quinta-feira, 4 de junho de 2009

" A MANIPULAÇÃO DA IMAGEM DO DEUS VIVO E VERDADEIRO - O BEZERRO DE OURO" parte 1

O internauta Maurício me indagou por email: " Pr João Luiz, o senhor pode comentar sobre incidente ocorrido em Êxodo 32. 1-24?"
Caro irmão Maurício, eis um pequeno e singelo comentário. Oxalá, seja bem entendido
O bezerro de ouro: manipulação da imagem de Deus vivo e verdadeiro.
Aqui há o registro da violação da aliança por parte Israel, que adorou o bezerro de ouro. O povo pressiona Arão para lhes fazer deuses porque sentiam falta de liderança durante a longa ausência de Moisés. Arão respondeu instruindo-os a apresentar suas jóias de ouro. Dessas doações fez um bezerro recoberto de ouro. Depois, construiu um altar e o colocou diante do bezerro. O povo proclamou uma festa que se transformou numa celebração exaltada. Estavam assim infringindo, de maneira gritante, o segundo mandamento, 20.4-6.
No monte, Javé informou Moisés sobre a rebelião do povo, 32.4, 7-14: [(“Estes são os teus deuses, ó Israel)... (Vai, desce porque se corrompeu o teu povo...”.)], expressando sua intenção irada de puni-lo. Moisés rogou a Javé que não aniquilasse seu povo. Em resposta, Javé restringiu sua ira. Moisés desceu a montanha com as duas tábuas da aliança, 32 15-29. Quando chegou ao acampamento e viu a dança frenética diante do bezerro, despedaçou as tábuas para comunicar às pessoas que elas haviam quebrado a aliança. Moisés então queimou o bezerro e o transformou em pó. Espalhou o pó sobre a água e fez o povo beber. Infere-se que os mais zelosos pelo bezerro de ouro ficaram mortalmente enfermos ao beber essa solução como castigo pelo pecado. As medidas tomadas por Moisés provocaram uma convulsão no acampamento. Moisés fez um apelo veemente para que o povo se separasse da multidão e se identificasse com Javé. Os levitas atenderam ao chamado e o ajudaram a restaurar a ordem. [A atitude deles lhes garantiu lugar permanente no sacerdócio].
Moisés subiu outra vez no monte, Ex 32.30-33.6. Ali continuou intercedendo, pedindo que Javé perdoasse o povo. Ele conseguiu que Javé suspendesse temporariamente a pena. Javé afirmou que ainda daria a terra ao povo, mas deixaria de habitar em seu meio durante a jornada. Em seu lugar, enviaria um mensageiro. Esse pronunciamento divino provocou grande lamentação no meio do Povo.
A intercessão de Moisés foi grandemente recompensada. O intercessor voltou a subir ao monte Sinai e aí o pacto foi renovado e foram escritas novas tábuas da lei. Deus concedeu a Moisés uma nova revelação do caráter divino proclamando seu nome: “Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência... que perdoa... que ao culpado não tem por inocente” Ex 34.6,7. Conquanto Deus seja justo quando castiga os malfeitores, sua maior glória é seu amor perdoador. Sua justiça e misericórdia andam sempre juntas como se vê no caso da cruz do Calvário.

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