temos aprendido que a serpente estava certa nesse aspecto: a desobediência deu a Adão e Eva um novo conhecimento do mal. Passaram a conhecer o mal não como mero conceito abstrato, como a descoberta de uma consciência pesada e sem descanso. A partir desse ponto, a percepção moral deles estava obscurecida, enquanto lutavam com a necessidade de reconciliar seu estilo de vida com a imagem de Deus, que fora desfigurada, mas não apagada de suas mentes e seus corações.

O problema é fácil de entender: em seu estado decaído, eles nunca mais discerniriam o bem e o mal do mesmo ponto de vista de Deus. Se fosse deixado por conta deles, teriam de construir seu próprio sistema de conduta, com o conhecimento fragmentado de seu próprio discernimento pecaminoso e uma consciência corrompida. Além disso, descobririam que não podiam viver de acordo com o que intuitivamente sabiam que era certo. Resumindo, eles teriam que se tornar relativistas, desistindo de toda esperança de encontrar um sistema unificado de moral e de verdade.

Relativismo é a palavra que usamos para descrever a crença popular de " o que é verdade para mim, pode não ser verdade para você". O filósofo e professor John Dewey é reconhecido por ter dado respeitabilidade ao relativismo na América. Ele acreditava que a moralidade, como acontece com a linguagem, varia de uma cultura para outra e que, portanto, nenhuma convicção moral é superior a outra.

O relativismo floresce em nossa cultura. Em uma entrevista na TV, uma senhora admitiu um caso amoroso com o marido de outra mulher. Ao perceber que essa conduta poderia ser considerada imprópria por alguns membros do auditório, ela se sentiu constrangida ao acrescentar. " O que estou fazendo pode não ser certo para todos mas é o melhor para mim".

As religiões orientais acreditam no relativismo por diversas razões. Se é verdadeiro que Deus é tudo, segue-se que Deus é também o mal. Por isso o hinduísmo ensina que bem e mal são apenas ilusão e só parecem ser diferentes um do outro. Allan Watts que tem o crédito de ter tornado o Zen Budismo aceitável para os americanos explica dessa maneira: "A vida é como uma peça teatral na qual você vê homens bons e maus em conflito no palco, mas que atrás das cortinas são todos amigos. Deus e Satanás andam de mãos dadas nos bastidores".

Registro também as palavras de Yen-Men, um dos maiores mestres orientais: " Se você busca a verdade plena, não se preocupe com o certo e o errado. O conflito entre o certo e o erra é a doença da mente".

Desde que o mal não existe, conclui-se que o problema do homem não é o pecado, mas sim a ignorância. Tudo o que precisamos é de iluminação. O resultado é que eu nunca tenho de me sentir culpado pela maneira como trato você. Mesmo traição, roubo ou injustiça pessoal não precisam me encher de arrependimento. Agarrar-se a um padrão objetivo de conduta é algo arcaico e desnecessário, pela simples razão de que tal padrão não existe.

Em qualquer uma das maneiras como o relativismo se apresenta, seja vestido de acordo com as culturas orientais ou por perspectivas reconhecidamente irracionais do Ocidente, o resultado é o mesmo. Sem um padrão objetivo de moralidade, o mais hediondo dos crimes pode ser justificado. Além do mais, ninguém vive coerentemente com o relativismo que defende. Se um relativista tem seu carro roubado, ou sua esposa estuprada, ele imediatamente apela para um padrão objetivo de moralidade!

O relativismo também é contrário à consciência que ainda reside em nós, como seres caídos, embora ela possa imperfeita. Sabemos que existem certas coisas que sempre são erradas, não importa as circunstâncias ou a cultura. Nosso problema é que não podemos, por nós mesmos, defender nossas crenças racionalmente. Assim, cada pessoa se torna uma lei para si mesma.

Realmente, Adão e Eva chagaram a conhecer "o bem e o mal". Só que esse "conhecimento" foi uma maldição e não uma bênção. O homem teria de gastar muita energia para aplacar sua consciência e lidar com culpa por ter quebrado o padrão que ele intuitivamente sabia que estava certo. Na maioria das vezes, ele tentaria eliminar os limites e fazer o que lhe agradasse.

Existe mais uma mentira que domina boa parte do mundo.

As Cinco Mentiras do Ocultismo (Gn 3.5) Parte 3 – O Panteísmo

As cinco Mentiras do Ocultismo

A Mentira do Panteísmo

O âmago do engano da serpente está nessas palavras "Vocês serão semelhantes a Deus" (Gn 3.5). A frase não é: "Vocês serão como deuses" (de acordo com algumas versões bíblicas), mas: " Vocês serão como Deus (Elohim).

Ser semelhante a Deus é um pensamento fantástico. O homem é inteligente ou suficiente para saber que não é criador dos planetas, das estrelas e das árvores. Assim, essa é outra mentira que precisa ser adaptada para o consumo público.

Só havia uma maneira de essa mentira sobreviver e seria mediante a ampliação da idéia de divindade, para incluir tudo o que existe. O argumento é algo assim: "Sim, eu sou Deus, assim como a Natureza também é... na verdade, tudo é Deus".

Panteísmo é conceito de Deus que permeia todas as religiões ocultas. O prefixo pan significa "tudo, todo" e dá a idéia de que tudo que existe é Deus; há muitos níveis diferentes de existência, que correspondem a diferentes níveis de divindade. O Panteísmo é mais facilmente lembrado como a idéia de que "Deus é tudo e tudo é Deus".

Para o panteísta, a realidade final no Universo é espiritual e, na verdade, a matéria é ilusória. Devemos negar a existência do universo material a fim de fugir para o mundo da mente, o que está em contato com o universo espiritual, que é verdadeiramente real.

Uma das implicações do panteísmo é que o homem é seu próprio salvador. Enquanto o cristianismo ensina que o homem caiu em pecado e precisa ser resgatado por Cristo, o panteísmo ensina que o homem não caiu realmente – foi Deus quem caiu! O que realmente aconteceu: houve um tempo em que a matéria e a mente estavam unidas como se fossem uma só unidade, elas eram uma força contínua e unificada, chamada Deus. Elas, contudo, separaram-se e essa brecha precisa ser reparada por nós. Salvação significa que a matéria e a mente são unidas por meio da meditação.

Pense nas palavras de Nikos Kazantizaks, autor do livro a Última Tentação de Cristo (no qual o controvertido filme foi baseado): "Não é Deus quem nos salvará – do filme é que salvaremos Deus, batalhando, criando e transmutando matéria em espíritos".

A expiação é "estar em sintonia" com a criação original. Assim, a possibilidade de salvação está totalmente em nossas mãos. Nós redimimos a Deus fazendo com que nosso "deus caído", nossa matéria, e nosso espírito estejam novamente juntos.

O panteísmo, devo acrescentar, desvaloriza a vida humana. Se eu digo que o homem é Deus, ele consideraria isso um elogio; mas tal declaração deixa de ser um elogio se digo o mesmo para as minhocas e os vermes!

Há alguns anos em uma cena de minissérie da TV, Shirley MacLaine corria por uma praia gritando: "Eu sou Deus! Eu sou Deus!" Ela expressou a opinião de muitas pessoas, que alegam ser essa a mais importante mensagem a ser transmitida para todas as pessoas do mundo.

A divindade do homem é uma mentira que será largamente aceita no final dos tempos. De fato, Paulo diz que quanto o Anticristo vier, ele operará de acordo com Satanás. Ele afirmará ser Deus e o mundo acreditará nele, porque "Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira" (2Ts 2.11).

Multidões adorarão o Anticristo, porque acreditarão ser ele Deus. E se nós todos já somos deuses, por que esse homem especial não pode ser considerado como a suprema manifestação de Deus?

E, assim, a mentira do Éden é ouvida por todo o mundo: "Vocês serão semelhantes a Deus"

As cinco Mentiras do Ocultismo – (Gn 3.5) Parte 2 – O Esoterismo

As Cinco Mentiras do Ocultismo

A mentira do Esoterismo

Depois que Satanás brilhantemente conseguiu anular a Palavra de Deus, baseada na verdade, o que serviria como substituto? Ele prometeu a Eva que "seus olhos seriam abertos" (Gn 3.5). Ela teria uma experiência diferente, ou seja, seria iluminada; isso resultaria em uma percepção da realidade que lhe daria discernimento místico.

O maior desejo de Satanás não é que homens e mulheres cometam imoralidade, ou mesmo consultem astrologia, ou sejam curados por meio de cristãos. Todas essas coisas são apenas pequenos passos que levam ao seu engano mais fascinante; uma falsa experiência religiosa. Ele quer que os homens encontrem-se com ele e pensem que estão em contato com o verdadeiro Deus. Essa experiência da iluminação é uma "conversão satânica".

Essa filosofia é o esoterismo, a crença em uma transformação de consciência que nos inicia na verdadeira espiritualidade. A literatura da Nova Era está repleta de referências à "luz" ou a "iluminação". Na Grécia e Roma pagãs, essa iluminação era baseada na teoria do conhecimento secreto que podia ser obtido quando se buscava nas profundezas da própria alma. Na realidade, envolve um encontro com um ser espiritual.

Há muitos anos, Marylin Ferguson escreveu o livro Conspiração de Aquário que uma "mudança irrevogável" estava para acontecer. Não é um novo sistema, mas uma nova mente. A sociedade seria transformada por meio de um "conceito ampliado do potencial humano... uma transformação da consciência pessoal".

Existem dois portais populares por meio dos quais os espíritos malignos são capazes de nos levar a experimentar esse pseudo "novo nascimento". Um deles é a meditação transcendental, que representa a tentativa de esvaziar a mente de todos os pensamentos conscientes. Esse tipo de meditação destina-se a unir a alma com um força unificada do Universo.

Enquanto penso, defendem eles, sobre alguma coisa, sinto-me distinto dos objetos desse mundo. Assim, os ocultistas nos dizem que devemos ter uma experiência em que tal distinção desapareça e assim nos percamos no vasto oceano da energia impessoal. A razão normal deve Sr suspensa. A vontade deve se submeter à força-deus do Universo.

O ensino popular da Nova Era é que podemos entrar em contato com "mestres da sabedoria", os quais podem compartilhar conosco suas percepções e energia. Podemos entrar em contato com " os poderes" e descobrir que existem deuses ao nosso redor, ansiosos para nos ajudar em nossa busca pela união com o divino. Essas entidades nos ajudam em nossa transformação pessoal.

No entanto, precisamos ter em mente que a Terra está povoada por espíritos malignos que seguiram Lúcifer em sua rebelião, ansiosos para conceder aos interessados uma experiência religiosa. O conato com esses poderes resulta na assim chamada iluminação. Como Satanás prometeu a Adão e Eva, as pessoas precisam ter uma transformação da consciência que as tornará semelhantes a Deus.

O segundo portal pelo qual os espíritos entram são as drogas alucinógenas. Marylin Ferguson que a alucinação é a rota mais rápida para nova percepção da realidade. Annete Hollander, no livro How to Help Your Child Have Spiritual Life (Como Ajudar Seu Filho a Ter uma Vida Espiritual) fala de pessoas que tiveram encontros místicos, quando estavam sob efeito das drogas.

Muitas pessoas supõem, erroneamente, que os demônios só comunicam idéias más, e não percebem que esses espíritos podem muitas vezes dar bons conselhos e expressar doutrinas sadias. Quando nosso Senhor este aqui na Terra, os demônios confessavam ser Ele o Cristo.

Os demônios são mentirosos e experimentam uma perversa satisfação em enganar os seres humanos ingênuos. Se a verdade servir aos seus propósitos, eles irão usá-la; quando for melhor uma meia-verdade, eles também a têm em seu arsenal; a mentira, entretanto, é sua arma mais utilizada. Eu creio que cada demônio pode ser comissionado pára um indivíduo especificamente; eles estudam o comportamento de sua vítima e tornam-se conhecedores do passado daquela pessoa. Depois que ela morre, esses espírito estão prontos para se comunicar com parentes e amigos desejosos de ter uma conversa com sua ente querido que partiu. Um médium é contatado e alega que evoca a presença do espírito do falecido e estabelece a comunicação. Só que, na verdade, o diálogo não é com o morto, mas sim com o demônio que estava familiarizado com ele, antes de seu falecimento. Por isso, a própria Bíblia se refere a eles como "espíritos familiares".

C. S. Lewis entendeu que a mais elevada forma de engano seria os demônios copiarem a experiência religiosa. O demônio fictício Morcego, ao dar instruções ao seu primo Cupim, disse: "Acalento grandes esperanças de que no devido tempo aprenderemos como sensibilizar e mistifica as ciências humanas, de tal maneira que sejam, com efeito, uma crença em nós (embora com esse nome) a qual se insinuará lentamente, enquanto a mente humana permanece fechada para crer no Inimigo (Deus)".

E é assim que, através dos séculos, a mentira do Éden tem seu efeito. Milhões de pessoas dizem haver experimentado um "abrir de olhos", ou seja, a experiência da iluminação. Elas alegam pertencer ao grupo dos iniciados, que entendem uns aos outros, porque pertencem ao círculo mais íntimo.

As sementes do Éden começam, assim, a produzir amargos frutos.

As Cinco Mentiras do Ocultismo (Gn 3.4 cf. 2.17) – Parte 1 - A Reencarnação

As Cinco Mentiras do Ocultismo

O ocultismo possui muitas formas, mas geralmente, tem cinco premissas básicas. Sejam as religiões orientais, ou o florescente pensamento da Nova Era contemporânea, todos são frutos que se desenvolveram a partir da raiz plantada no Éden. Naquele dia fatídico, Satanás revelou as mentiras pelas quais tentaria enganar o mundo. Você vai reconhecê-la facilmente.

A Mentira da Reencarnação

Deus tinha dito que no dia em que Adão e Eva comessem do fruto proibido, "certamente morreriam" (Gn 2.17). E, como já mencionamos, apesar de o corpo continuar em pleno funcionamento, o processo da morte já tinha começado. Os dois estavam destinados à sepultura. Como era de se esperar, Deus estava certo.

Opondo-se à clara advertência de que morreriam se comessem o fruto, Satanás ofereceu sua própria promessa:" Certamente não morrereis!" (Gn 3.4). Era uma contradição frontal ao que o Todo Poderoso havia dito anteriormente.

Será que essa mentira de Satanás seria acreditável? Eu acho que não e o diabo também sabia disso. Adão e Eva morreram, assim como todas as gerações que se seguiram. Os cemitérios lotados ao redor do mundo são a prova que Satanás estava mentindo. A morte está ao nosso redor; todos nós temos medo dela. Mesmo os ateus ficam apavorados com a perspectiva de um dia morrerem.

Essa mentira, contudo, com um pouco de ingenuidade e engano, tem passado a milhões de pessoas. Ela foi remodelada, recebeu uma nova interpretação e tornou-se a doutrina da reencarnação. Sim, o presente corpo morre, todos esquecem, mas o espírito reencarna em outro corpo, em algum lugar da Terra. Ele fica indo e vindo, com direito a todas as chances que forem necessárias, até atingir a perfeição. O espírito leva consigo toda a sabedoria que acumula e usa na próxima vida. Não há julgamento; a morte, portanto, não precisa ser temida.

A reencarnação ensina que as almas fazem uma espécie de 'brincadeira da cadeira' com os vários corpos no mundo. Nessa vida você é uma pessoa, mas na próxima já será outra. Sempre para a frente e para cima, o processo nos move incessantemente adiante, enquanto nos aperfeiçoamos em cada ciclo. Um casal de seguidores da Nova Era, que se beijou e depois ambos se jogaram de um ponte, deixou um bilhete no carro,no qual o marido dizia: "Amo todos vocês; gostaria de ficar, mas preciso me apressar. O suspense está me matando".

A reencarnação é baseada na cruel doutrina do karma, uma lei impessoal e irrevogável a qual diz que todos receberão o que merecem. O mal é sempre punido na próxima vida; o bem é sempre recompensado. Isso significa que as pessoas começam sua vida terrena em níveis diferentes. Alguns, devido ao pecado, perderam todos os privilégios. Outros, devido às boas obras tornam a nascer em altas posições e vão muito bem, em seu caminho para o nirvana. O melhor exemplo disso é visto no hinduísmo, no qual todas as pessoas são divididas rigidamente em cinco níveis: quatro castas, seguidas por uma categoria mais baixa, daqueles que nem merecem estar em uma casta. O princípio básico é que o pobre existe para servir o rico.

O karma ensina que não existe injustiça no mundo. Tudo o que acontece é resultado do bem ou mal cometidos previamente. Considere a crueldade dessa doutrina. Imagine chegar para uma criança que sofreu abuso sexual e dizer: "Você recebeu o que merecia, por causa d os pecados que cometeu em outra vida".

Shirley MacLaine, a atriz que tem popularizado o ensino da Nova Era, diz com confiança que a morte não existe. Ela "descobriu" que em vidas passadas tinha sido uma princesa em Atlantis, uma inca no Peru e uma criança criada por elefantes, na África.

Nessa filosofia, a morte não deve ser temida, porque como é entendida tradicionalmente, não ocorre. Não existe um Deus pessoal, ao qual teremos de prestar contas. Você pode viver da maneira que desejar, acreditando em qualquer coisa que queira. Citando Shirley MacLaine, é como estar participando de uma cena de filme: "Você continua fazendo e repetindo até que fique boa".

A reencarnação é a mentira do diabo que se tornou acreditável; é um engano engenhoso, remodelado para consumo popular. A evidência da reencarnação não é baseada na transmigração das almas, mas na transmigração dos demônios. Aqueles que estão em contato com espíritos malignos frequentemente têm conhecimento de tempos e lugares anteriores.

De qualquer maneira, atualmente, muitos são enganados e concordam com o diabo: certamente não morrerás!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Escola Bíblica Dominical -A Glória das Duas Alianças

AD Ministério Plena Unção – Departamento de Escola

Bíblica Dominial – Setor de Educação Cristã

Lição 04 João Luiz Marques

A Glória das Duas Alianças

Leitura Bíblica em Classe 2 Coríntios 3.1-11

Introdução

  1. Paulo justifica sua autorrecomendação

• "Paulo precisava de carta de recomendação?"

"Mestres itinerantes da igreja primitiva tinham por característica levar cartas de apresentação (cf. At 18.27). Os inimigos de Paulo aparentemente atacavam sua credibilidade ao indagarem: Onde estão as suas cartas?

Todo verdadeiro crente é uma carta aberta de Cristo, pois sua vida refletirá a obra de Deus em sua personalidade. Desde que Paulo conduziu muitos coríntios a Cristo, estes são cartas que testificam seu ministério, competência e chamado".

Carta de recomendação eram normalmente requisitadas para auxílio e hospitalidade, para ajudar na procura de emprego ou instrução, baseadas nas virtudes do que recomendava, e na oportunidade do recebedor demonstrar sua lealdade ao escritor.

  1. A recomendação requerida (3.1)
    1. Era hábito dos judeus que viajavam com freqüência, levarem cartas de recomendação para serem hospedados durante o período em que ali estivessem
    2. Paulo era o fundador da igreja em Corinto, conhecido por todos, portanto, não necessitava de carta recomendável, mesmo que, alguns judeus-cristãos estivessem com dúvida quanto ao seu apostolado. Era um absurdo alguém exigir tais cartas de Paulo, para a igreja de Corinto, visto que ele era seu apóstolo fundador.
  2. Paulo defende sua autorrecomendação (3.1)
    1. Todos em Corinto sabiam que Paulo, mesmo não tendo sido um dos doze que estiveram com Jesus
    2. Entretanto, recebera um chamado de Cristo para ser apóstolo
    3. Seus sofrimentos por Cristo evidenciavam seu apostolado entre os gentios e, especialmente, em Corinto, dispensando, portanto, qualquer tipo de recomendação por escrito.
    4. Paulo não está se referindo à recepção da carta, e sim à sua entrega. Como um rolo de papiro, ela está selada dentro dele a fim de ser revelada a todos os homens quando, com coração aberto, ele lhes declara a fé cristã.
    5. Ele é muito sensível nesta questão de auto-recomendação (5.12; 10.18).
    6. Paulo vê os coríntios como "carta viva", ditada por Cristo, mas "inscrita" por Paulo mediante o ministério apostólico da proclamação do evangelho.

O neutro tem sentido de tinta. A tinta poderia ser apagada ou lavada. Paulo adianta-se um pouco mais nessa analogia, dizendo que o trabalho de inscrição foi efetuado não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente. (v.3).

  1. A mútua e melhor recomendação (3.1)

II. A Confiança da Nova Aliança (3.4-11)

. A Lei nunca foi um caminho para a salvação, pois Deus já havia predito um novo Concerto com Israel. Somente o Novo Concerto é capaz de oferecer perdão e um novo coração. A nova Aliança é descrita como o que é permanente, e neste respeito é superior àquilo que se desvanecia. A nova Aliança do Espírito não deverá ser substituída por outra aliança, como ocorreu à aliança da lei. Por causa de sua permanência, é muito mais gloriosa do que a que tinha caráter transitório.

  1. A suficiência que vem de Deus (3.5)
    1. Isto é um reconhecimento sóbrio dos fatos. A obra espiritual só pode ser realizada pelo poder de Deus liberado mediante a pregação do evangelho (cf. Rm 15.17-19; 1Co 1.18-2.5)
  2. A distinção entre as duas Alianças (3.6)
    1. Paulo demonstra que o Antigo Pacto ou Antiga lei tinha em seu conteúdo a sentença de morte sobre o moralmente culpado
    2. A Antiga Aliança ou Antiga lei era da "letra", gravada com letras em pedras
    3. A Nova Aliança ou Novo Pacto é do Espírito, e ministrada por Ele, pois é um ministério da justiça, o qual vivifica e é permanente
    4. A Antiga Aliança ou Antiga lei era de condenação; a nova é de justiça e salvação
  3. A "letra" que mata (3.6)

Não é a lei nem a Palavra de Deus escrita, em si mesmas que destroem. Trata-se, pelo contrário, das exigências da lei, que sem a vida e o poder do Espírito, trazem condenação. A "letra" mata quando usada de modo impróprio,i.e., como um sistema de regras que devem ser observadas a fim de estabelecer a auto-retidão do indivíduo.

  1. A Glória da Nova Aliança (3.7-18)

"No Antigo Testamento, a glória de Deus está intimamente ligada à auto-revelação do Senhor. Há muitas imagens: esplendor fulgurante, e santidade flamejante marcam sua presença (por exemplo, Êxodo 16.10; 40.34,35; 2 Crônicas 7.1,2). Mas, nenhum poder elementar ou santidade flamejante expressam a Deus de maneira absolutamente adequada. Dessa forma, o Êxodo relaciona a glória de Deus com revelação de seu caráter amoroso. Quando Moisés implorou para que Deus lhe mostrasse sua glória, a Bíblia relata: 'Ele disse: Eu farei passar toda a minha bondade por diante de ti e apregoarei o nome do Senhor diante de ti; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia e me compadecerei de quem me compadecer. E disse mais: Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá (Êx 33.19,20). Com o mesmo sentido de revelação, Deus diz: 'Serei glorificado', no caso da recusa do Faraó em deixar que Israel saísse do Egito (Êx 14.4). O grande poder redentor de Deus foi exibido no Êxodo (Nm 14.22), da mesma forma como seu poder criativo é exibido quando 'os céus manifestam' sua glória (Sl 19.1).

Mas 'glória' implica em mais do que revelação de como Deus é. Implica em invasão do universo material, expressão da presença ativa de Deus entre seu povo. Assim, o Antigo Testamento conscientemente relaciona o termo 'glória' à presença de Deus em Israel, em tabernáculos e templos (por exemplo, Êxodo 29.43; Ezequiel 43.4,5; Ageu 2.3). "A glória objetiva de Deus é revelada por sua vinda, para estar presente conosco — seu povo — e para se mostrar a cada um de nós por suas ações neste mundo".

  1. A glória desvendada de Deus
    1. Paulo contrasta a lei de Moisés com o evangelho da graça, mostrando a superioridade deste sobre aquele
      1. A lei de Moisés (3.7,9a, 11a, 13-15)
        1. Estava acompanhada de uma glória passageira (3.7,10a)
        2. Era temporária (3.11a)
        3. Conduziu à morte (3.9a).Usar a lei desta forma inevitavelmente conduz à morte, visto que ninguém pode satisfazer às suas exigências e, portanto, todos ficam sob sua condenação.Por isso o ministério do código escrito, neste sentido, é um ministério de morte.
        4. Funcionou como um véu, restringindo a glória de Deus (3.13-14a, 15)
        5. Impediu a semelhança com Cristo na vida dos judeus e gentios não-salvos (3.14b). A sentença toda ilustra uma profunda tragédia do Judaísmo. Eles tinham a lei em alta estima e aliam em seus cultos, mas não viam que ela era o documento que somente pronunciava sua própria condenação.

  1. O evangelho da graça (3.8,9b, 10b, 11b-12, 16-18)
    1. Vem acompanhado de uma glória permanente (3.10b)
    2. É eterno (3.11b)
    3. Conduz à vida (3.8). O ministério do espírito é completamente diferente.
    4. Funciona como em espelho, refletindo a glória de Deus (3.16-18)
    5. Produz semelhança com Cristo na vida dos judeus e gentios salvos (3.9b)
    6. Produz confiança (3.12)
  1. A superioridade da Nova Aliança sobre a Antiga Aliança
    1. A glória do Antigo Pacto era passageira porque trazia à tona a realidade do pecado, sua maldição e condenação
    2. O Novo Pacto demonstrou outra características da glória de Deus, o seu poder misericordioso para salvar e dar vida
    3. glória do Primeiro Concerto revelou o ministério da morte, porque condenava e amaldiçoava todo aquele que não cumpria a lei, mas a glória do Segundo Concerto revelou o ministério da vida e da graça de Deus.
  2. A glória dos rostos desvendados (3.13-16)
    1. Quando Paulo usa a figura da glória resplandecente da face de Moisés, ele reforça o fato de que tal glória teve que ser coberta com véu e que se desvaneceu com o tempo, portanto, era transitória
    2. Eles não deveriam ver o desaparecimento da glória na face de Moisés e reconhecer que seu serviço estava chegando ao fim
    3. Porém, a glória da Nova Aliança manifestou-se descoberta, sem véu, porque Cristo a revelou no Calvário
  3. A liberdade do Espírito e a nossa permanente transformação (3.17,18)
    1. A liberdade do Espírito livrou-nos das amarras das tradições religiosas, que nos impediam de um relacionamento direto com o Senhor
    2. Tal relacionamento é fundamental para que possamos ser transformados e conformados à imagem do homem perfeito e completo: Jesus Cristo (Rm 8.29; Ef 4.13).

Os cristãos, vendo em Jesus a imagem de Deus, não são deificados, mas são transformados na mesma imagem; a glória que eles compartilham com Ele aumenta cada vez mais, de um estágio de glória para outro mais alto. A imagem é contínua e livre de interrupção.

Conclusão

O Segundo Pacto é superior ao Primeiro, porque veio mediante a pessoa de Jesus Cristo, que consumou todas as coisas do Antigo Pacto, em um único ato sacrificial.

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O Ministério da Lei em Contradição com o Ministério da Graça

1.A Lei diz: "Olho por olho e dente por dente" (Êx 21.23-25).

1. A Graça diz: "Não resistirá ao mal" (Mt 5.39).

2.A Lei diz: "Aborrecerás o teu inimigo" (Dt 23.6).

2. A Graça diz: "Amais os vossos inimigos" (Mt 5.44).

3.A lei exige: "Fazei e vivei (Lv 18.5) [a segurança de Israel, tudo o que lhe diz respeito, consiste em fazer algo para poder viver] (Ne 9.29; Êx 2.11; Gl 3.12).

3. A graça diz: "Crede e vivei" (Jo 5.24), para que pela fé recebamos a promessa do Espírito (Rm 4.13,16);

4.A lei foi dada por causa da transgressão (Gl 3.19).

4. A Graça foi dada como promessa a Abraão e sua posteridade: Cristo Gl 5.3-18).

5.A Lei é a força do pecado (Rm 4.15).

5. A Graça nos livra do pecado (Rm 6.14,15).

6.A Lei condena a melhor criatura (Sl 14.1-3).

6. A Graça justifica graciosamente a pior criatura (Lc 23.43; Rm 5.5-8).

7.A Lei opera a ira de Deus (Rm 4.15).

7.A Graça nos livra da ira futura (Is 54.8).

8. A Lei fecha toda a boca (Rm 3.19).

8. A Graça abre toda a boca (mc 16.15-18).

9. A Lei opera a morte ( Rm 7.4-11).

9.A Graça opera a vida eterna (Jo 5.24,39,40).

10. A Lei não justifica alguém diante de Deus (At 13.39).

10. A Graça nos justifica mediante a fé (Rm 3.21-28).

Bibliografia sugerida:

RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia. 1. ed. Rio de Janeiro, CPAD, 2005, p. 896.

RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, pp. 310-11

KRUSE, Colin G.the second epistle of Paul to the Corinthians – introduction and Commentary-Copyright – 1987 Publicado pela Inter –Varsity Press Leicester, Inglaterra

Site oficial da CPAD

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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A Condenação do Homossexualismo feita por Paulo foi simplesmente uma opinião pessoal dele?

Pastor João Luiz:

A Condenação do Homossexualismo feita por Paulo foi simplesmente uma opinião pessoal dele? (1 Co 6.9)

Ir Aguinaldo Silva - PI

Meu querido e prezado irmão:

Paulo disse aos coríntios que "nem imorais,... nem homossexuais ativos ou passivos... herdarão o Reino de Deus" (6.9-10). Mas nesse mesmo livro ele admite estar dando sua "opinião" pessoal (1Co 7.25). De fato, Paulo admitiu: "não tenho mandamento do Senhor" (v.25); e "digo eu, não o Senhor" (v.10). Não foi isso então, por sua própria confissão, simplesmente uma opinião pessoal de Paulo, não obrigatória, a respeito dessa questão?

A condenação do homossexualismo feita por Paulo tem autoridade divina e não é apenas sua opinião particular. Isso se torna claro ao examinarmos com cuidado a evidência de que dispomos. Em primeiro lugar, a condenação mais clara da homossexualidade feita por Paulo acha-se em Romanos 1.26,27, e ninguém que aceita a inspiração das Escrituras contesta a autoridade divina desse texto.

Em segundo lugar, as credenciais apostólicas de Paulo estão firmemente estabelecidas nas Escrituras. Ele declarou em Gálatas que as suas revelações não tinham sido inventadas por homem algum, mas tinham sido recebidas "mediante revelação de Jesus Cristo" (Gl 1.12).

Em terceiro lugar, Paulo declarou aos coríntios: "as marcas de um apóstolo – sinais, maravilhas e milagres – foram demonstradas entre vocês" (2 Co 12.12). Em resumo, ele tinha exercitado a sua autoridade apostólica no seu ministério para com os cristãos de Corinto.

Em quarto lugar, mesmo no livro de 1 Coríntios, em que a autoridade de Paulo é severamente contestada pelos críticos, sua autoridade divina torna-se evidente por três razões. (1) Ele começa o livro declarando possuir "palavras... ensinadas pelo Espírito" (1Co 2.13). (2) Ele conclui o livro dizendo: "o que lhes estou escrevendo é mandamento do Senhor" (14.37). (3) Mesmo no controvertido capítulo 7, em que dizem que Paulo está dando a sua opinião pessoal não inspirada, ele declara: "também eu tenho o Espírito de Deus" (v.40).

De fato, quando ele disse: "eu, não o Senhor" ele não querida dizer que as suas palavras não eram inspiradas pelo Senhor; isso iria contrariar tudo o mais que ele falasse. Pelo contrário, aquelas palavras significavam que Jesus não tinha falado diretamente acerca daqueles pontos quando na terra, mas ele prometera a seus apóstolos que enviaria o Espírito Santo para os guiar "a toda a verdade" (Jo 16.13). E o ensino de Paulo em 1 Coríntios foi um cumprimento daquela promessa.

Pr. Presidente da Assembleia na PB se converte ao Islamismo

Muitos fatos marcaram a permanência do Pastor João de Deus Cabral a frente da Assembleia de Deus de Madureira na Paraíba. Presidente da Igreja na Paraíba e Secretário Nacional da Igreja no Brasil durante 15 anos, não foram suficientes para ser arrebatado ao Islamismo e servir ao Deus Allah.

A revelação foi feita por João de Deus Cabral durante a madrugada deste sábado ao Programa Sales Dantas na TV Litoral/TV Diário. João de Deus agora tem como principal objetivo de sua vida servir a Alá e construir uma mesquita nos próximos meses na Paraíba.

João de Deus revelou que durante muito tempo servindo na Assembleia de Deus e proferindo palestras pelo Brasil, sempre era indagado sobre o significado do Natal, sobre a Santa Trindade. Essa busca e interrogações levaram a um estudo interno e a busca pela verdade. Viajou por vários países e chegou a conclusão, após 5 anos que não existe a Santa Trindade e que o natal não representava o nascimento de Cristo. Para João de Deus, nome de batismo mesmo, essas datas foram criadas por um imperador de Roma, como forma de estabelecer uma data única que comemorasse dia 25 de dezembro o dia do Deus Sol, mudando logo após para chamarem de nascimento de Cristo, o sol da justiça.

O ex-pastor da Assembleia de Deus na Paraíba agora se diz muçulmano porque não é contra os Profetas Abraão, Jacó, Isaac, Ismael, Moisés ou Jesus (que a paz esteja com todos eles), mas porque vai procurar seguir os ensinamentos recebidos por eles revelados pelo nosso Único Deus, o Altíssimo.

"Sou muçulmano não por imposição ou submissão a qualquer lei humana, mas porque aprendi a submeter-me voluntariamente a vontade de um Deus amoroso, que embora não seja meu pai, age muitas vezes como tal admoestando-me através de suas palavras presentes em seu Alcorão. Pois Ele é Clemente e Misericordioso. Não porque eu é que seja superior a ele, mas porque Allah é muito superior a nós dois. Allah hu Akbah! (Deus é Maior!)".

João de Deus aproveitou para convidar a todos para uma palestra sobre a Fé e Crenças Islâmicas, que será realizada no próximo dia 30 do mês em curso, no Auditório do Hotel Xênius, localizado na Praia de Cabo Branco, que será proferida pelo Sheikh Mabrouk El Sawy Said, dirigente do Centro Islâmico do Recife.

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Os Crentes podem perder a salvação, conforme está escrito em Hebreus 6.4-6; 10.26-31?

Os Crentes podem perder a salvação? (Hb 6.4-6; 10.26-31)

Hebreus 6.4-6 parece ter sido escrito para os crentes porque contém certas características que somente são verdadeiras em relação a eles, tais como "participantes do Espírito Santo" (v.4). Mas esse texto declara que, se eles caírem, "é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estai crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia" (v.6). Isso quer dizer então que os crentes podem perder a salvação?

Há basicamente duas interpretações dessa passagem. Há os que a tomam como referindo-se aos crentes, e há os que a consideram como referindo-se aos que não são crentes.

Aqueles que dizem que essa passagem se refere aos que não são crentes argumentam que todas essas características poderiam ser daqueles que professam meramente o cristianismo, mas que de fato não possuem o Espírito Santo. Observam que as pessoas referidas no texto não são descritas da maneira usual como um crente é caracterizado, como, por exemplo: quem nasceu "de novo" (Jo 3.3); ou quem está "em Cristo" (Ef 1.3); ou quem foi selado no Espírito Santo (EF 4.30). Apontam para Judas Iscariotes como o exemplo clássico dessa situação. Ele andou com o Senhor, foi enviado e comissionado por Jesus em missões, tendo recebido "autoridade sobre espíritos imundos para os expelir e para curar toda sorte de doenças e enfermidades" (Mt 10.1). Entretanto, em Sua oração no Evangelho de João, Jesus falou de Judas como o "filho da perdição" (Jo 17.12).

Vários problemas surgem quando se toma essa passagem como relativa a não-crentes, mesmo para aqueles que sustentam a posição de que o crente pode perder a salvação (i.e., os arminianos). Primeiro, a passagem declara enfaticamente que "é impossível outra vez renová-los para arrependimento" (Hb 6.4-6). Mas poucos arminianos crêem que, uma vez tendo alguém apostatado, lhe seja possível ser salvo de novo.

Apesar de a descrição de tais pessoas no texto ser um pouco diferente das formas empregadas em outras partes do Novo Testamento, algumas das expressões utilizadas muito dificilmente poderiam aplicar-se as pessoas não salvas. Por exemplo, (1) tais pessoas tinham experimentado o "arrependimento" (Hb 6.6), que é a condição para a salvação (At 17.30); (2) o texto refere-se àqueles " que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial" (Hb 6.4); (3) eles " se tornaram participantes do Espírito Santo" (v.4); (4) provaram a boa palavra de Deus" (v5); e (5) também " os poderes do mundo vindouro" (v.5).

É claro que, se eles são crentes, então a questão que surge é a respeito da sua situação depois que "caíram" (v.6). Aqui a interpretação varia conforme a linha teológica adotada. Os arminianos argumentam freqüentemente que tais pessoas perderam de fato a salvação. Entretanto, o texto parece indicar que elas não podem ser salvas de novo, o que a maioria dos arminianos rejeita.

Por outro lado, aqueles que sustentam um ponto de vista calvinista, apontam para alguns fatos. Primeiro, a palavra correspondente ao verbo "cair" que aparece no texto (parapesontas  não indica uma ação sem retorno. É, sim, uma palavra para "desviar-se do rumo", indicando que a situação daquelas pessoas não é desesperadora.

Segundo, o fato de que é "impossível" que eles de novo se arrependam indica a natureza do arrependimento, ou seja, que é uma vez para sempre. Em outras palavras, eles não necessitam arrepender-se novamente, já que isso foi feito uma vez e é suficiente para a "eterna redenção" (Hb 9.12).

Terceiro, o texto parece indicar que não há necessidade de que os que se "desviaram" (apóstatas) se arrependam de novo para serem salvos, assim como não é mais necessário que Cristo morra de novo na cruz (Hb 6.6).

Finalmente, o autor de Hebreus chama de "amados" aqueles a quem ele está levando essa advertência, termo este que dificilmente poderia ser considerado para descrentes.

De qualquer forma, não há problema algum nessa passagem, a respeito da inspiração da Escritura. É simplesmente uma questão de interpretação da Bíblia por cristãos que têm comum crença de que ela é a inspirada Palavra de Deus em tudo o que afirma.