Amanhã, dia 28 de abril, comemora-se em todo o Brasil, o "Dia da Educação!" Se eu pudesse, entrevistaria três figuras, personalidades que marcaram esse seguimento. Paulo Freire, Rubem Alves e Jesus Cristo.
Paulo Freire – por quê?
"Estar atento significa estar disponível ao espanto. Sem espanto não há ciência, não há criação artística. O espanto é um momento do processo de pesquisa, de busca. Essa postura de abertura ao espanto é uma exigência fundamental ao educador e à educadora. [...] O espanto não é o medo que ele tem nem é coisa de ignorante. O espanto revela a busca do saber."
Foi ele que desenvolveu numa proposta para a alfabetização de adultos. Paulo Freire criticava o sistema tradicional, o qual utilizava a cartilha como ferramenta central da didática para o ensino da leitura e da escrita. As cartilhas ensinavam pelo método da repetição de palavras soltas ou de frases criadas de forma forçosa, que comumente se denomina como linguagem de cartilha, por exemplo Eva viu a uva, o boi baba, a ave voa, dentre outros.
Freire aplicou publicamente seu método, pela primeira vez no Centro de Cultura Dona Olegarinha, um Círculo de Cultura do Movimento de Cultura Popular Recife Foi aplicado inicialmente com 5 alunos, dos quais três aprenderam a ler e escrever em 30 horas, outros 2 desistiram antes de concluir. Baseado na experiência de Angicos, onde em 45 dias alfabetizaram-se 300 trabalhadores, João Goulart, presidente na época, chamou Paulo Freire para organizar uma Campanha Nacional de Alfabetização. Essa campanha tinha como objetivo alfabetizar 2 milhões de pessoas, em 20.000 círculos de cultura, e já contava com a participação da comunidade - só no estado da Guanabara (Rio de Janeiro) se inscreveram 6.000 pessoas. Mas com o Golpe de 64 toda essa mobilização social foi reprimida, Paulo Freire foi considerado subversivo, foi preso e depois exilado. Assim, esse projeto foi abortado. Em seu lugar surgiu o MOBRAL uma iniciativa para a alfabetização, porém, distinta dos ideais freirianos.
Rubem Alves – por quê?
“O sujeito da educação é o corpo, porque é nele que está a vida. É o corpo que quer aprender para poder viver. É ele que dá as ordens. A inteligência é um instrumento do corpo cuja função é ajudá-lo a viver.”
Durante sua infância, enfrentou os problemas comuns ocasionados pelas freqüentes mudanças de estados e de escolas. Tais mudanças influenciaram sua atitude de introspecção que o levou à companhia dos livros e ao apoio da religião, base de sua educação
Ensinar" é descrito por Alves como um ato de alegria, um ofício que deve ser exercido com paixão e arte. É como a vida de um palhaço que entra no picadeiro todos os dias com a missão renovada de divertir. Ensinar é fazer aquele momento único e especial. Ridendo dicere severum: rindo, dizer coisas sérias. Mostrando que esta, na verdade é a forma mais eficaz e verdadeira de transmitir conhecimento. Agindo como um mago e não como um mágico. Não como alguém que ilude e sim como quem acredita e faz crer, que deve fazer acontecer.
Alves foi pastor de uma igreja presbiteriana e é Doutor em Teologia. Em alguns de seus textos, cita passagens da Bíblia valendo-se de metáforas figura comum nos textos bíblicos. Professor bom não é aquele que dá uma aula perfeita, explicando a matéria. Professor bom é aquele que transforma a matéria em brinquedo e seduz o aluno a brincar. Depois de seduzido o aluno, não há quem o segure
Educação - o que é?
Educação engloba os processos de ensinar e aprender, de ajuste e adaptação. É um fenômeno observado em qualquer sociedade e nos grupos constitutivos destas, responsável pela sua manutenção e perpetuação a partir da transposição, às gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade. Enquanto processo de sociabilização, a educação é exercida nos diversos espaços de convívio social, seja para a adequação do indivíduo à sociedade, do indivíduo ao grupo ou dos grupos à sociedade. Nesse sentido, educação coincide com os conceitos de socialização e endoculturação mas não se resume a estes. A prática educativa formal - observada em instituições específicas - se dá de forma intencional e com objetivos determinados, como no caso das escolas. No caso específico da educação formal exercida na escola, pode ser definida como Educação Escolar. No caso específico da educação exercida para a utilização dos recursos técnicos e tecnológicos e dos instrumentos e ferramentas de uma determinada comuniade, dá-se o nome Educação Tecnológica .
A principal meta do PDE – Plano de Desenvolvimento de Educaçãoé uma educação básica de qualidade, para isso srs governantes deve-se investir na educação profissional e na educação superior. Para isso se tornar realidade deve acontecer o envolvimento de todos: pais, alunos, professores e gestores, em busca da permanência do aluno na escola. Com o PDE o Ministério da Educação pretende mostrar tudo o que se passa dentro e fora da escola(tomara) e realizar uma grande prestação de contas. As iniciativas do MEC devem chegar a sala de aula para beneficiar a criança para atingir a qualidade que se deseja para a educação brasileira. O PDE foi editado no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal e este por premissas a visão sistêmica da educação, a sustentação da qualidade do ensino e a prioridade a educação básica.
Jesus Cristo – por quê?
Respeito e admiração a Paulo Freire e a Rubem Alves, deles sou leitor contumaz. Prefiro mesmo é Jesus Cristo. Ele sabia e compreendia a forma de pensar das pessoas. Foi o maior professor da história, porque, não só “filosofava”, mas sabia que cada pessoa só pode compreender as coisas a partir da sua perspectiva pessoal. Por isso ele ensinava por meio de parábolas. Com os devidos respeitos, ilustre Rubem Alves, mas, neste mister, ele superou a todos. A parábola é uma história que nos ajuda a compreender a realidade. Podemos extrair delas verdades que formos capazes de entender e aplicá-las em nossas vidas. As parábolas nos ajudarão a entender a vida. Isso é educação. Entender a vida não é simplesmente dizer o que ela é, mas extrair dela as inefáveis lições que não se percebe através de um olhar externo, mas numa visão vislumbrante, não é só ver, mas olhar. Ver não é ver. Você pode ver e não olhar. Você pode até olhar, mas não ver. Quando vemos, é, simplesmente o que está por fora. Jesus via por fora, entretanto olhava o coração. Perguntemos ao cego Bartimeu que, não via, porém conseguiu enxergar aquilo que ninguém via. Jesus conseguia fazer assim. Abrir os olhos dos cegos era sua especialidade. Mesmo daqueles que tinham os olhos abertos.
As parábolas não alteram os fatos da nossa vida – elas nos ajudam a olhá-los de outra maneira. Só podemos entender as coisas a partir da nossa própria perspectiva. Isso Jesus também nos ensinou. Ele, foi e sempre será o maior educador que o mundo conheceu!
Parabéns aos educadores de nosso país!
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