sábado, 25 de julho de 2009

Show, culto ou culto-show???

Show, culto ou culto-show???

Quando as pessoas batem palmas num culto é por que acharam bonita e emocionante a apresentação da música, como num show ou por que querem manifestar diante de Deus um estado de alegria, de adoração?

  • Por causa de minha atividade tenho visitado diversas igrejas e em diversos lugares, a situação parece estar generalizada. Palmas, ovações, gritos, etc. É só um músico dar um acorde mais evoluído, mais emocionante, para que todos aplaudam no culto das igrejas. Outro dia estava num culto onde iria pregar e assisti tudo isso. Confesso que, em certos momentos, eu não sabia se estava num show popular ou se num culto. É claro que podemos entender o fenômeno por diversos ângulos. Aqui segue uma maneira de encarar a situação.

  • Não estou aqui querendo reclamar de nosso espírito festivo como brasileiros, nem conclamar discussão sobre os Salmos que mencionam bater palmas no culto, mas me preocupa sempre a busca dos significados mais profundos do que fazemos, especialmente no culto. Ontem falei aos meus alunos de Filosofia da Religião sobre isso, mencionando que tem sido histórico o pregador pedir ao público para ficar de pé no momento da leitura da Bíblia e o argumento é que é uma reverência a Deus. Indaguei aos alunos que se estaremos ouvindo a Palavra de Deus – o nosso Rei – então não deveríamos ficar assentados, pois quando um rei fala, seus súditos devem ficar calados e assentados? Quando o súdito vai falar, é ele quem deve ficar de pé.

  • Assim, deveríamos ficar de pé apenas quando estivermos orando, confessando nossos pecados, cantando ao nosso Rei. Estes são os significados simbólicos por trás destes atos. 

  • Quando as pessoas batem palmas num culto é por que acharam bonita e emocionante a apresentação da música, como num show ou por que querem manifestar diante de Deus um estado de alegria, de adoração?

  • Você pode estar pensando que sou impertinente, mas minha preocupação é que tenhamos consciência mais precisa do que fazemos especialmente naquele ato significativo em que estaremos adorando ao nosso Deus, Criador e Salvador. Isso tudo para evitarmos cair no que o profeta Isaías advertiu: “... este povo se aproxima de mim, e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas tem afastado para longe de mim o seu coração, e o seu temor para comigo consiste em mandamentos de homens, aprendidos de cor.”

  • Em outras palavras, o culto se tornou um ritual, pois era somente rotineiro. As pessoas já não sabiam mais o significado das coisas. E, pior ainda, a vida delas já não representava mais aquele ato de culto, eram como sepulcros caiados.

  • A adoração deve ser fruto de uma vida consagrada, limpa, amorosa e não um mero ritual, um culto-show emocionante e fantástico.

 

Lourenço Stelio Rega

http://www.eclesia.com.br/revistadet1.asp?cod_artigos=982

5 comentários:

  1. Mestre, o senhor sabe muito bem o que penso disso tudo, não é mesmo?
    Tudo, enfim, resume-se ao último parágrafo desta postagem.
    Concordo plenamente!!! Ah, como seria bom se todos tivéssemos consciência disso, isto é, de que a verdadeira adoração começa em casa (vida no altar, consagrada, limpa, amorosa) para, então, refletir na igreja, trabalho etc.
    Pena haver, como diz o texto, tantos aplausos direcionados a holofotes, e não ao Deus altíssimo, o qual é digno de toda a honra, glória, poder e adoração!

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  2. Concordo com a irmã Tatiana, pois, estamos cercados de pirotcnias e manobras para tornar o culto uma verdadeira apoteose. Glória a Deus que ainda temos pessoas que conservam os bons costumes e não removem os limites!
    Glória a Deus!!!

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  3. Brilhante post.
    concordo a respeito da leitura da palavra tb, ateh pq n fazemos isso em ca!sa, de ler a palavra de´pé pq fariamos na igreja?
    Paz!!

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  4. é um tal de canta daqui canta dalí, e no final das contas só 15 min da palavra (mal explanada mtas vezes)

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  5. Infelizmente meu amado irmão "ekkesia",trata-se de uma realidade da qual não podemos fugir.Além de orar, precisamos "marcar" terreno no sentido de voz profética. Não nos conformemos com essa prática. A Palavra de Deus tem primazia, ou deveria ter em nossas reuniões.

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