O SUMO SACERDOTE. O tema central na cristologia de Hebreus é Cristo como sumo sacerdote. O principal argumento do livro é que a instituição eclesiástica do Antigo Testamento era apenas uma sombra da realidade e não podia lidar com o problema do pecado. A realidade celestial aproximou-se com a morte de Jesus, através da qual ele expulsou o pecado de uma vez por todas. Portanto, a apostasia de Cristo significa condenação, pois não há outro caminho para a salvação.
O pensamento do autor, em que ele contrasta o sacerdócio de Cristo com o sacerdócio aarônico, é tecido através do argumento dos capítulos 5 a 10. Ele envolvia apenas o sacrifício de animais, e isto não pode alcançar o problema real do pecado. Tudo que pode ser alcançado através disto é uma pureza cerimonial externa (9.13), e, ele é, portanto, fraco e inútil. DE fato, a estrutura do tabernáculo do Antigo Testamento servia para afastar os homens de Deus, em vez de abrir o caminho para Sua presença. Os sacrifícios são constantemente repetidos e são impotentes para expulsar os pecados. De fato, a própria repetição dos sacrifícios serve apenas como uma advertência contra o pecado. Os sacerdotes do Antigo Testamento eram inadequados por serem mortais, que têm que oferecer sacrifícios por seus próprios pecados, como também pelos do povo.
Este sacerdócio perfeito foi realizado por Jesus. Ele tinha as qualificações que o destacavam do sacerdócio aarônico e o habilitavam a trazer aos homens a perfeição. Ele não escolheu o papel para si, mas foi escolhido por Deus. Ele trouxe sobre si humanidade completa. Ele partilhava da mesma natureza dos outros homens em todo respeito essencial à humanidade (2.17). Ele sofreu todas as tentações que eles sofrem; logo, é capaz de sentir por aqueles que veio salvar. Como homem, Ele só era diferente em um ponto: era sem pecado, e, portanto, não tinha que oferecer sacrifícios por Si mesmo, como os sacerdotes do Antigo Testamento. Através de Seus sofrimentos humanos, Ele aprendeu a perfeição – dedicação completa e fé em Deus. Em contraste aos sacerdotes aarônicos, que morreram, Jesus mantém o sacerdócio permanente, porque Ele continua para sempre (7.23). Assim, o verdadeiro Sumo Sacerdote é "santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime que os céus ( 7.26).
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