Determinismo não é bíblico. Os oponentes teístas do determinismo oferecem várias objeções a partir das Escrituras. Definir livre-arbítrio como "fazer o que se quer" é contrário à realidade. Pois as pessoas nem sempre fazem o que querem, nem desejam sempre fazer o que fazem (cf. Rm 7.15,16)
Se Deus deve conceder o desejo antes de a pessoa poder executar uma ação, então Deus deve ter dado a Lúcifer o desejo de se rebelar contra Ele. Mas isso é impossível, pois nesse caso Deus daria um desejo contra Deus. Deus estaria contra Si mesmo, o que é impossível.
Os deterministas teístas como Edwards têm uma visão falha e mecanicista da personalidade humana. Ele equipara o livre-arbítrio humano a balanças que precisam de mais pressão de fora para pender. Seres humanos, entretanto, não são máquinas; são pessoas feitas à imagem de Deus (Gn 1.27).
Edwards pressupõe equivocadamente que autodeterminismo é contrário à soberania de Deus. Pois Deus poderia ter predeterminado as coisas de acordo com o livre-arbítrio, não em contradição a Ele. Até a Confissão de Fé de Westminster, que é calvinista, declara: "Posto que, em relação à presciência e ao decreto de Deus que é a causa primária, todas as coisas acontecem imutável e infalivelmente, contudo, pela mesma providência. Deus ordena que elas sucedam, necessária, livre ou contingentemente, conforme a natureza das causas secundárias"
Fontes:
Agostinho, Sobre o livre-arbítrio.
J.Edwards, Freedom of the Will
J.Fletcher, Cheeks to antinomianism.
D.Hume, The letters of David Hume
M. Lutero, Bondage of the Will – on Grace and free Will
B.F. Skinner, Beyond behaviorism – Beyhond freedom and dignity.
Thomás de Aquino, Summa theologica.
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