Oséias recebeu uma tarefa mais difícil a ser executada em família. Ele teve de enfrentar um coração e um casamento despedaçados, juntamente com a indignidade e a desgraça públicas (Os 1.1-9; 2.2-9). Deus o chamou para que se casasse com uma prostituta e depois deus os seguintes nomes para os filhos dela: Jezreel (a visão de uma batalha), Desfavorecida (ou Sem o Amor da Mãe, mostrando que o amor divino se afastara de Israel) e Não-Meu-Povo (ou Ilegítimo, indicando que Israel já não tinha a garantia da eleição e da proteção de Deus).
Mais tarde, Deus usou os nomes para salientar sua aliança renovada com Seu povo (1.10-2.1; 2.14-3.5). Israel tinha de prestar atenção em Oséias, mesmo que só para ouvir a última notícia acerca de sua família. Enquanto ouviam, aprendiam sobre a natureza profunda e perene do amor de Deus por Seu povo, um amor que excede todo amor humano, até o de Oséias (Os 11.8-11). Eles também viam os altos e baixos de seu relacionamento com Deus descritos em termos ligados à família.
Jeremias teve de ser abster das responsabilidades e alegrias da vida familiar a fim de pregar a Palavra de Deus e mostrar o perigo iminente que povo de Deus enfrentaria (Jr 16.2). Se fossemos convidados por Deus para tal vocação talvez desistiríamos de prosseguir no ministério.
Em contrapartida, Ezequiel sofreu por ter de sepultar a esposa sem um luto público (Ez 24.15-27), simbolizando como Israel devia reagir à notícia de que o templo fora destruído.
O simbolismo profético, portanto, atingia profundamente os relacionamentos pessoais dos profetas. Isso lhes dava maneiras criativas de mostrar ao povo a vontade de Deus, sem dizer uma só palavra, embora os profetas muitas vezes explicassem o sentido de seus atos.
O oleiro que moldava e remoldava um vaso sobre a roda mostrava a Jeremias e a Israel como Deus podia mudar o curso e a direção de Israel (Jr 18). A quebra do belo vaso do oleiro mostrava como Deus podia destruir seu povo (Jr 19). Jeremias teve de usar um jugo de bois para circundar Jerusalém e convocar os embaixadores estrangeiros a se submeterem a Nabucodonosor. Ele precisou até ordenar que o próprio rei de Judá usasse o jugo de Nabucodonosor (Jr 27). Tal ato gerou reação rápida.
Um profeta que se lhe opunha quebrou o jugo de Jeremias (Jr 28.10-11). Os falsos profetas também empregavam atos simbólicos. Cuidado com os "atos proféticos!" Ainda assim, o profeta fiel seguia o chamado de Deus e continuou representando a Palavra de Deus (cf. Jr 32; 43.8-9).
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