O fraco vence o forte 5.1-5
Depois dos três dias de jejum e clamor, Ester se prepara a fim de entrar
1º banquete: suspense até amanhã 5.5-1
O rei e Amã vão ao banquete de Ester. Assuero repete a sua oferta de atender ao desejo de Ester. Mas ela cria mais suspense, colocando várias condicionais, de modo a comprometer o rei: “se o rei quiser fazer-me um favor, se quiser ouvir meu pedido e satisfazer o meu desejo...”. Agora ela é a mulher que “manda na casa”; põe suas condições e atrasa a comunicação. Assuero está submisso. Porque será que Ester demora tanto? Ester, no fundo , está ensinando a paciência histórica, coisa que os judeus tiveram de aprender com séculos de dominação imperialista. Não adianta querer apressar a história. É preciso que as transformações amadureçam. Não basta a fé. É preciso ter esperança, e esperança confiante. No que? Na ação de Deus, que conhece o momento certo de agir. Precipitando os acontecimentos a pessoa corre o risco de fazer uma ação simplesmente humana. É preciso deixar a porta aberta para Deus, para a componente divina, a fim de que a história seja o resultado da colaboração entre Deus e o homem.
Amã sai alegre e bem humorado. Fora uma grande honra banquetear sozinho com o rei e a rainha. Porém daí passa logo à fúria, porque Mardoqueu, de volta ao seu posto no palácio, “não se levantava nem se movia do lugar” – o que soava como total indiferença, como se Amã sequer existisse. Amã, por enquanto, se contém. Em casa ao comentar com a esposa a atitude de Mardoqueu, ela o aconselhou a preparar uma forca para pendurá-lo, o que ouvindo Amã, concordou.
A noite de Deus 6.1-14
Enquanto a forca era construída durante a noite, o rei não pôde dormir. Mesmo que fosse insignificante a insônia de uma monarca, Deus a utilizou para salvar Mardoqueu e dar continuidade a seus planos. Assuero mandou que trouxessem o registro dos acontecimentos do seu reino. Foi lida a passagem que fala de quando Mardoqueu havia salvo a vida do rei.
Mais tarde Amã chegou para pedir ao rei que mandasse enforcar Mardoqueu. Ocorre que durante o segundo banquete, o rei repetiu a Ester sua exagerada oferta de lhe conceder qualquer coisa que ela desejasse, até a metade do reino. Ester pediu a vida dela própria e de seu povo judeu. Explicou todo o plano de Amã para exterminar seu povo, os judeus. Ao ficar sabendo o nome do autor daquele edito ficou furioso e, dirigiu-se ao jardim do palácio para refletir sobre aquela acusação tão grave que acabara de cair sobre o primeiro ministro.
Quando chega Amã, o rei manda chamá-lo a sua presença e pergunta como recompensar a um homem a quem o rei quer honrar. Amã vibra, seu ego salta, ele pensa se tratar dele próprio e desfia seu desejo de grandeza: vestes reais, cavalo real e um alto oficial como escudeiro, proclamando à frente nas ruas da cidade: “É assim que deve ser tratado o homem que o rei quer honrar”.
A salvação dos judeus 8-10
O decreto ainda continuava em vigor, embora Amã tivesse morrido. O rei expediu um segundo decreto, a fim de bloquear os danos que o primeiro certamente produziria. O edito foi enviado a todas as partes do império persa de maneira mais rápida possível. A festa de Purim é iniciada, foi instituída para celebrar a libertação dos judeus das mãos de seus inimigos.
Acima de todas as demais pessoas, Deus é o que mais se destaca no livro de Ester. Alexandre MacLaren diz: “O abandono criminoso do rei à concupiscência e ao luxo, o ressentimento pessoal de Amã, a beleza de Ester, a desgraça da favorita, os serviços de Mardoqueu, até a noite de insônia do rei, todos são fios do mesmo tecido, e Deus é o Tecelão.”
Triste ironia. O rei manda que Amã faça a Mardoqueu tudo o que acaba de dizer. Um eunuco chamou a atenção do rei para a existência de uma forca que Amã havia mandado construir para enforcar Mardoqueu. O castigo que Amã havia preparado para Mardoqueu caiu, com toda justiça, sobre sua própria cabeça.
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