ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DE CORDOVIL – DEPARTAMENTO DE ENSINO - ESCOLA BÍBLICADOMINICAL Lição 11-13 junho 2010
A EXCELÊNCIA DO MINISTÉRIO
Texto Áureo: Sl 131.1: "Senhor, o meu coração não se elevou, nem os meus olhos se levantaram; não me exercito em grandes assuntos, nem em coisas muito elevadas para mim."
Objetivos:
-
Identificar as características de Baruque (e aplicá-las)
-
Analisar o relacionamento de Baruque com Jeremias
-
Priorizar o reino de Deus e a sua glória ao invés do sucesso pessoal
Orientação introdutória
Não é fácil associar o salmo indicado para texto áureo a nenhuma etapa da vida de Davi, salvo podermos admitir que tenha sido em seus anos verdes. Isso porque, em 1 Sm 17.28 ele recebe uma crítica severa de seu irmão mais velho. Eliabe não o perdoa por ter sido preterido, mas expõe com clareza as razões que levam Deus a fazer a opção: ele é mesquinho, medroso, ciumento, qualidades que não se aplicam no ministério. Possível lhe seja de resposta (o salmo). Todavia este salmo encarna perfeitamente o tema de nossa lição. A prioridade exclusiva que devemos dar a nossa missão que a nós e dada, se quisermos levá-la à excelência. Como Davi, a atitude deve ser pessoal. As aspirações naturais, humanas, não são relevantes. Devem ser as estritamente necessárias. Ao contrário, Davi dominou seus impulsos emocionais: "fiz calar e sossegar a minha alma." Não tem repentes. Não é movido por paixão. A razão sobrepõe a tudo. Não aplica expressões: "sou crente, mas não tenho sangue de barata"; "não levo desaforo para casa". Mostra toda sua mansidão e humildade. Atributos intrínsecos, autênticos, próprios. Quando fala "não me exercito" (não ando a procura), fala do que lhe é próprio, está na sua maneira de viver. Sabia perfeitamente que forte não é aquele que toma de assalto uma cidade, mas o que domina as suas vontades. Não é dos fortes a vitória. No verso terceiro deste salmo, ele aplica seus propósitos na Igreja: "espera ó Israel, no Senhor."
Síntese da leitura bíblica
Baruque tinha um histórico de vida de dedicação ao trabalho do Senhor. Sendo de procedência abastada, dispôs-se a servi-lo humildemente, sendo escriba (amanuense) do profeta Jeremias. De repente, a profecia de Deus revela um sentido vaidoso do escriba, merecendo reprimenda. Quem sabe que através de seu irmão, que servia ao rei, pudesse garantir uma boa colocação dentro do palácio. Quem sabe também, envaidecido pela influência que gozava junto a Jeremias: 43.3. Estamos ainda no quarto ano de Zedequias. Baruque ainda tem muito ofício a aplicar. Volta-nos ao capítulo 36, quando da leitura do rolo no Templo no dia de um promulgado jejum. O conteúdo da leitura ensejaria ao rei lançar o livro no fogo. Possivelmente a partir deste episódio o escriba tenha seu estado emocional abalado: "acrescentou o Senhor tristeza ao meu sofrimento; estou cansado do meu gemer e não acho descanso."
A repreensão do Senhor, ao mesmo tempo o exorta ("Procuras tu grandeza?") mostra o juízo: "trarei mal sobre toda a carne". "Estou demolindo o que edifiquei; arrancando o que plantei." Veja o oposto da incumbência em 1.10. Uma "boa colocação" no Governo, o levaria à morte ou ao exílio na Babilônia. O Senhor promete livrá-lo deste juízo, mas assevera-lhe que sua vida seria permanentemente "despojo" (o que serviu, mas que foi arrancado ou caiu). Lembra da palavra de Deus a Paulo: "pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome"? Que entrega!!! (At 9.15,16; 1 Pe 2.20). Ainda que a tradição lhe afiance ter morrido em paz, ou no Egito, ou na Babilônia ou mesmo em Judá 10 anos após a destruição. Mas o fato que fica é a entrega total à obra.
É uma lição extraordinária: mesmo o mais devoto dos servos, sem vigiar, às vezes titubeia e vacila. Desanima. Veja sua palavra: "ai de mim" e compare com o capítulo 26, na perseguição sofrida pelo profeta. Compare também com as situações que enfrentou Jeremias, em 8.21-9.2; 14.17,18; 15.10,15-18. A Palavra de Deus pelo profeta o encorajava não depositar suas esperanças em Judá, mesmo com bom emprego. Deus estava provando a Baruque, a realidade de uma promessa que seria escrita algumas centenas de anos mais tarde: "Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Mt 6.33)
Esboço da lição
Se para buscarmos a excelência no ministério temos por base a vida de Baruque, atentemos para todas as orientações neo testamentárias, que sustentam as experiências do antigo testamento.
Primeiramente o "ide" de Jesus: FAZEI DISCÍPULOS. Ora, fazer discípulos só tem sentido se aplicarmos e impusermos os atributos atinentes, isto é, de acordo com a Palavra de Deus:
-
Procurar tais que viveram de maneira irrepreensível, verdadeiros padrões que fizeram da renúncia e da resignação adeptos de suas regras de fé. Quem sabe, fazermos uma consulta à "galeria da fé"?
A fé de Abraão; a persistência de Jacó; a brandura de Moisés; a submissão de Davi; o amor de João; a graça de Pedro; a sabedoria de Paulo.
-
Termos 2 princípios de vida, que podem englobar muitos (por falta de espaço para comentarmos):
-
2 Tm 3.12: "Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus padecerão tribulação (serão perseguidos).
-
Tt 2.12: "(a graça de Deus no educou) educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos no presente século sensata, justa e piedosamente.
-
-
Para fazer discípulo demanda tempo, esforço, dedicação, acompanhamento, aconselhamento, paciência, sabedoria e amor. É uma tarefa difícil, mas extremamente compensadora.
Devemos rejeitar a maneira fácil e fútil de discípulos despreparados, sabendo da importância e da responsabilidade de função. Não podemos admitir condutores cegos.
-
O cuidado e esmero em dar conta da Obra do Senhor: Jr 48.10.
-
Despir-se completamente de interesses pessoais e de vaidades, direcionando tudo para a obra. E principalmente...
-
Ter amor à Obra e ao perdido.
Conclusão: cada um de nós reflita e conclua convenientemente, mudando principalmente nossos hábitos em busca da excelência.
Jemuel Kessler
Nenhum comentário:
Postar um comentário