sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Como poderia um Deus Santo ordenar a Oséias que se casasse com uma prostituta?

 

Pastor João Luiz

Como poderia um Deus Santo ordenar a Oséias que se casasse com uma prostituta?

Ernandez Ribeiro (SC)

Abraços

Meu amado Pr Ernandez. Como vai?

Do ponto de vista de Oséias, olhando para trás para contemplar sua situação familiar, fica bem claro que, quando Deus lhe deu a ordem de casar-se com Gomer, filha de Diblaim, o Senhor sabia que ela seria infiel ao profeta, após seu casamento. De fato, a ordem do Senhor a seu servo significava uma determinação para que desposasse uma meretriz. Isso não significa necessariamente que Gomer já havia revelado sua tendência para a promiscuidade sexual, quando Oséias a namorava, nem que ela já fosse mulher de má fama, quando ele a tomou por esposa.

Está implícito em Oséias 1.3,4 que o profeta foi o pai de seu primogênito, Jezreel. Não podemos ter certeza a respeito da paternidade das outras duas crianças, Lo-Ruama e Lo-Ami, embora não haja uma indicação clara de que ele não as havia gerado também. Tudo quanto sabemos com certeza é que depois do nascimento delas, Oséias recebeu uma mensagem de Deus (Os 2.2-13), na qual os nomes das crianças relacionavam-se com a prostituição religiosa do reino do Norte.

Visto que o relacionamento conjugal de Oséias tencionava servir como comunhão entre Deus e Israel, poder-se-ia inferir com certeza que Gomer engravidara em um caso amoroso ilícito, e não com seu marido. O capítulo 3 indica com ênfase que ela havia desertado sua casa e abandonado Oséias, indo atrás de seu amante e, por fim, acabara como escrava (talvez como prostituta em um bordel), e quem desejasse comprá-la deveria negociar com a pessoa a quem ela se havia entregado. Que coisa!

O casamento infeliz de Oséias havia sido planejado por Deus mesmo, para servir de ilustração sumamente dolorosa da apostasia do reino do Norte, cujos cidadãos haviam abandonado o culto a Deus, para adorar os vários deuses das religiões degeneradas de Canaã e Fenícia. É claro que Deus sabia de antemão que Israel lhe seria ingrato nos séculos vindouros, mesmo quando o Senhor tomara essa nação para ser sua "esposa", segundo a aliança, cujo casamento ocorrera nos dias de Moisés, no monte Sinai.

Entretanto, por causa de sua maravilhosa graça, o Senhor suportou a infidelidade de Israel, recebeu de volta Seu povo, nas épocas de arrependimento e reavivamento, e manteve-se fiel a Ele,ainda que houvesse continua rejeição ao amor divino. O mesmo aconteceria a Oséias. Sua noiva era casta e pura, no início do casamento, mas depois se desviaria.

Portanto, Oséias interpretou e obedeceu as instruções que Deus lhe dera como ordem para celebrar um casamento infeliz, logo de início: "... vai, toma uma mulher de prostituições..." (Os 1.2), ainda que talvez não tenha usado termos tão chocantes, em sua conversa original, em resposta às orações do profeta, a respeito daquela jovem atraente por quem ele se apaixonara. Deus sabia muito bem o que havia no coração dela; no entanto, nada dissera a fim de dissuadi-lo antes que o matrimonio fosse celebrado.

Esse fato implica na linguagem de Os 1.2, à luz da presciência divina, e de Seu propósito eterno, que governa tudo, e permitiu, portanto, que esse casamento acontecesse. A infelicidade de Oséias deveria servir de parábola ao insucesso de comunhão de Deus com Israel.

Não se poderia encontrar uma ilustração mais eloqüente do que a infidelidade de Gomer contra seu piedoso marido.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A ELEIÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO

 

Eleição é o conceito que exprime o verbo hebraico bachar (selecionar) ou o particípio bachir (eleito ou escolhido) em referência à seleção de preferências entre alternativas.

A doutrina bíblica da eleição diz respeito à escolha divina livre e soberana daqueles a quem ele destacou para cumprir seus propósitos. Em particular, faz referência à sua decisão, anterior à criação, quanto a quem salvaria e como realizará sua salvação.

As Escrituras insistem em afirmar que a obra salvadora de Deus não é feita de maneira arbitraria nem está fora de seu controle total. Antes, é cumprida através de sua sabedoria e poder soberanos, de acordo com seu decreto eterno.

A eleição, portanto, distingui-se da predestinação. A predestinação é a doutrina de que Deus, como Regente onipotente sobre Sua criação, planejou tudo o que ocorre. Embora o conceito de eleição esteja contido na predestinação, este é mais amplo. Especificamente, o Antigo Testamento emprega o termo eleito em relação a três objetos:

 

  1. A nação de Israel (Is 45.4). Israel detinha uma função singular com eleito de Deus. Deus o escolheu para ser sua comunidade da aliança. Ele o escolheu para revelar Sua soberania e santidade às nações por meio dos profetas e das Escrituras. Ele o escolheu para ser seu veículo na geração do Messias. A eleição de Israel é proeminente em Deuteronômio e em Romanos 9-11. Ela se baseia não em alguma demonstração de virtude da parte de Israel, mas somente no amor de Deus (Dt 7.7-8).

     

  2. Um grupo seleto de líderes proeminentes de Israel. Para preservar Israel como comunidade da aliança, Deus escolheu certos líderes estratégicos para cargos especiais de autoridade. Entre eles, Moisés, como intercessor de Israel, é chamado o "escolhido" do Senhor (Sl 106.23). Davi, como beneficiário da aliança davídica, é descrito como o "escolhido" de Deus (Sl 89.3).

     

     

O Servo eleito (Is 42.1-4). Desde antes da fundação do mundo, Deus ordenou que um dia ser "Servo" escolhido estabelecerá a justiça sobre a terra. O Novo Testamento identifica o servo com o Messias de Israel, o Senhor Jesus Cristo. Isso indica que não só Seu reinado, mas também Sua obra de redenção foram predeterminados desde a eternidade (At 2.23; 1Pe 1.20)

O MAL E O SOFRIMENTO

 

Desde que Adão e Eva desobedeceram no Éden, a terra foi amaldiçoada (Gn 3.17-18). Carlos e abrolhos, no sentido literal e figurado, vêm flagelando a humanidade. O mal tem sido ilimitado, e as pessoas têm sofrido. A diversidade de males e sofrimentos é mais bem vista em sete categorias.

  1. Julgamento. Alguns sofrem punição por causa da própria desobediência ou hostilidade contra Deus. Caim sofreu por matar o irmão Abel (Gn 4.13-14). Deus castigou Adoni-Bezeque pelo tratamento desumano que dispensou aos reis vencidos (Jz 1.7). Salomão executou Joabe por matar dois inocentes (1Rs 2.32).Tal retribuição alerta os outros para que evitem a violência.

     

  2. Disciplina. O propósito da disciplina é correção e arrependimento. Quando o profeta Natã anunciou o julgamento de Deus contra Davi pelo adultério com Bate – Seba e pelo assassinato de Urias (2 Sm 11-12), Davi se arrependeu (Sl 51)

     

  3. Aperfeiçoamento. O que os fiéis sofrem não está de modo algum ligado a seus fracassos. Deus envia tais sofrimentos para que cresçam e amadureçam. Às vezes isso vem por intermédio de Satanás ou por pessoas más. Jó 1-2 mostra que Jó, "irrepreensível", estava realmente nessa categoria. Sem saber nem querer, ele fora submetido a uma prova.

     

  4. Perseguição. Pela perseguição, Satanás ou os inimigos de Deus esforçam-se para destruir o povo de Deus ou a fé. A perseguição de Saul contra Davi (1 Sm 23) e a tentativa de Hamã para exterminar os judeus (Et 3.5-6) são exemplo do Antigo Testamento. A perseguição implica sofrimento de uma pessoa por sua fidelidade a Deus. Daniel e seus três amigos sofreram sob essas circunstâncias (Dn 3;6).

     

  5. Sofrimento com propósito. Às vezes o sofrimento encontra sentido em propósitos mais amplos de Deus. José compreendeu que, se os irmãos tramaram seu mal, Deus o usou para o bem , para que sua família fosse salva da fome (Gn 50.20). O Servo de Isaías 53 sofre em lugar do povo de Deus. Seu sofrimento redunda em perdão, paz e cura para o povo (Is 53.5).

     

  6. Consequências naturais. Alguns sofrimentos são a consequência natural de insensatez ou estupidez. Qualquer um que construir uma casa na areia descobrirá que o vento e a água a derrubarão (Mt 7.26-27). Provérbios está repleto de conselhos para que se evitem as conseqüências naturais de formas pecaminosas de viver.

     

  7. Catástrofe. Às vezes terremotos, furacões, vulcões, acidentes aéreos e pragas causam sofrimentos enormes. A morte chega indiscriminadamente para bons e maus. Em termos específicos, esse sofrimento é imerecido. As vítimas do colapso da torre de Siloé ou as vítimas galiléias do pelotão de morte de Pilatos não eram piores que seus vizinhos (Lc 13.1-4). Tal sofrimento destaca a incerteza da vida e nos convoca ao arrependimento enquanto ainda temos tempo.

     

 

 

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Os Atos Simbólicos dos Profetas x Vida dos Pastores e Líderes Evangélicos - Final


De todos os profetas, Ezequiel é o mais conhecido por seus atos simbólicos. Os primeiros capítulos de Ezequiel parecem muito com a ficção científica moderna em seus extremos mais estranhos. Ezequiel comeu um rolo (Ez 3.6).

Ele foi atado com cordas e ficou impossibilitado de falar (Ez 3.24-27). Ele desenhou um mapa de Jerusalém sobre uma placa e representou um cerco militar contra o desenho (Ez 4.1-4). Ele se deitou sobre o seu lado direito por 40 dias (Ez 4.4-7). Foi convocado a cozinhar tendo por combustível excremento humano, mas teve permissão de usar esterco de vaca quando reclamou (Ez 4.12-15). Ele cortou o cabelo e a barba e depois dividiu os fios em três partes para representar atos distintos (Ez 5.1-4). Preparou a bagagem e deixou a cidade, abrindo um buraco no muro que a circundava (Ez 12.3-8). Ele tremeu e estremeceu quando comeu com o povo (Ez 12.18).

Após o exílio, Zacarias preparou um coroa para simbolizar o messias de Deus (Zc 6.9-15).

As ações dos profetas levantavam várias questões entre as pessoas. Elas indagavam acerca da santidade mental dos profetas. Perguntavam se eles eram mágicos cujo poder garantia que os atos se concretizassem no mundo real.

Elas observavam outros profetas e levantavam dúvidas quanto ao poder dos atos simbólicos. Chegavam a parar e perguntar se Deus de fato estava falando por meio dos profetas e chamando-as à fé numa nova maneira de interpretar os caminhos de Deus para Seu povo. Vejam que não vivemos momentos diferentes. A história de repete, só mudamos de "palco" e atores, e, muitas vezes, a mensagem, se não estiver de acordo com a "nova" moda, ao tem aceitação.

Os próprios profetas sabiam que Deus havia ordenado aquelas ações, quaisquer que fosse as suspeitas e dúvidas que isso despertasse nos ouvintes. Os profetas sabiam que, sendo humanos, não tinham poderes para dar significado aos atos. Antes, os profetas dependiam de Deus para tomar-lhes os atos, cumprir a mensagem deles e conclamar o povo dar-lhes uma resposta.

Os atos simbólicos eram um método de vital importância para Deus falar a Seu povo, alertando e dando esperança. Desse modo, Deus o convidava a voltar-se para Ele e evitar o julgamento que seus atos tinham tornado inevitável.

Lamentavelmente, hoje não mais temos "profetas" que se mostram preocupados em apresentar a vontade de Deus para o povo. Temos sim, aqueles que, valendo-se da boa fé e da confiabilidade da massa, iludem preferencialmente os incautos, dando a estes uma lisonjeira mensagem e falsa esperança terrestre.

Maquiavel disse: "os homens são tão ávidos por satisfazerem suas necessidades imediatas que um enganador não terá falta de vítimas".

Graças da Deus que ainda existem aqueles que com denodo e destemor mantém-se alistados na milícia dos remidos, um exército que marcha e, mesmo no fragor da disputa, ainda que em minoria, não desistem.

Os Atos Simbólicos dos Profetas x Vida dos Pastores e Líderes Evangélicos – Parte 1

Os Atos Simbólicos dos Profetas x Vida dos Pastores e Líderes Evangélicos

Com tristeza observamos o testemunho de alguns supostos pastores/ líderes evangélicos e a contramão que suas vidas impõem ao Evangelho. Eles em nada se assemelham aos verdadeiros homens de Deus, os quais, chamados para exercerem o ministério, legaram de fato suas vidas em favor da Causa do Mestre.

A palavra profética, nos tempos bíblicos, tornava-se palavra viva para os profetas. Muitas vezes, Deus os chamava para fazerem retratar mais que pregar. Ele os levava a retratar a mensagem na própria vida.

Os profetas tinham de experimentar o significado e as conseqüências da palavra de Deus para Seu povo. Assim, seus atos simbolizavam para o povo o que Deus faria a Israel. Não o que eles desejavam que fosse feito ao povo.

Como podemos ver, os atos dos modernos pastores e líderes, se submetidos ao mínimo crivo bíblico deporá contra o que pregam. E o povo: Como fica nessa história?

Ao convocar os profetas para realizarem atos simbólicos, Deus lhes dava uma tarefa nada fácil. A palavra tinha de se tornar concreta na família deles. Para Isaías, por exemplo, o nascimento dos filhos e o ato de lhe dar nome tornaram-se ocasiões de pregação para os israelitas.

Ele chamou um filho Um Resto – Volverá e o outro Rápido – DespojoPresa –Segura

(Is 7.3; 8.3).

Esses nomes estranhos faziam as pessoas refletirem quando observavam o profeta andar profeta pela rua com os filhos. Resto era um sinal de desastre na guerra ou um esperança de novo crescimento no futuro? Volverá referia-se às conseqüências da batalha ou à volta e ao arrependimento espiritual?

Este sim é um verdadeiro "Ato Profético"! Ato profético deve ter sentido de fazer o povo voltar-se para Deus e buscar corrigir-se do caminho ímpio. Muitos tem se valido desta expressão para "goela-abaixo" serem aceitos e, assim impingir na mente do povo, falácias, fábulas, enganos e mentiras com pseudo-revelações.

Quem era rápido para despojar e quem seria a presa? O povo de Deus tinha de ouvir a pregação do profeta a fim de determinar o significado, mas o nome dos filhos fazia com que ficassem suficientemente curiosos e ouvissem.

Isaías deu outro nome simbólico a uma criança mais misteriosa – Emanuel, Deus conosco (Is 7.14; 8.8,10). Isso certamente chamou a atenção dos ouvintes, quando Isaías anunciou o nascimento de outra criança importante (Is 9.6). Os cidadãos de Jerusalém sabiam que o profeta fazia mais do que agir como um louco quando andou despido pela cidade durante três anos, anunciando os atos de Deus contra os inimigos de Israel ao sul (Is 20).

Os Atos Simbólicos dos Profetas x Vida dos Pastores e Líderes Evangélicos – Parte 2

Oséias recebeu uma tarefa mais difícil a ser executada em família. Ele teve de enfrentar um coração e um casamento despedaçados, juntamente com a indignidade e a desgraça públicas (Os 1.1-9; 2.2-9). Deus o chamou para que se casasse com uma prostituta e depois deus os seguintes nomes para os filhos dela: Jezreel (a visão de uma batalha), Desfavorecida (ou Sem o Amor da Mãe, mostrando que o amor divino se afastara de Israel) e Não-Meu-Povo (ou Ilegítimo, indicando que Israel já não tinha a garantia da eleição e da proteção de Deus).

Mais tarde, Deus usou os nomes para salientar sua aliança renovada com Seu povo (1.10-2.1; 2.14-3.5). Israel tinha de prestar atenção em Oséias, mesmo que só para ouvir a última notícia acerca de sua família. Enquanto ouviam, aprendiam sobre a natureza profunda e perene do amor de Deus por Seu povo, um amor que excede todo amor humano, até o de Oséias (Os 11.8-11). Eles também viam os altos e baixos de seu relacionamento com Deus descritos em termos ligados à família.

Jeremias teve de ser abster das responsabilidades e alegrias da vida familiar a fim de pregar a Palavra de Deus e mostrar o perigo iminente que povo de Deus enfrentaria (Jr 16.2). Se fossemos convidados por Deus para tal vocação talvez desistiríamos de prosseguir no ministério.

Em contrapartida, Ezequiel sofreu por ter de sepultar a esposa sem um luto público (Ez 24.15-27), simbolizando como Israel devia reagir à notícia de que o templo fora destruído.

O simbolismo profético, portanto, atingia profundamente os relacionamentos pessoais dos profetas. Isso lhes dava maneiras criativas de mostrar ao povo a vontade de Deus, sem dizer uma só palavra, embora os profetas muitas vezes explicassem o sentido de seus atos.

O oleiro que moldava e remoldava um vaso sobre a roda mostrava a Jeremias e a Israel como Deus podia mudar o curso e a direção de Israel (Jr 18). A quebra do belo vaso do oleiro mostrava como Deus podia destruir seu povo (Jr 19). Jeremias teve de usar um jugo de bois para circundar Jerusalém e convocar os embaixadores estrangeiros a se submeterem a Nabucodonosor. Ele precisou até ordenar que o próprio rei de Judá usasse o jugo de Nabucodonosor (Jr 27). Tal ato gerou reação rápida.

Um profeta que se lhe opunha quebrou o jugo de Jeremias (Jr 28.10-11). Os falsos profetas também empregavam atos simbólicos. Cuidado com os "atos proféticos!" Ainda assim, o profeta fiel seguia o chamado de Deus e continuou representando a Palavra de Deus (cf. Jr 32; 43.8-9).

A Fé no Novo Testamento

A Fé no Novo Testamento

 

O espectro lingüístico de palavras traduzidas por "fé" é bastante variado. Na raiz do Antigo Testamento, da qual se desenvolveu o significado de fé no Novo Testamento, o sentido é firmeza ou estabilidade. O verbo usado geralmente significa "crer, confiar, dizer amém".

Nisso está implícito um relacionamento, na verdade um relacionamento pessoal. Deus é o objeto primordial dessa fé pessoal; por isso, a fé aponta para um relacionamento pessoal que salva e ajuda.

Às vezes o conceito de fidelidade é a idéia predominante. Em outras ocasiões o sentido é a verdadeira religião, com freqüência associado a graça, amor fiel, retidão.

No grego clássico o verbo significava confiar, ter confiança em pessoas ou coisas.O substantivo transmitia a idéia de confiança, confiabilidade. Pode ser usado também no sentido concreto de penhor, garantia ou prova.

A palavra "fé" no grego do Novo Testamento (pistis, do verbo, pisteo) tem muitos sentidos. Ela pode significar crença em Deus como Todo-Poderoso, como aquele que se revela e como benigno.

Nos evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) ela pode significar confiança ou credibilidade. Mas os sinóticos não a usam dessa maneira com tanta freqüência como o faz o restante do Novo Testamento.

Nos sinóticos, o substantivo quase sempre tem o sentido de confiança em Deus e reconhecimento do Seu poder de curar e salvar. Jesus usou constantemente a palavra nesse sentido: "A tua fé te salvou"(Mc 5.34).

Para Paulo, a fé caracterizava o fundamento do espírito cristão, o âmago do encontro divino-humano. A coleção de textos paulinos não apresenta uma variação radical das idéias básicas esboçadas acima.

Para Paulo, fé era depender integralmente de Deus e crer em seu poder (vj Rm 4.16-20; Cl 2.2). A idéia de poder, em Paulo, era algo em desenvolvimento e devia mostrar que a fé verdadeira não se restringe a palavras e superficiais. A fé tem o poder de mudar a vida radicalmente. Como vemos tantas vezes em Paulo, a fé autêntica justifica a pessoa diante de Deus (Rm 3.1).

João às vezes usou a palavra de maneira bem distinta. Ele falou da fé em Jesus como o Messias enviado pelo Pai.

Quem crê recebe vida. Em João temos um pouco da identificação de fé com conhecimento, enfatizando o conteúdo intelectual ou teológico da fé.

Com substantivo, o termo às vezes vem com o artigo definido, " a fé", designado muito claramente todo o conjunto de ensinamentos aceitos como cristãos.

Tipos de Cristãos que Amadurecem

AD Penha – Congregação do Méier

Departamento de Escola Bíblica Dominical

Dirigente: Pr Odilton

Co-Dirigente: Pr Benoni

Lição nº 07

Tipos de Cristãos que Amadurecem

Texto Rm 12.1-5; Cl 1.19.

Introdução.

Como é difícil encontrarmos, hoje, um cristão amadurecido. Há crentes antigos em nosso meio, mas que, em nada aproveitou seu tempo para amadurecer na vida espiritual. Com esta lição, abordaremos pelos menos 04 tipos características de um cristão amadurecido.

  1. O CRISTÃO CONSAGRADO

    Consagrado significa dedicado. Consagração diz respeito à aplicação da santidade de Deus em nossas vidas. Santidade é atributo que no seu sentido mais elevado se aplica a Deus. Js 3.1-5

    1. A consagração do corpo físico é muito importante no crescimento espiritual 1 Co 6.20
      1. Para os gregos do séc. I, o corpo era de importância secundária. Mantinham uma filosofia libertina sobre sexo e rodeados por prostitutas do templo, o assunto estava destinado a aparecer;
      2. Aquela sociedade discutia; como o estômago é designado para o alimento, os genitais são criados para a experiência sexual;
      3. Quanto se está com fome, come-se, então, quando se está sexualmente excitado, gratifica-se a paixão sexual;
      4. Alguns estavam inclinados a satisfazer o desejo sexual, com a mesma prontidão que poderiam satisfazer o apetite por alimento.
      5. Paulo corrige um conceito tão errôneo:
        1. Ele mostra que a analogia é falsa, pois, o nosso corpo é o templo do Espírito Santo e, portanto, pertence a Cristo 1 Co 6.20
        2. A conduta imoral rebaixa o preço pago para redimir os pecados e diminui a glória que os crentes deveriam levar a Ele, que amou tão pura e poderosamente;
        3. O cristão consagrado tem como meta glorificar a Deus no corpo que ele recebeu do Senhor;
        4. Devido aos propósitos do corpo ordenado por Deus, as funções digestivas e sexuais do corpo não se encaixam na mesma categoria;
        5. Ingerir alimentos é uma disposição temporal e secundária, mas sexualmente alcança as profundidades eternas e metafísicas da existência de uma pessoa 1 Co 6.13;
        6. Devido aos propósitos de ressurreição de Deus para o corpo existe uma identidade essencial entre o atual corpo físico e o futuro corpo glorificado 1 Co 6.14;
        7. A relação sexual é mais do que uma experiência biológica; ela envolve uma comunhão de vida. Visto que Jesus é aquele que está com o espírito do crente, é impensável envolvê-lo em imoralidade; 1 Co 6.15-17
        8. A sexualidade é um aspecto incomparavelmente profundo da personalidade, envolvendo todo o ser de uma pessoa. A imoralidade sexual tem efeitos de longo alcance, com grande significado espiritual e complicação sociais.;
        9. Tal imoralidade não é apenas um pecado contra o corpo, é um pecado contra o Espírito Santo, que habita o corpo.
        10. .O Cristão consagrado não permite que: vd. Rm 6.12,13
        1. O pecado reine
        2. O pecado domine
        3. O pecado controle os membros do seu corpo físico
          1. . O Cristão consagrado:
        4. Sobre a sua cabeça deve estar o capacete da salvação Ef 6.17;
        5. Tem a mente e os pensamentos submetidos a Cristo;
        6. Seu ouvidos estão sempre atentos a voz do Espírito Santo Ap 2.11;
        7. Deixa sua boca e seus lábios tocados pela tenaz de Jeová Is 6.6;
        8. Suas mãos não tocam o que contamina Sl 24.4;
        9. Seus pés calçados anunciam a paz Ef 6.15; Na 1.15;
        10. Procura manter o coração guardado, puro e limpo para ter a visão majestosa de Deus Mt 5.18

    2. Consagração é Sinônimo de apresentação santa e voluntária 2Tm 2.15ª
    3. O Cristão consagrado vive em constante oração 1Ts 5.17
      1. A vida cristã só é completa, quando a oração ocupa o seu legítimo lugar;
      2. A oração é o canal sempre aberto, é a linha que nunca está ocupada para a comunicação com o Senhor.
    4. Quando nos consagramos ao Senhor, trabalhamos em Sua obra Jo 5.17.
  2. O CRISTÃO INCONFORMADO Dn 1.8,15,16
    1. O sistema espiritual do mundo contamina e corrompe 2 Tm 3.1-5

      "Trabalhosos" = chalepos – severo, selvagem, difícil, perigoso, doloroso, feroz, cruel, difícil de lidar com. A palavra descreve uma sociedade que é desprovida de virtude, mas abundante em vícios.

      1. Paulo exorta a Timóteo a continuar no evangelho em vista de um grande aumento do mal
      2. As pessoas serão caracterizadas por todos os tipos de perversão egoísta e artificial
      3. Alguns conservarão um fingimento externo, usando o vocábulo do Cristianismo mas recusando a realidade que a fé cristã expressa.
    2. Selecione as suas amizades para não se corromper – Sl 1; Pv 2.12,13; 22.24,25
    3. Utilize sua inconformação para transformar o mundo Mt 5.13; Rm 12.1,2

      "Sal da terra" – (sabor e poder de preservação)-Por natureza, o sal é um elemento que mata e elimina os germes da corrupção.

  3. O CRISTÃO TRANSFORMADO 2 Co 5.17

    "Nova" – kainos = novo, não-usado, diferente, recente. A palavra significa novo em relação à forma ou quantidade, ao invés de novo referindo-se a tempo.

    3.1 Quando conhecemos a Cristo, somos transformados. Mc 16.9; Jo 1.47-51; At 9.5,6.

    3.2 O Espírito Santo transforma o cristão na visão da glória de Deus Jo 14.17

    3.3 Somos transformados para transformar Gn 12.2

    a) Deus nos abençoa para sermos uma benção para os outros

    b) Este é o grande alvo da nossa vida: "ser uma bênção"

    c) A o agir desta forma glorificamos a Deus da mesma maneira como fez o Senhor Jesus Jô 17.4

  4. O CRISTÃO RENOVADO Jr 33.3; Jo 10.10.

    a) A vida do cristão não é e nem deve ser uma monotonia

    b) É alegre, dinâmica e altamente motivada.

    c) É a vida abundante que o Senhor Jesus concede gratuitamente a todos que desejam ser felizes

    1. Você quer crescer? Precisa renovar a mente Fp 4.8; Cl 3.16

      a) Determine seus os seus próprios pensamentos

      b) Não permita que os outros o façam por você

      c) Faça com que sua mente se concentre nas coisas que lhe trazem paz e glória a Deus

      d) A mente é o computador da alma

    2. Renovando o novo homem na imagem de Deus Cl 3.1
      1. O nascer em Cristo, isto é, o novo nascimento, é o primeiro passo para o crescimento em direção à maturidade.
      2. Por ser criatura, renovada, agora os objetivos são novos.
      3. É um novo começo, um desejo profundo pelas coisas superiores, divinas, celestiais.
      4. É um novo pensar

 

CONCLUSÃO. Só o tempo dirá como está a nossa condição cristã. Se estamos amadurecidos ou apodrecidos. Se estamos prontos, maduros ou temporão.

 

Bibliografia: Bíblia d Estudo Plenitude; Bíblia Anotada; Revista do Trimestre – Central Gospel.

Pr João Luiz Marques

Pastor João, o Sr. Poderia explicar o que significa hermenêutica e exegese, pois, tenho visto e ouvido muitos pregadores usando esta expressão, mas muitos de nós não sabemos de fato o que é e como fazer uso dela na Bíblia.

Pastor João, o Sr. Poderia explicar o que significa hermenêutica e exegese, pois, tenho visto e ouvido muitos pregadores usando esta expressão, mas muitos de nós não sabemos de fato o que é e como fazer uso dela na Bíblia.

 

Ev. Soares - em Pelotas RS

 

 

O que é HERMENÊUTICA?

 

Meu querido irmão Soares.

Origem do Termo

O termo "hermenêutica" provém do verbo grego "hermēneuein" e significa "declarar", "anunciar", "interpretar", "esclarecer" e, por último, "traduzir". Significa que alguma coisa é "tornada compreensível" ou "levada à compreensão".

Filosoficamente têm-se que o termo deriva do nome de Hermes, que na mitologia grega é um deus, o deus Hermes. O certo é que este termo originalmente exprimia a compreensão e a exposição de uma sentença "dos deuses", a qual precisa de uma interpretação para ser apreendida corretamente.

Precisamos saber quem foi Hermes!

[(Hermes, mensageiro ou intérprete da vontade dos deuses, (daí o termo hermenêutica) era um deus grego correspondente ao Mercúrio romano. Era um dos 12 deuses do Olimpo. Filho de Zeus e de Maia, nasceu na Arcádia, revelando logo extraordinária inteligência. Conseguiu livrar-se das fraldas e foi à Tessália, onde roubou parte do rebanho guardado por seu irmão Apolo, escondendo o gado em uma caverna. A seguir voltou para o berço, como se nada tivesse acontecido. Quando Apolo descobriu o roubo, conduziu Hermes diante de Zeus, que o obrigou a devolver os animais. Apolo, no entanto, encantou-se com o som da lira que Hermes inventara e ofereceu em troca o gado e o caduceu. Mais tarde, Hermes inventou a siringe (flauta de ), em troca de que Apolo lhe concedeu o dom da adivinhação.Foi famoso também por ser o único filho que Zeus tivera que não era filho de Hera, que ela gostou, pois ficou impressionada pela sua intêligencia.

Divindade muito antiga, Hermes era invocado, a princípio, como deus dos pastores e protetor dos rebanhos, dos cavalos e animais selvagens; mais tarde tornou-se deus dos viajantes, e em sua homenagem foram erguidas estátuas à beira das estradas (hermas). Posteriormente, Hermes tornou-se deus do comércio e até dos ladrões; para proteger compradores e vendedores, inventou a balança. Hermes era quem guiava as almas dos heróis ou pessoas importantes até o rio Estige, lugar que ligava o reino dos vivos com o reino dos mortos. Também considerado deus da eloqüência e patrono dos esportistas, é representado como um jovem de belo rosto; normalmente nu vestido com túnica curta. Na cabeça tem um capacete com asas, calça sandálias aladas e traz na mão seu principal símbolo, o caduceu.

Pã foi fruto dos amores de Hermes com a ninfa Dríope. Ela não foi a única mortal nem a única deusa honrada pelos seus favores. Teve ainda como amantes, Acacalis, filha de Minos; Herse, filha de Cécrope; Eupolêmia; Antianira, mãe de Equion; Afrodite, a deusa do amor, com quem teve Hermafrodito; a ninfa Lara, náiade de Almon; e finalmente sua irmã, a deusa Perséfone, a quem pediu em casamento para Deméter, mãe da moça, que recusou o pedido. Mas foi Hermes quem tentou resgatar Perséfone do reino dos mortos quando ela foi seqüestrada por Hades

Tenta-se explicar desde os séculos XVII e XVIII a utilização do termo no sentido de uma interpretação correta e objetiva da Bíblia. Spinoza é um dos precursores da hermenêutica bíblica.

Há muitos defensores que, o termo "hermenêutica" derive do grego "ermēneutikē" que significa "ciência", "técnica" que tem por objeto a interpretação de textos religiosos ou filosóficos, especialmente das Sagradas Escrituras; "interpretação" do sentido das palavras dos textos; "teoria", ciência voltada à interpretação dos signos e de seu valor simbólico.

 

Conceito

A hermenêutica não visa o saber teórico, mas sim o uso prático, isto é, a práxis ou a técnica da boa interpretação de um texto falado ou escrito. Trata-se aí da "compreensão", que se tornou desde então o conceito básico e a finalidade fundamental de toda a questão hermenêutica. Schleiermacher define a hermenêutica como "reconstrução histórica e divinatória, objetiva e subjetiva, de um dado discurso".

Compreensão é apreensão de um sentido, e sentido é o que se apresenta à compreensão como conteúdo. Só podemos determinar a compreensão pelo sentido e o sentido apenas pela compreensão.

Compreensão comparativa: Apoia-se em uma multiplicidade de conhecimentos objetivos, gramaticais e históricos, deduzindo o sentido a partir do enunciado.

Compreensão divinatória: Significa uma adivinhação imediata ou apreensão imediata do sentido.

 

O que é EXEGESE?

A palavra grega exégesis, significa conduzirm, guiar, dirigir, governar, explicar pormenorizadamente, interpretar. Exegese é a exposição, a operação de interpretar. Enquanto a hermenêutica é a ciência da interpretação, a exegeses é a aplicação dessa ciência à Palavra de Deus. A hermenêutica é a ci~encia da interpretação, e a exegesese a extração dos pensamentos que assitiam ao escritor sagrado quando este redigia determinada porção da Escritura.

A exegese é a ciência da correta interpretação das Sagradas Escrituras e possui as suas próprias leis de interpretação, que devem ser entendidas e aplicadas corretamente para se desobrir o sentido exato de determinada passagem bíblica.

Para um maior esclarecimento e aprendizado, faz-se necessário estudar as duas "ciências", obedecendo suas leis e regras, sobretudo fazer exercícios práticos através de textos bíblicos.

Pastor, não é verdade que os israelitas sob a antiga aliança salvaram-se pela obediência a Deus e não porque ansiavam pela fé O Salvador que haveria de vir? Como podemos ver isso na Bíblia?

Pastor, não é verdade que os israelitas sob a antiga aliança salvaram-se pela obediência a Deus e não porque ansiavam pela fé O Salvador que haveria de vir? Como podemos ver isso na Bíblia?

Pr Adramantino Thompson – Áustria

Querido pastor

Desde o Gênesis até o apocalipse Deus deixa bem claro que alguém jamais se salvou por obras próprias, mas apenas pela fé nas promessas divinas. Só no Éden a salvação foi apresentada com base na obediência, com a advertência acompanhada da pena de morte para a transgressão da ordem de Deus: "Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás"(Gn 2.17).

Em Gênesis 3 essa determinação foi quebrada tanto por Adão quanto por Eva, por causa da tentação e do engano de Satanás; e O Senhor lhes confirmou a sentença de morte, ao afirmar: "Tu és pó, e ao pó tornarás" (Gn 3.19).

A partir desse dia, nenhum ser humano salvou-se pela obediência – exceto a raça dos redimidos, os quais são resgatados pela fé na expiação de Cristo, cujo ato de obediência pagou o preço de nossa salvação.

É verdade que em ambos os Testamentos se coloca grande ênfase na obediência. Em Êxodo 19.5, assim prometeu Deus a Israel: "Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha".

Entretanto, de modo algum essa passagem sugere um caminho alternativo para o Céu, além da trilha da fé; ao contrário, essa promessa foi dada a um grupo de crentes que já se havia arrependido do pecado, e entregue seu coração ao Senhor pela fé.

A obediência era apenas uma evidência necessária do fruto da fé. Não é a maçã que faz da árvore de que surgiu uma macieira; é esta que faz seu fruto ser uma maçã. Disse Jesus: "Pelos seus frutos os conhecereis" (Mt 7.16); em outras palavras, as uvas vêm da vinha, não dos espinheiros; os figos das figueiras, e não dos pés de urtiga. A obediência é a conseqüência natural e necessária da fé, mas nunca é apresentada como substituta da fé, em parte alguma das Escrituras.

Devemos observar que, logo de início, Adão e Eva ensinaram a seus filhos a necessidade de fazer holocaustos perante O Senhor pelos pecados que tivessem cometido. Assim foi que Abel apresentou um sacrifício aceitável em seu altar – um ato de fé que tipicamente representou por prenúncio a expiação que seria feita mais tarde no Calvário.

Hebreus 11.4 esclarece: "Pela fé,Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim [...] Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala".Gn 15.6 registra que, quando Abraão creu em Deus, O Senhor lhe imputou a fé por justiça.

Romanos 4.13 diz-nos que "Não foi por intermédio da lei que a Abraão ou a sua descendência coube a promessa de ser herdeiro do mundo, e sim mediante a justiça da fé".

Quanto à geração de Moisés, a quem a promessa de Êxodo 19.5 fora feita, de modo algum poderia haver algum mal-entendido concernente ao princípio da salvação mediante a fé, e nada mais.

Daquele capítulo que contém os dez mandamentos vêm-nos a primeira de várias referências ao culto sacrificial: "Um altar de terra me farás e sobre ele sacrificarás os teus holocaustos, as tuas ofertas pacíficas, as tuas ovelhas e os teus bois..." (Êx 20.24). O princípio subjacente a cada sacrifício era este: a vida do animal inocente substituía a vida cheia de culpa e deturpada do crente. Este recebia o perdão de Deus somente mediante o arrependimento e a fé, e jamais pela obediência.

Hebreus 10.4 refere-se à antiga dispensação do Antigo Testamento e declara: "porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados". Antes, em 9.11,12, declaram as Escrituras: "Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção.

Então, de que forma o benefício da expiação pelo sangue é trazido aos pecadores? Ele só vem pela fé, não mediante obras de obediência, como trabalhos meritórios – quer antes, quer depois da cruz. Assim declaram as Escrituras: "Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8). Mas que tipo de fé? A fé falsificada que trai a si mesma mediante a desobediência à vontade revelada de Deus e pela escravidão da alma ao pecado? Certamente não!

A salvação só pode advir mediante a fé verdadeira e viva que assume com seriedade o senhorio absoluto de Cristo e produz um viver santo – uma vida de verdadeira obediência, baseada na entrega genuína do coração, da mente e do corpo (Rm 12.1).

É dessa perspectiva que devemos entender os ardentes chamados à obediência por parte dos profetas do Antigo Testamento "Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra. Mas se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados à espada; porque a boca dO Senhor o disse" (Is 1.19,20).

A exigência exposta por Jesus é muito semelhante a essa: "Por que me chamais, Senhor, Senhor e não fazeis o que os mando?"(Lc 6.46). Os apóstolos confirmam: "Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões[...] Mas graças a Deus porque outrora, escravos do pecado, contudo viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues; e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça (Rm 6.11,12,17,18).

 

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Escola Biblica Dominical – A EXPANSÃO DO REINO DAVÍDICO - Fim

  1. O grande talento organizacional e administrativo Davi.
    1. A organização do exército. Havia 600 comandante que eram subordinados a um número menor de generais. O exército permanente de Davi tinha 24 mil homens. O sistema de rodízio envolvia 288 mil homens treinados prontos para serem convocados para batalha, o que permitia que aqueles que não estivessem em serviço se dedicassem às atividades civis. Esse sistema é o precursor do adotado em Israel em nossos dias.
    2. Nomeou governadores para as 12 tribos.
    3. Estabeleceu um gabinete administrativo central, com secretário-geral e chefe de gabinete, supervisor do Tesouro, secretario da agricultura, etc.
    4. Organizou os sacerdotes e levitas, sob a direção de Zadoque e Abiatar, para servirem no templo que Salomão construiria, dividindo-os em 24 turnos.
    5. Elaborou os planos para a construção do templo e proveu antecipadamente parte do material e recursos necessários.
  2. O saldo do período. Até esse ponto do reinado de Davi, Israel passou:
    1. Da anarquia administrativa para um forte governo central.
    2. Da confederação de tribos desunidas para uma nação unida.
    3. Da pobreza e tecnologia da Idade do Bronze para a economia e riqueza da Idade do Ferro.
    4. Da posição de reino acossado por inimigos para a de reino conquistador e suserano, o maior império de sua época.
    5. Do culto desorganizado para a adoração centralizada no lugar que Deus indicou (ver Dt 12.5).
  3. Algumas lições da expansão do reino davídico:
    1. Davi consultava ao Senhor antes de agir 1 Sm 23.2-4; 30.7, 8; 2 Sm 2.1; 5.19.
      1. E fazia conforme o Senhor dizia, 1 Cr 14.16,17.
    2. O segredo das vitórias: Deus era com ele, 2 Sm 5.10,12.
    3. Tudo quanto somos e temos, vem de Deus, 1 Co 4. 7; Tg 1.17; 1 Cr 29.14.
      1. O sucesso sem gratidão a Deus conduz à soberba e à ruína:
        1. Amazias venceu Edom, desviou-se, foi derrotado pelo reino do Norte e acabou assassinado, 2 Cr 25.
        2. Uzias: fez um governo magnífico, ficou soberbo e acabou leproso, 2 Cr 26.
    4. A gratidão pelas bênçãos inclui dedicar a Deus os frutos do sucesso, 1 Cr 18.9-11.
    5. Deus não aprovou os excessos que Davi praticou.
      1. A Bíblia não omite os maus procedimentos de Davi. Ela é imparcial.
      2. As matanças registradas em 1 Sm 27 não correspondiam ao propósito de Deus. Davi as praticou para conseguir espólios e por medo de ser denunciado, v. 11. Com os moabitas, ele foi sanguinário e cruel, 2 Sm 8.1-4.
      3. Por isso Deus não permitiu que Davi construísse o Templo, 1 Cr 22.7, 8; 28.3.
      4. Devemos lembrar que Deus não amava Davi por causa de suas virtudes e nem o desprezava por causa de seus defeitos. Assim como a nós. É a graça de Deus manifestada.

Prof. Daniel Fidélis de Barcellos

Escola Bíblica Dominical - A EXPANSÃO DO REINO DAVÍDICO - Parte 1

A Expansão do Reino Davídico

  1. As razões para a conquista de Jerusalém, 2 Sm 5.6-10.
    1. A cidade tinha uma localização estratégica: era cercada de vales profundos. Boas fontes de água. Por se achar situada sobre um platô, a uns 760m acima do nível do Mediterrâneo e a 1145m acima do nível do mar Morto, Jerusalém contava com boa proteção natural. A antiga cidade dos jebuseus tinha em torno de 5 hectares, e a sua população na época é estimada em aproximadamente 2 a 3 mil pessoas. Na escolha do lugar para a edificação da cidade, foi decisiva a existência de um manacial perene no vale do Cedrom, a chamada fonte de Giom.
    2. Evitava que o reino fosse dividido por um enclave inimigo.
    3. Central no reino.
    4. Aceitável a todas as tribos, o que evitaria ciúmes.
  1. A tomada de Jerusalém
    1. Havia uma fonte próxima a aldeia de Silo chamada fonte de Giom, que abastecia Jerusalém com água. Os jebuseus construíram um túnel secreto ligando o interior das muralhas a essa fonte. Davi descobriu a existência desse túnel e Joabe entrou na cidade por ele, atacando a cidade já dentro dos murros. Essa passagem foi descoberta em 1998 por Ronny Reich e Eli Shukron (Manual Bíblico de Halley pág.221). Ver os casos de Tróia e Constantinopla.
    2. A cidade de Davi era uma pequena parte da Jerusalém do Antigo e Novo Testamentos.
  2. A importância de Jerusalém.
    1. Transformada no centro de culto a Deus, Jo 4.20; Sl 122.
    2. Passou a ser chamada de cidade de Davi, 2 Sm 5.7.
    3. O afeto de Israel por Jerusalém Sl 137.
      1. O clamor por secular a cada Páscoa: "No próximo ano, em Jerusalém".
    4. O seu simbolismo: Mt 5.35; Gl 4.25,26; Ap 21.1, 2, 10, 11.
    5. A transferência da arca para Jerusalém 2 Sm 6.
      1. A arca representava a presença de Deus no meio do povo.
  3. As demais campanhas de Davi

Ver 2 Sm 5; 8; 10. 1 Cr 14; 18 a 20. É difícil determinar a seqüência cronológica exata das campanhas de Davi pois a Bíblia as narra entrelaçadas com outros assuntos. Mas, no final, Davi assumiu o controle de um império de tamanho considerável.

Quando os amonitas humilharam os embaixadores israelitas raspando metade da barba e rasgando metade da roupa de cada um, Joabe, o comandante do exército de Davi, cercou Rabá (atual Amã), a capital de Amom. Os amonitas contrataram mercenários dos estados arameus de Bete-Reobe, Zobá e Tobe, ao norte. Joabe expulsou os arameus, mas eles se reagruparam e voltaram com um novo exército. Davi deslocou suas tropas para Helã (talvez a atual Alma, no sul da Síria) e derrotou os arameus, matando seu comandante, Sobaque. Enquanto Joabe deu continuidade ao cerco a Rabá, Davi voltou a Jerusalém e, por essa época, cometeu adultério com

Bate-Seba e ordenou que seu marido Urias fosse morto. Além de ter seu nome denegrido por esses atos, Davi recebeu uma repreensão severa do profeta Natã.

Por fim, Rabá foi tomada, o povo da cidade foi sujeitado a trabalhos forçados e a coroa amonita repleta de jóias, pesando cerca de 34 kg, foi colocada, provavelmente apenas por alguns instantes, sobre a cabeça de Davi.

Após derrotar os moabitas, Davi derrotou os edomitas no vale do Sal, a Sudoeste do mar Morto e colocou guarnições em todo Edom.

Em seguida, ele voltou sua atenção para o Norte. Derrotou Hadadezer, monarca do reino arameu de Zobá, e tomou dele mil carros. Considerando-se que Davi jarretou ou aleijou todos os cavalos que puxavam os carros, poupando apenas cem animais, ele parecia não considerar os carros importantes para os seus próprios exércitos. Os israelitas ainda travavam a maior parte de suas

batalhas à pé. Quando os arameus de Damasco socorreram Hadadezer de Zobá, Davi os derrotou e colocou guarnições em Damasco. O reino de Davi se estendeu do ribeiro do Egito (Wadi el-Arish) até perto do rio Eufrates.

Davi tomou como espólio de Hadadezer escudos de ouro e uma grande quantidade de bronze. Toú (ou Toí), o rei arameu de Hamate, certamente ficou satisfeito com a derrota de Zobá e, ansioso para firmar uma

relação amigável com Davi, enviou seu filho Jorão a fim de parabenizá-lo e presenteá-lo com ouro, prata e bronze. Talmai, o rei arameu de Gesur, deu a mão de sua filha Maaca em casamento a Davi. Hirão, o rei da cidade costeira fenícia de Tiro, também considerou importante manter relações amigáveis com Davi e, além de toras de cedro, enviou carpinteiros e canteiros, que construíram um palácio para Davi em Jerusalém. (resumido do Atlas Histórico e Geográfica da Bíblia, Paul Lawrena, SBB, p.64)

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A Parábola das dez virgens – Mt 25.1-13 - Final

Essa não é a porta (v.10) da salvação, mas aquela pela qual se entra no desfrute das Bodas do Senhor.

Essa é a apresentação tardia (mais tarde)V.11, dos crentes ressuscitados diante do Senhor em virtude de não estarem apercebidos.

Aqui s sentença não vos conheço traz o sentido de não reconhecer, não aprovar. As virgens insensatas tinham as lâmpadas acesas, saíram ao encontro do Senhor, morreram e foram ressuscitadas e arrebatadas, mas foram tardias em pagar o preço para encher-se do Espírito Santo. Por causa disso, o Senhor não as quis reconhecer nem aprovar. Assim, não puderam participar das Suas Bodas. Elas perdem esse galardão dispensacional, mas não a sua salvação eterna.

Podemos então considerar:

  1. O propósito das virgens que foi o de se encontrarem com o esposo – sem dúvida um bom propósito. Quais são os propósitos que mais preocupam o pensamento humano? Alguns aspiram a, mais cedo ou mais tarde encontrarem-se com Cristo
  2. A prudência das virgens. Notemos que havia aparente semelhança exterior entre elas, mas fundamental diferença intima. Cinco prudentes, cinco loucas.
  3. O preparo das virgens para se encontrarem com o esposo era, então, azeite nas lâmpadas: uma figura do Espírito Santo. Qual é o preparo de que nós precisamos?
  4. A paciência das virgens. Houve uma demora inesperada, como também parece acontecer com segunda vinda de Cristo; e essa demora serviu para revelar a prudência das virgens. O decorrer dos anos descobre, em nós, o quê?
  5. O prêmio das virgens prudentes foi o de entrarem no gozo do noivo. Há galardão para o crente em Cristo, pois gozará futuramente a companhia do seu Senhor
  6. O prejuízo das virgens loucas foi a perda de toda essa alegria. O remorso por bênção perdidas pode bem ser um dos principais castigos impenitentes.

A lição da parábola é "Vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora". Efeitos desta vigilância:

  1. Guarda-nos de demasiada preocupação com interesses atuais
  2. Preserva do desânimo que poderia resultar das provações do momento
  3. Inspira-nos com grande esperança para o porvir
  4. Preocupa-nos com o Cristo, não como sofredor, mas como Rei vindouro.

A Parábola das dez virgens – Mt 25.1-13 Parte 1

As dez virgens (Mt 25.1-13)

Após ouvir atentamente os "pregadores eletrônicos" abordarem o texto de Mt 25.1-13 e, observar algumas contradições,resolvi, atendendo a uma comunidade de Brasília –DF , outra do Rio Grande do Sul e uma de São Paulo Capital comentar de forma resumida o assunto.

Lembremo-nos que o sermão profético é interrompido por parábolas desde 24.32 até 25.31, e as destes capítulos ensinam outra vez a necessidade de vigilância (1-13) e fidelidade (14-30).

As virgens representam os cristãos, professos, vistos sob o ponto de vista da vida (2 Co 11.2, dos quais cinco são renascidos. Os crentes, que são o povo do reino, são como virgens castas. Como tais, sustentam o testemunho do Senhor (a lâmpada) nesta era tenebrosa e saem do mundo ao encontro do Senhor. Para tanto, precisam não somente do habitar interior do Espírito santo, mas também ser enchidos por Ele.

As lâmpadas representam o espírito dos crentes (Pv 20.27), que contém o Espírito de Deus como azeite (Rm 8.16). Os crentes irradiam a luz do Espírito de Deus do interior do seu espírito. Assim, tornam-se a luz do mundo e resplandecem como lâmpadas nas trevas desta era (Mt 5.14-16); Fp 2.15,16), sustentando o testemunho do Senhor para a glorificação de Deus.

O termo "saíram" (v.1) indica que os crentes estão saindo do mundo ao encontro do Cristo que há de vir. O noivo representa Cristo como alguém agradável e atraente (Jo 3.29; Mt 9.15).

Cinco (v.2)compõe-se de quatro mais um, o que significa que o homem (representado pelo número quatro) acrescido de Deus (representado pelo número um) assume responsabilidade.

O fato de cinco das virgens serem insensatas e cinco prudentes não indica que metade dos crentes são insensatos e metade prudentes. Indica, sim, que todos os crentes têm a responsabilidade de encher-se do Espírito santo.

O fato de serem insensatas não torna falsas essas cinco virgens. Em natureza, são iguais às cinco prudentes.

O azeite representa o Espírito Santo (Is 61.1; Hb 1.9).

O homem é um vaso feito para Deus (Rm 9.21,23, 24), e a sua personalidade está na alma. Portanto, as vasilhas aqui representam as almas dos crentes. As cinco virgens prudentes não somente têm azeite nas lâmpadas, mas também o levam nas vasilhas. O fato de terem azeite nas lâmpadas significa que o Espírito de Deus habita no seu espírito (Rm 8.9,16), e o fato de levarem azeite nas vasilhas significa que têm o Espírito de Deus enchendo e saturando as suas almas.

Existe ou não uma abóboda celestial no firmamento celestial?

A Bíblia está errada ao falar de uma abóboda celestial sobre a terra? (Jó 37.18)

Jó fala que Deus estendeu "o firmamento, que é sólido como espelho fundido" (Jó 37.18). De fato, a palavra hebraica para "firmamento" (raqia), que foi criado por Deus (cf. Gn 1.6), no dicionário hebraico é definida como um objeto sólido. Mas isso está em total conflito com o atual entendimento científico de que o espaço não é sólido e de que é altamente vazio.

É verdade que originalmente a palavra hebraica raqia significava um objeto sólido. Entretanto, o sentido não é determinado pela origem da palavra (etimologia), mas pelo uso. Quando referindo-se à atmosfera sobre a terra, "firmamento" com certeza não significa algo sólido.Isso é evidente por várias razões.

Primeiro, a palavra raqia (forjar, desenrolar) é traduzida corretamente em algumas versões como o verbo "expandir". Assim como o metal se expande e se afina quando batido (cf. Êx 39.3; Is 40.19), assim é o firmamento.

Segundo, o sentido básico de "desenrolar" pode ser usado independentemente de "forjar", como ocorre em várias passagens (cf. Sf 136.6; Is 42.5; 44.24). Isaías escreveu "Assim diz Deus, o Senhor, que criou os céus e os estendeu, formou a terra e a tudo quanto produz" (Is 42.5). Este mesmo verbo é empregado com o significado de estender cortinas ou tendas dentro das quais morar (o que não teria sentido algum se o verbo se referisse a uma ação que não deixasse espaço interior para nele a pessoa ficar). Isaías, por exemplo, falou que o Senhor "está assentado sobre a redondeza da terra, cujos moradores são como gafanhotos; é ele quem estende os céus como cortina e os desenrola como tenda para neles habitar" (Is 40.22).

Terceiro, a Bíblia menciona a chuva que cai do céu (Jó 36.27). Mas isso não teria sentido se o céu fosse uma abóboda metálica. Nem a Bíblia menciona buraco nessa abóboda metálica pelos quais a água passaria, caindo em forma de gotas. Ela fala, é claro, com uma linguagem figurada quando diz que "as comportas dos céus se abriram" (Gn 7.11), quando acontece o dilúvio. Mas essa expressão não é para ser tomada literalmente, da mesma forma como não tomamos de modo literal a seguinte frase dita por alguém: "estavam ali cinco gatos pingados".

Quarto, o relato da criação em Gênesis fala de aves que voam "sobre a terra, sob o firmamento dos céus" (Gn 1.20). Mas isso seria impossível se o céu fosse sólido. Assim, é mais apropriado traduzir raqia como o verbo "expandir" (como o faz a NVI), cujo sentido não conflita com o conceito de espaço da ciência moderna.

Quinto, mesmo que tomada literalmente, a afirmação de Jó (em 37.18) não diz que os céus são um "espelho fundido", mas apenas que eles s ao "como espelho fundido". Em outras palavras, trata-se de uma comparação feita quando o texto diz que Deus é realmente uma Torre Forte (cf. Pv 18.10). Além disso, o ponto de comparação em Jó não é a respeito da solidez dos "céus" e do espelho, mas da sua durabilidade (cf. a palavra chazaq no versículo 18).

Assim, quando tudo isso é levado em consideração, não há evidência de que a Bíblia esteja afirmando que o firmamento é uma abóboda metálica. E, portanto, não há conflito algum com a ciência moderna.