quarta-feira, 30 de setembro de 2009

“Há Propósitos de Deus nas Tempestades”

"Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos" (Sl 119.71)

É muito curioso que as plantas de mais vivas cores sejam encontradas nas mais altas montanhas, nos lugares exposto ao tempo mais rude. Os mais brilhantes liquens e musgos e as mais encantadoras florzinhas encontram-se em exuberância na altura de picos vergastados pelo vento e pela tempestade.

Uma das mais pródigas exibições de colorido que já contemplei (em vídeo) no mundo vegetal encontrava-se perto do cume do monte C., de mais ou menos três mil metros de altura. Toda uma fase da extensa rocha estava coberta de um líquen do mais vibrante amarelo, que resplandecia à luz do sol como se fosse a amurada de um castelo encantado.

Ali naquelas alturas, no meio de um cenário de desolação, exposto à fúria bruta das tempestades, esse líquen ostentava tons gloriosos como jamais apresentava nas regiões abrigadas do vale.

Tenho diante de mim enquanto escrevo, fotos de dois espécimes do mesmo líquen: um da montanha outro dos muros de um castelo escocês, ensombrecido entre sicômoros. A diferença entre eles, em forma e cor, é notável.

O espécime que se desenvolveu por entre as fortes tempestades da montanha é de um lindo matiz amarelo-pálido, e é maior em contextura e completo na forma; enquanto o espécime cultivado ao ar suave e às brancas chuvas do vale é de um fosco tom de ferrugem e de contextura escamosa e formato irregular.

E não é assim com o crente que é afligido pelas tempestades e desprovido de consoladores?

Enquanto não é batido e rebatido pelas tempestades e vicissitudes da providência de Deus, seu caráter mostra-se como que rude e obscurecido.

As aflições, porém, vão removendo a obscuridade, aperfeiçoam as formas de sua disposição interior e dão brilho e bênção à sua vida.

“Siga Sempre a Direção do Espírito Santo”

"Defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu" (At 16.7)

Que estranha proibição! Aqueles homens iam para a Bitínia exatamente para fazer a obra de Cristo, e a porta foi fechada diante deles pelo próprio Espírito Cristo. Eu também já experimentei isto em certas ocasiões. Já me vi algumas vezes sendo obrigado a interromper uma carreira que me parecia útil e abençoada.

Veio a oposição e me forçou para voltar a trás; ou doença, e me impeliu a retirar-me para um deserto à parte.

Foi difícil, nessas ocasiões, deixar incompleto um trabalho, que eu acreditava ser uma obra do Espírito. Mas vim a me lembrar que o Espírito não tem somente serviços de atividade, mas também serviços de espera. Comecei a ver que no reino de Cristo não há somente momentos de ação, mas ocasiões em que se proíbe a ação.

Vim a aprender que o lugar deserto à parte é muitas vezes o lugar de maior utilidade na variada vida humana: mais rico em colheita do que as estações em que o trigo e o vinho foram abundantes.

Tenho tido que agradecer ao Bendito Espírito o fato de ter sido impedido de visitar muitas e estimadas Bitínias.

Assim, Espírito Santo, quero continuar a ser dirigido por Ti, ainda que venham desapontamentos em planos que me pareçam de utilidade.

Hoje a porta parece estar aberta para viver e trabalhar para Ti; amanhã, ela se fecha diante de mim exatamente quando estou para entrar por ela.

Ensina-me a ver outra porta, no próprio fato de ficar parado. Ajuda-me a achar a proibição de te servir ali, uma nova área de serviço. Inspira-me com o conhecimento de que um homem pode, às vezes, ser chamado a fazer o seu dever, não fazendo nada; a trabalhar, ficando quieto; a servir, pela espera.

Se me lembrar de quanto poder há na "voz mansa e delicada", não me queixarei se às vezes essa mesma voz, a Voz do Espírito, me disser: Não, não vá.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Qual direção seguir?

"... tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia." (At 16.6)

 

 

É interessante observar os métodos pelos quais Deus guiou estes primeiros arautos da Cruz. Consistiram em várias proibições quando eles intentavam tomar outra posição que não fosse certa. Quando iam dirigir-se à esquerda, para a Ásia, Ele os fez parar. Quando procuraram tomar a direita, para a Bitínia, novamente os fez parar.

 

 

Anos mais tarde Paulo iria fazer exatamente naquela região um dos maiores trabalhos de sua vida, mas agora a porta para lá lhe era fechada pelo Espírito Santo: a ocasião não era propícia par ao ataque às aparentemente inconquistáveis fortalezas de Satanás.

 

 

Apolo é que devia ir ali para uma obra pioneira. Paulo e Barnabé eram necessários mais urgentemente em outro lugar, e precisavam receber ainda um preparo maior antes de assumir aquela tarefa de tanta responsabilidade.

 

 

Caro irmão, sempre que você estiver em dúvida sobre a direção a tomar, submeta inteiramente o seu julgamento ao Espírito de Deus, e peça-lhe para fechar diante de você todas as portas, menos a certa.

 

 

Diga-lhe: "Bendito Espírito de Deus, eu lanço sobre Ti a inteira responsabilidade de fechares diante de meus passos toda e qualquer direção que não seja de Deus. Faze-me ouvir a Tua voz atrás de mim, toda vez que eu me desviar para direita ou para a esquerda.

 

 

Enquanto isso, continue na vereda em que está. Fique na vocação em que foi chamado, até que lhe seja claramente apontado um outro caminho. O Espírito de Jesus espera desejoso de ser também para nós o que ele foi para Paulo.

 

 

Precisamos apenas ter o cuidado de obedecer até mesmo à menor proibição que Ele nos fizer. E após a oração da fé, se houver diante de nós um caminho sem obstáculos aparentes, sigamos por ali, com o coração contente.

 

 

Não nos devemos surpreender se a resposta for uma porta fechada. Quando as portas estão fechadas à direita e à esquerda, é certo haver uma estrada para Trôade. Ali nos espera Lucas, e visões nos apontarão o caminho onde vastas oportunidades estão abertas e amigos fiéis estão à nossa espera.

 

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

“Velhas Embarcações – Eternas Mobílias”

"...como se recolhe o feixe de trigo a seu tempo." (Jó 5.26)

 

Escrevendo sobre aproveitamento de velhas embarcações, um entendido no assunto afirmou que não é só a idade que faz melhorar as fibras da madeira de um velho navio, mas ainda as pressões e embates que o barco sofre no mar, bem como a ação química da água e de muitas espécies de carga que acumulam no seu fundo.

 

Algumas pranchas e compensados feitos de uma viga de carvalho que havia sido parte de um navio de oitenta anos forma exibidas numa boa casa de móveis na Broadway, em Nova Iorque, e atraíram a atenção geral por seu raro colorido e textura perfeita.

 

Igualmente notáveis foram algumas vigas de mogno tiradas de uma embarcação que cruzou os mares há sessenta anos. O tempo e o tráfego lhes haviam contraído os poros e aprofundado a cor de tal modo, que esta se apresentava tão magnífica em sua intensidade cromática como um vaso chinês da antiguidade.

 

Com elas fez-se um armário que figura hoje em lugar de destaque na sala de visitas de uma rica família, em Nova Iorque. Fazendo um paralelo, há uma grande diferença entre as pessoas de idade que tiveram uma vida indolente, foram inúteis e indulgentes consigo mesmas, e aquelas que navegaram por todos os mares da vida e levaram todo tipo de carga como servos de Deus e ajudadores de seus semelhantes.

 

Não somente os embates e pressões da vida, mas também algo da doçura das cargas transportadas, penetra na vida dessas pessoas e nas fibras de seu caráter.

Os “Tempos” de Deus

"Sara concebeu e deu à luz um filho a Abraão na sua velhice, no tempo determinado de que Deus lhe falara." (Gn 21.1)

 

"O conselho do Senhor dura para sempre; os desígnios do seu coração, por todas as gerações". (Sl 33.11) Mas nós precisamos estar preparados para esperar o tempo de Deus. Deus tem seus tempos determinados. Não cabe a nós conhecê-los; na verdade, não podemos conhecê-los; precisamos esperar por eles.

 

Se Deus tivesse dito a Abraão em Harã que ele precisaria esperar trinta anos até poder abraçar a criança prometida,s eu ânimo teria desfalecido. Assim, como o desvelo do amor, Deus ocultou-lhe a longura dos anos exaustivos, e só quando já estavam prestes a acabar-se e havia apenas alguns meses a esperar, é que Deus lhe falou: "...Daqui a um ano, neste mesmo tempo, voltarei a ti, e Sara terá um filho." (Gn 18.14)

 

Finalmente chegou o tempo determinado; e então o riso que encheu o lar do patriarca fez o idoso casal esquecer-se da longa vigília.

 

Aquele que espera no Senhor, anime-se, pois espera por Alguém que não o pode desapontar; e que não se atrasará cinco minutos do momento determinado; mais um pouco, e a sua tristeza será transformada em regozijo.

 

Como seremos felizes quando Deus nos fizer sorrir! Então a tristeza e o pranto fugirão para sempre, como as trevas diante da aurora.

 

Não compete a nós, passageiros, nos preocuparmos com o mapa e a bússola. Deixemos o hábil piloto cuidar do seu próprio trabalho.

 

Há coisas que não podem ser feitas num dia. Deus não faz a glória de um pôr – do –sol num momento, mas pode levar vários dias ajuntando as névoas com que formará os belos palácios do ocaso.

 

Saibamos, pois, esperar o tempo do Senhor!

 

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O Batismo em Águas - Responsabilidade, Compromisso e Testemunho

O Batismo em Águas

 

O Cristianismo bíblico não é ritualista nem sacramental. O sacramentalismo crê que uma graça divina especial é concedida aos participantes de certo rituais prescritos. Usualmente é asseverado pelas igrejas sacramentalistas que a graça é recebida quer tenham ou não participantes um fé ativa – tudo quanto a pessoa precisa fazer é passar pela forma externa.

 

Embora a obediência ás duas ordenanças esteja prescrita no Novo Testamento, nenhum método especial é vinculado a tal obediência. Conforme o tempo foi se passando, a Igreja Romana foi adicionando outros sacramentos., que, agora, aqui, não cabe explicitá-los.

 

O batismo em águas simboliza o começo da vida espiritual. Trata-se de uma declaração pública de nossa identificação com Jesus, em sua morte e ressurreição, que tornou possível a nova vida que temos nEle(Rm 6.1-4). Pedro compara o batismo a Noé e sua família, que atravessaram incólumes o dilúvio, estando na arca. (1Pe 3.20,21)

 

As águas do dilúvio trouxeram juízo contra um mundo corrupto e cheio de violência (Gn 5.11). Portanto, a água do batismo simboliza o juízo sofrido por Jesus em favor da humanidade, na sua morte. As águas do dilúvio não salvaram Noé. Mas o fato de ter atravessado o dilúvio e ser salvo do julgamento, serviu como testemunho da fé que demonstrara antes do dilúvio – fé essa que o levou e à sua família – a crer e obedecer a Deus, construindo a arca.

 

Assim também as águas do batismo. Elas não visam limpar-nos, mas servem como testemunho da nossa fé no ressurreto Senhor Jesus Cristo, uma fé que devemos ter antes de entrarmos na água. Portanto, não é a água que nos salva, e sim o que ela representa: a ressurreição de Jesus Cristo, que mostra a aceitação de Deus ao sacrifício de seu Filho, em nosso favor e lugar. O Novo Testamento, claramente nos apresenta o sangue de Jesus e não as águas que nos purifica e perdoa. Mediante o sangue somos justificados (Rm 5.9), nossa consciência é purificada (Hb 9.14) e somos redimidos (1Pe 1.19).

 

Quando Pedro se refere ao batismo "para perdão dos pecados" (At 2.38), usa a mesma construção grega empregada por João Batista quando disse: " Eu... vos batizo com água para arrependimento" (Mt 3.11). O batismo de João não produzia o arrependimento. Na verdade, o Batista recusou-se a batizar os fariseus e os saduceus enquanto não exibissem o fruto do arrependimento, ou seja, enquanto não demonstrasse que estavam arrependidos (Mt 3.7,8). Assim, "para arrependimento", significa "por causa do arrependimento" ou como testemunho do arrependimento". De igual modo, "para perdão dos pecados" significa "por causa do perdão dos pecados", ou "como testemunho de que os pecados vos foram perdoados".A menos que uma pessoa tenha crido e sido purificada pelo sangue de Cristo, o batismo em águas nada significa. Mas no caso de quem nasceu de novo, ou seja, foi purificado pelo sangue e justificado, o batismo torna-se não somente um testemunho, mas um compromisso de viver uma nova vida no poder do Cristo ressurreto.

 

Quem, pois, é candidato ao batismo em águas? O Novo Testamento ensina que o batismo em águas é somente para os crentes. Em consonância à ilustração de Pedro, Noé confiou em Deus antes de atravessar o dilúvio (Hb 11.7). Jesus ordenou a seus seguidores que fizessem discípulos e então os batizassem (Mt 28.19). Em Marcos 16.16, o crer antecede ao batismo" Quando o diácono Filipe percorreu Samaria, sua pregação e os milagres produziam "grande alegria naquela cidade" (At 8.8). " Mas como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do Reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres" (At 8.12).

 

O batismo dessas pessoas ocorreu depois de terem crido. E, na casa de Cornélio, não somente creram todos, mas foram batizados no Espírito Santo, falaram em línguas e louvaram a Deus antes de serem batizados em águas.

 

Quanto ao batismo infantil, não há cabimento bíblico para tal. Os infantes são incapazes de arrependimento, fé ou testemunho público da salvação recebida. De fato, eles não têm pecados dos quais possam arrepender-se. Isso significa que as crianças que morrem antes da idade da responsabilidade são salvas através da redenção por Cristo. (LC 18.16)

 

A imersão, no batismo, transmite o pleno significado de passagens como Romanos 6.1-4, onde a descida às águas simboliza a Cristo. Algumas denominações tomam Ezequiel 36.25, que mostra Deus aspergindo água limpa sobre restaurada nação de Israel, como fundamento para o batismo por aspersão. Entretanto, a palavra grega baptizo significa claramente "mergulhar", "imergir". Era usada na antiga literatura não cristã para indicar "mergulhar", "afundar" "empapar", "avassalar". Outrossim, notemos que João Batista estava batizando em Enom, porque "havia ali muitas águas"(Jo 3.23)

 

Quando Jesus foi batizado, lemos: "Logo que saiu da água" (Mc 1.10). Quando Filipe batizou o eunuco etíope, "desceram ambos à água". Ato contínuo "saíram da água" (At 8.38,39). Todos estes detalhes apontam conclusivamente para a imersão como o verdadeiro modo de batismo.

 

Por fim, o batismo em águas deverá ser levado a termo como comprometimento sério que o novo convertido submete-se no sentido de testemunhar publicamente que ele, a partir daquele ato, decide mudar definitivamente sua conduta para viver de acordo com os ditames da Palavra de Deus.

 

Não adianta batizar-se simplesmente para dar satisfação ou agradar a quem quer que seja. Todos os batizandos deverão estar previamente orientados e ensinados acerca da decisão ensejada. Para isso, deverão contar com o auxílio de seus líderes, professores e pastores

 

 

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Unção, Nova Unção, Unção dos 04 Seres Viventes, Modismos etc” Parte 2.

 

 

  • Lamento profundamente o ocorrido e culpo a nós mesmos, os pastores que não temos cuidado do rebanho da forma e maneira que Deus nos confiou. Não temos tempo ou culto para ensinar a Palavra de Deus com primazia. Nossos cultos tem e tudo menos ensino ou exposição da Palavra como ela realmente é e deve ser pregada. Tal cantora até se desculpou, entretanto, quanto prejuízo sua atitude anterior não deve ter causado no Reino.

 

 

  • Acredito e respeito aqueles que, tementes a Deus, tenham recebido uma visita do Espírito Santo, tão plena que não sabem o que esteja ocorrendo consigo mesmo, como foi o caso de uma jovem que me procurou ontem, e precisava de orientação bíblica de como proceder nesses casos. Entretanto não podemos aceitar biblicamente como sendo a suposta "unção dos quatro seres viventes".

 

  • Meu respeito a você que esteja "empolgado". Infelizmente não posso fazer vista grossa a esses modismos e, concordar com esse falso ensino.

 

 

  • Os quatro seres viventes cantam sem cessar uma única canção, uma eterna celebração de louvor: "Santo, Santo, Santo". Esse estribilho tem sido entoado nos céus desde o início do mundo e foi ouvido por Isaías há muito tempo. Os seres viventes ainda continuavam cantando quando João visitou o céu.

 

  • Deus não é egoísta a ponto de criar bajuladores para sentarem-se ao seu lado e entoar-lhe louvores. Se assim fosse, teria feito esses seres fracos e dependentes. No entanto, temos a impressão de que Deus criou esses quatro seres tão poderosos e ferozes quanto possível. Apesar disso, estão tão perto do trono de Deus, que se sentem completamente envolvidos por sua presença. Gozando eternamente de sua glória, nada lhes resta a não ser adorá-lo.

     

  • Mas o que existe em Deus capaz de envolvê-los ou dominá-los? É a sua santidade e não a sua sabedoria, poder ou glória. A santidade de sua presença é tão poderosa que aniquila os impuros que se aproximam (Êx 28.35,43;30.20,21). Talvez C.S. Lewis tenha expressado melhor essa idéia quando disse que nosso corpo mortal é demasiadamente fraco para suportar uma simples fração da presença de Deus. Certamente nos desfaríamos caso experimentássemos um pouco mais dessa presença.

     

  • Os nossos corpos não serão glorificados para que estejam protegidos do sofrimento, mas para que sejamos fortalecidos e assim possamos estar na presença de Deus.

 

 

 

  • Deus restaura, sim, a nossa unção recebida dEle, entretanto isso não significa "uma nova unção", como estão pregando, propalando e divulgando, inclusive por figuras internacionalmente conhecidas, sobretudo do Movimento Pentecostal. A unção coletiva do Espírito Santo sobre os membros do corpo de Cristo; aqueles que são regenerados pelo Espírito 2Co 1.21; 1Jo 2.20,27, é chamada de "unção do santo" 1Jo 2.20. Unção que nos separa do mal; que nos santifica para Deus e para o Seu uso. Nada de mistura com o mal, com as trevas, com o pecado ou com qualquer outra coisa que é oposto a Palavra de Deus e a Sua vontade. É unção que fica, "fica em vós", 1Jo 2.27. É unção que permanece. É unção que ensina. "A sua unção vos ensina 1Jo 2.27. "Que vos ensina todas as coisas", pois o Espírito sabe todas as coisas. É unção que não mente. "E não é mentira" 1Jo 2.27. Isto é, ela não contém engano, logro, fraude, falsidade, truque, desonestidade. Neste caso, João é claro dizendo em outras palavras que : a) Todos os crentes podem estudar e conhecer a verdade de Deus e aprender uns dos outros, mediante o mútuo ensino, exortação e instrução (Mt 28.20; Cl 3.16; Ef 3.18); b) Dessa forma, os crentes têm duas salvaguardas contra o erro doutrinário, a revelação bíblica(1Jo 2.24) e o Espírito Santo; c) O crente não precisa dos que ensinam doutrinas extrabíblicas.O termo unção, na Bíblia, remete para óleo, azeite; símbolos do Espírito Santo.Em outra palavras, os crentes devem permanecer no ensino da Unção dada por Jesus. Ainda, devemos atentar para o cuidado de que Deus é soberano e opera como, quando e por quem ele quer! Entretanto, dentro de um princípio de uma descomprometida hermenêutica, Deus nunca contradiz a sua Palavra.Enfim, a unção que dEle recebemos é unção que fica.

     

     

  • Pessoas e coisas eram ungidas no Antigo Testamento a fim de significar santidade ou separação para Deus: colunas (cf Gn 28.19; o tabernáculo e seu mobiliário9Êx 30.22 e segs.); os escudos (2Sm 1.21; Is 21.5; provavelmente a fim de consagrá-los para a 'guerra santa'. Vd Dt 23.9 e segs.); os reis (Jz 9.8; 2Sm 2.4; 1Rs 1.34); os sacerdotes (Êx 28.41); os profetas (1Rs 19.16). A importância e a solenidade da unção é demonstrada, primeiramente, pelo fato que era uma ofensa capital compor o azeite santo para qualquer propósito comum (Êx 30.32,33); em segundo lugar, pela autoridade que a unção emprestava, de tal modo que por exemplo, apesar de os colegas comandantes de Jeú terem zombado do profeta chamando-o de 'louco', não ousaram resistir as implicações de sua ação, mas aceitaram sem levantar dúvidas que aquele que fora ungido como rei certamente devia ser rei (2Rs 9.11-13); em terceiro lugar, pelo efeito produzido no ungido, quando a pessoa ou coisa ungida se tornava santa (Êx 30.22-33) e sacrossanta (1Sm 24.7, etc.).

 

 

  • Fundamentalmente, a unção era um ato de Deus (1Sm 10.1)e não de homem – que explica o respeito em que era mantida – enquanto que a palavra 'ungido' era usada até mesmo metaforicamente para significar a doação do favor divino (Sl 23.5;92.10) ou nomeação para algum lugar ou função especial do propósito de Deus (Sl 105.15; Is 45.1). Além disso, a unção simbolizava equipamento para o serviço, e é associada ao derramamento do Espírito de Deus (1Sm 10.1,9; 16.13; Is 61.1; Zc 4.1-14).

 

  • Esse emprego é levado até o Novo Testamento (At 10.38; 1Jo 2.20,27). O uso do azeite para ungir os enfermos (Tg 5.14) é algo que aponta para o Espírito Santo, o doador da Vida.

 

 

Unção, Nova Unção, Unção dos 04 Seres Viventes, Modismos etc”Parte 1.

 

Claudia

Para: "ministeriobethesda@yahoo.com.br" <ministeriobethesda@yahoo.com.br>

Enviadas: Quarta-feira, 12 de Agosto de 2009 11:50:06

Assunto: Unção dos 4 seres viventes

 

Obrigada, fique com Deus.

Gostaria de saber sua opinião sobre o movimento "Unção dos 4 seres viventes"

 

Drica : pr. Gostaria que postasse algo sobre nova unção, unção nova etc... os 04 seres..

o que o sr puder para esclarecer algumas dúvidas

grata

Unção, Nova Unção, Unção dos 04 Seres Viventes, Modismos etc" Parte 1.

 

  • Ultimamente, com as doutrinas neo-pentecostais têm surgido muitas doutrinas paralelas, como a chamada Confissão Positiva (Evangelho da Saúde e da Prosperidade, Quebra de Maldições, Maldições Hereditárias, Maldição de Família e Pecado de Geração, Nova Unção); pregada por avivalistas, inclusive por líderes das Assembléias de Deus, em acampamentos cristãos, em congressos, em escolas bíblicas de férias e na televisão; e por mentores católicos carismáticos no exercício do Toque do Tom, da Cura Diferencial e do Exorcismo. Todos estes, evangélicos ou não, sem nenhuma consulta à exegese bíblica ou alicerces e filtro teológico, ensinam sempre sob a orientação filosófica de seu pai, Essek William Kenyon e de seus principais porta-vozes, Kenneth Hagin, Marilyn Hickey, Kenneth Copeland, Robert Schüller, Benny Hinn e Jorge Tadeu.

 

  • Muito mais agora, incentivado por uma 'cantora gospel' que engatinhou de forma supostamente "profética" em cima de um palco demonstrando total falta de conhecimento e preparo bíblico, muito menos cabimento dentro das doutrinas esposadas pelas Escrituras Sagradas, levando muitos incautos ao delírio, alucinação e, no mínimo cometerem um escândalo vexatório à frente das câmeras. Segundo ela (a cantora), foi uma experiência nova, andar na unção do Leão da Tribo de Judá.

 

  • Com essa mesma linha de conduta, surgiu a Unção dos Quatro seres viventes baseada em Apocalipse "4". Os adeptos de tal "ensino" insistem: " ...a queles que receberam ou buscam esta unção tremenda com o objetivo de adorarem aquele que é digno de toda a adoração, louvor e glória, aquele que nos tirou das trevas para sua maravilhosa luz".

 

  • Também recebi este: "eu agradeço mtu a Deus por ele me abençoar com a unçao dos 4 seres e me abençoar com todas mas foram mts lutas para eu coseguir essa vitoria .se vc ainda nao foi batizado com a unçao dos 4 seres busque mais De Deus.e se vc nao conhece sobre os quatro seres leia:Ez.1.vc vai amar conhecer os 4 seres e obter a unçao.Bjinhos se vc's quiserem me add no orkut ih conhecer meu ministerio e so add".

 

  • Nunca vi tamanho absurdo! Chego a entristecer-me. Esses supostos "adoradores" alegam que esta é a "adoração que Deus deseja!"

 

 

  • Pensei na instrução de Jesus aos discípulos que deveriam permanecer da cidade até que do alto seriam revestidos de poder. Lembrei-me também de Pedro que, após a descida do Espírito Santo no Pentecostes tomou a palavra e explicou de acordo com a sincronia do Antigo para o Novo Testamento o que estava ocorrendo com aqueles que foram "cheios do Espírito Santo".

     

  • A Igreja Primitiva era biblicocêntrica e Cristocêntrica. Porque em momento algum da sua história, os apóstolos, líderes, colunas da igreja não manifestaram esta orientação para nós? Pedro e João devem indagarem-se entre si! Como colunas da igreja não receberam tal unção, muito menos instrução. O que pensar de Paulo que foi ao terceiro céu? Se o próprio João quem escreveu o Apocalipse não recebeu esta unção. Meu Deus!

 

  • A ordem era para buscarmos o Batismo com o Espírito Santo, porém agora é a de buscarmos a "unção dos quatro seres viventes". Que tristeza! Ouvi um testemunho de um dos adeptos que: "ninguém poderá adorar a Deus de verdade se não receber estas 04 unçãos".

 

  • Acho que quem se enganou foi o próprio Senhor Jesus. Ele, certamente deve ter se equivocado quando disse a mulher samaritana "Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade". Jo 4.23,24

 

  • Jesus deveria ter dito: "Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai depois que receberem a unção dos quatro seres viventes,leão, águia, boi e homem, em espírito e em verdade."
  1. Procure saber se estes adeptos:
  1. São alunos da Escola Bíblia Dominical
  2. São participantes dos Cultos em que a Palavra é Ensinada
  3. São participantes dos Cultos Administrativos da Igreja
  4. São alunos de Seminário Genuinamente Teológico
  5. São obedientes aos seus líderes e pastores
  6. Têm compromisso com a sua Igreja
  7. Têm vida consagrada a Deus
  8. Dão testemunhos de vida em casa, rua e trabalho

Aula para os alunos do CPPED - Curso para Preparação de Professores da Escola Biblica Dominical

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A mágoa cega e impede o vislumbre da exuberância da vida"

"Achava-se ali, sentadas em frente da sepultura, Maria Madalena e a outra Maria." Mt 27.61
Que coisa sem sentido é a mágoa. Ela nos impede de aprender e conhecer, e até mesmo de querer aprender. Quando aquelas mulheres sentaram-se tristes junto ao sepulcro do Filho de Deus, acaso viram os dois mil anos de triunfo chegaram até nós? Não. Elas nada viram senão isto: " Nosso Cristo se foi!"
O nosso Cristo veio daquela perda que elas sofreram! Milhares de corações que choram têm tido ressurreição, no meio de sua tristeza; mas os observadores chorosos olham para o prenúncio de vida que ali desponta, e nada vêem. O que as mulheres contemplavam como o fim da vida era exatamente a preparação para a coroação: pois Cristo estava no silêncio, para que pudesse viver outra vez com toda a exuberância de poder.
Elas não viam isto. Lamentaram, e choraram, e se foram; depois voltaram ao sepulcro, movidas pelo coração. Ainda não passava de um sepulcro - sem futuro, sem mensagem, sem significado.
Conosco também é assim. O homem senta-se em frente ao sepulcro no seu jardim, e diz: " Esta tristeza é irremediável. Não vejo nela benefício algum. Não tirarei dela consolação." Contudo, muitas vezes é nas piores adversidades que está o poder de Cristo, esperando o momento de entrar em cena para nos livrar.
Onde parece estar a nossa morte, está o nosso Salvador. Onde termina a esperança, aí está o mais promissor começo dos frutos. Onde a treva é mais densa, aí está para raiar a fulgurante luz que não conhece ocaso. Quando a experiência toda está consumada, nós descobrimos que o jardim não é desfigurado pela presença do sepulcro.
Nossas alegrias se tornam melhores se há tristeza no meio delas. E as nossas trsitezas são iluminadas pelas alegrias que Deus plantou à sua volta. As flores podem não ser as de que mais gostamos, mas são flores do coração - amor, esperança, fé, alegria, paz - estas são as flores plantadas ao redor de cada sepultara cavada no coração do crente.

" Não sou piloto, Não sou vento! Cantor? Também não, mas preciso cantar"

".. Eu te farei cavalgar sobre os altos da terra..." Is 58.14

Dizem que uma das primeiras regras que um piloto aprende é pôr o avião de encontro ao vento e voar contra ele. O vento o eleva a maiores alturas. Onde foi o que aprenderam isto? Foi com as aves. Se um pássaro está voando por prazer, ele vai ao sabor do vento. Mas se enfrenta algum perigo, faz meia-volta e voa contra o vento, a fim de ir mais para cima; e sobe cada vez mais alto.

Os sofrimentos são os ventos de Deus, ventos contrários, às vezes ventos fortes. Sãos os furacões de Deus, mas tomam a nossa vida e a elevam a alturas maiores e em direção aos céus de Deus.

Todos nós já observamos no verão dias em qual atmosfera está tão opressiva que é até difícil respirar. mas depois aparece uma nuvem no horizonte, ao ocidente, e ela crescer, e se derrama em rica bênção sobre a terra. É o relâmpago que corta os ares, é o trovão que ressoa, é a pesada chuva que cai. A atmosfera fica leve, e há um vida nova no ar; tudo mudou.

Exatamente esse mesmo princípio é o que opera na vida humana. Quando a tempestade cai, a atmosfera do coração se transforma, é purificada e recebe vida nova; uma parte do céu é trazida à terra.

Os obstáculos deveriam fazer cantar. O vento canta, não quando está atravessando a amplidão dos mares, mas quando encontra o obstáculo dos braços das árvores ou quando é quebrado pelas finas cordas de uma harpa eólica. então ele canta, com poder e beleza.

Libertemos nossa alma para cruzar os obstáculos da vida, as sombrias florestas da dor, ou até mesmo os pequenos embaraços e aborrecimentos que o próprio amor oferece, e ela também cantará

" Todas as coisas contribuíram juntamente para o bem"

"Decorridos quarenta anos, apareceu-lhe, no deserto do monte Sinai, um anjo, por entre as chamas de uma sarça que ardia. Disse-lhe o Senhor... Vi, com efeito, o sofrimento do meu povo no Egito, ouvi o seu gemido e desci para libertá-lo. Vem agora, e eu te enviarei ao Egito"              
At 7.30,33,34.
Essa foi uma longa espera, em preparação para uma grande missão. Quando Deus parece "tardar", ele não está inativo. Está preparando seus instrumentos, está deixando amadurecer nossos poderes; e no momento aprazado, nos levantaremos à altura da nossa tarefa. Mesmo Jesus de Nazaré permaneceu trinta anos no silêncio, crescendo em sabedoria, antes de começar a sua obra.
Deus nunca está com pressa. Ele gasta muito tempo preparando aqueles que pretende usar para um serviço mais importante na sua obra. Ele nunca considera o tempo da preparação demasiadamente longo nem desnecessário.
O ingrediente mais difícil de se suportar é, muitas vezes, o tempo. Um golpe agudo e rápido é suportado mais facilmente, mas quando um sofrimento se arrasta por anos longos e monótonos, e a cada dia continua presente, com a mesma rotina enfadonha de irremediável agonia, o coração perde força, e, sem a graça de Deus, certamente cairá num amargo desespero. 
Longa foi a prova de José,e, muitas vezes, Deus tem de gravar suas lições no nosso coração por meio do fogo de uma dor prolongada. " Assentar-se-á como um ourives e refinador de prata", mas ele sabe por quanto tempo, e como um verdadeiro ourives ele diminui o fogo no momento em que vê a sua imagem no metal brilhante.
Podemos não ver agora o resultado do plano grandioso que Deus está ocultando na sombra de sua mão; e este pode ser-nos ainda oculto por muito tempo; mas a fé pode estar certa de que ele etsá assentado no trono, esperando calmamente pela hora em que, em arrebatamento e adoração diremos: "Todas as coisas contribuíram juntamente para o bem". Sejamos, à semelhança de José, mais cuidadosos para aprender as lições na escola da dor, do que ansiosos pela hora do livramento. Há um "se necessário" para cada lição, e quando estivermos prontos, por certo virá o livramento, e descobriremos que não poderíamos ter permanecido firmes no nosso posto de serviço, sem as lições que aprendemos na fornalha da provação. 
Deus está nos educando para o futuro, para um serviço mais elevado e para bênçãos mais sublimes; e se temos qualidades que nos habilitam para uma posição de autoridade, nada nos poderá impedir de ocupá-la, quando chegar o tempo de Deus.
Não roubemos da mão de Deus o amanhã. Devemos dar-lhe tempo para falar conosco e revelar-nos a sua vontade. Ele nunca está atrasado; aprendamos a esperar.
Não corramos afoitamente adiante do Senhor; aprendamos a esperar pelo seu tempo: tanto o ponteiro dos minutos como o ponteiro das horas precisam estar apontando o momento da ação.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

"A Mariposa Imperial"

"Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada." Rm 8.18

Há um fato curioso a respeito da mariposa imperial: ela sai do casulo por uma abertura que nos parece pequena demais para o seu corpo. E, interessante, não deixa vestígio de sua passagem: um casulo vazio é tão perfeito como um casulo ocupado. Vim a saber que, segundo se supõe, a exígua abertura desse casulo é uma provisão da natureza para forçar a circulação dos humores nas asas da mariposa, asas que ao tempo da eclosão são menores que as de outras insetos congêneres.

Certa vez, um homem, guardou por bom tempo um desses casulos, que têm interessante forma cilíndrica. Estava ocupado. Ele anelava por ver chegar o dia da saída do inseto. finalmente o dia esperado chegou: e lá ficou observando, em uma amanhã, interrompendo a todo o momento o seu serviço, para observa a trabalhosa saída da mariposa.

No entender daquele homem, aquela saída estava trabalhosa demais! Pensou que talvez fosse ter o casulo ficado tanto tempo fora de seu habitar, quem sabe em condições desfavoráveis. Podia ser que suas fibras se tivessem ressecado ou enrijecido. E agora o pobre inseto não teria condições de sair dali.

Depois de muito pensar, arvorando-se mais sábio e compassivo que seu Criador, resolveu dar-lhe uma pequena ajuda. tomou uma tesoura e deu um pique no fiozinho que lhe embaraçava a saída. Pronto! Sem mais dificuldade, lá saiu a sua mariposa, arrastando um corpo intumescido. Ficou atento e curioso para ver a expressão de suas asas encolhidas, o que é um espetáculo admirável aos olhos do observador. Olhava curiosamente aqueles minúsculos pontos coloridos, ansioso por vê-los dilatarem-se, formando os desenhos que fazem da mariposa imperial a mais bela de sua espécie. Mas, ainda... E o fenômeno nunca se deu.

Na pressa de ver o inseto em liberdade, ele havia, sem o saber impedido que se completasse o laborioso processo que estimularia a circulação nos minúsculos vasos de suas asas! E a sua mariposa, criada para voar livremente pelos ares, atravessou sua curta existência arrastando um corpo disforme, com asas atrofiadas.

Muitas e muitas vezes tenho me lembrado desse incidente, quando observo, com olhos compassivos, pessoas que se estão debatendo em meio a sofrimento, angústia e dores. Eu de bom grado lhes cortaria a disciplina e daria liberdade. Homem sem visão! qual dessas dores poderia sem dano ser poupada?

A perfeita visão, o perfeito amor, que deseja a perfeição de seu objeto, não recua por uma fraqueza sentimental diante do sofrimento presente e transitório. O amor de nosso Pai é muito verdadeiro para fraquejar. Porque Ele ama a Seus filhos, Ele os corrige, a fim de fazê-los participantes da sua santidade. Com esse glorioso fim em vista, Ele não nos poupa o pranto. Aperfeiçoados através do sofrimento, como Seu Irmão mais velho, os filhos de Deus são exercitados na obediência e trazidos à glória através de muita tribulação.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

" Escola de Preparação de Obreiros e Professores da Escola Dominical" -Ministrada na ADIG e Aula do CPPED

" Qual entre todos estes não sabe que a mão do Senhor fez isto?" Jó 12.9

Há anos achou-se na África um dos mais magníficos diamantes da História. Foi oferecido ao rei da Inglaterra, para fulgurar na sua coroa. O rei enviou-o a Amsterdam para ser lapidado, e foi poso nas mãos de um especialista. E o que fez ele?

Tomou a valiosa gema e fez nela uma marca. Então deu-lhe com seu instrumento um golpe seco. E pronto, lá estava a soberba pedra dividida em dois pedaços! Que imprudência, que desperdício, que descaso criminoso!

De modo algum. Por dias e semanas aquele golpe havia sido estudado e planejado. Desenhos e modelos haviam sido feitos da pedra. Suas qualidades, seus defeitos, as linhas do corte, tudo havia sido estudado com extremo cuidado. O homem a quem ela estava entregue era um dos mais hábeis lapidários do mundo.

Então aquele golpe foi um erro? Absolutamente. Foi o clímax do engenho do lapidário. Quando ele desferiu o golpe, fez aquilo que traria a pedra à sua mais perfeita forma, brilho e esplendor. Aquele que parecia arruinar a magnífica preciosidade, era na verdade a sua redenção. Pois daquelas duas metades saíram as duas soberbas gemas que o olho hábil do lapidário enxergou escondidas na pedra bruta que veio da mina.

Assim, às vezes Deus deixa cair sobre a nossa vida um golpe constante. P sangue jorra. Os nervos retraem-se. Nossa alma grita em agonia cortante. O golpe nos parece um grande erro. Mas não é. Pois somos para Deus uma jóia preciosíssima. E ele é o mais hábil lapidário do universo.

Um dia iremos fulgurar no diadema do Rei. Agora, enquanto estamos na sua mão, ele sabe exatamente  como lidar conosco. Não recairá sobre nós nenhum golpe que não seja permitido pelo amor,, o qual, das suas profundezas, opera bênçãos e enriquecimentos espirituais que nunca vimos nem procuramos.

Num dos livros de Jorge macDonald aparece este fragmento de conversa: " eu imagino por Deus me fez", disse o Sr. F. "estou certo de que não adiante nada fazer-me!"

"Talvez não tenha adiantado muito ainda", disse D., "mas ele ainda não acabou de fazer você. Ele ainda o está fazendo; e você está questionando o processo."

Se os homens apenas crescem que estão no processo de criação, e consentissem em ser feitos - em deixar o Criador moldá-los como o oleiro ao barro, submetendo-se aos movimentos da sua roda - dentro de pouco tempo estariam louvando a Deus pelas vezes que a sua mão os pressionou, mesmo que lhes tivesse causado dor; e por vezes, não seriam apenas capazes de crer, mas reconheceriam o fim que Deus tem em vista, que é trazer um filho à glória.

domingo, 20 de setembro de 2009

“A Segurança em Cristo” - 1Jo 5. 1-10 - Lição nº 13

Uma cortesia da equipe de professores da EBD

IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS DO MINISTÉRIO DE CORDOVIL

DEPARTAMENTO DE ESCOLA DOMINICAL

LIÇÃO 13 27 SET 2009

A SEGURANÇA EM CRISTO

INTR: Encerramos o trimestre com o ensino do Apóstolo João de que os filhos de Deus podem ter confiança na vida eterna, desde que não permaneçam na prática do pecado, vivam em oração e afastem-se dos ídolos.

I. A CERTEZA DA VIDA ETERNA

Nós sabemos que temos a vida eterna não apenas pelo testemunho interno do Espírito, mas também pela revelação da Palavra. V 13. João escreve o seu evangelho para os inconversos para que eles creiam Jo 20.31. Ele escreve esta carta para os crentes, para que eles saibam que têm a vida eterna. O propósito de João nesta carta é que os seus leitores ouçam, ouvindo creiam, crendo, vivam, e vivendo saibam.

1. Vida eterna

1.1. A vida eterna está em Cristo

a. Essa vida nos é dada por causa da missão de Cristo, que visou redimir o homem

b. Cristo é a sua fonte; Ele é quem a transmite aos homens

c. Os homens chegam a dela participar porque a aceitam em Cristo Ef 1.6

d. Essa vida é a transmissão, aos demais filhos de Deus, do mesmo tipo de vida e de natureza que possui o Filho, o Irmão mais velho II Co 3.18

e. Essa vida se reveste de um potencial sem limites, porquanto seus atributos são infinitos, tal como o próprio Deus é infinito

f. A vida eterna, é recebida pela fé

1.2. Que é a vida eterna?

a. É uma dádiva; não é algo conquistado por esforços próprios Jo 10.27-29; Ef 2.8,9. Essa dádiva é uma pessoa – Jesus Cristo.

b. No seu aspecto terreno, inclui todas as condições e todos os efeitos da conversão, da santificação e das operações do Espírito sobre a alma. Rm 6.3,4

c. Em seu aspecto celeste, a vida eterna inclui a glorificação da alma, a participação na natureza e imagem de Cristo, o que importa na participação na vida necessária e independente do próprio Pai Jo 5.25,26; II Pe 1.4

d. É a participação na plenitude de Deus, isto é, na natureza e nos atributos divinos Ef 3.19

e. É a participação na plenitude de Cristo Ef 1.23

f. Não é meramente vida sem fim (simples imortalidade), e sim, um tipo de vida, a vida mais elevada que existe

g. A qualidade dessa vida é simbolizada pelas coroas II Tm 4.8

h. Ela inclui lindas moradias nas esferas celestiais, porém consiste sobretudo do que acontece à própria pessoa, e não do que ela virá a possuir

Resumindo: 1. A vida eterna não é um prêmio a que fazemos jus, mas uma dádiva que não merecemos; 2. A vida eterna se acha em Cristo; 3. este dom da vida eterna em Cristo é uma posse atual.

2. Viva esperança I Pe 1.3

2.1. Envolve vida espiritual, a qual, embora desfrutada agora parcialmente, é intensamente desejada em toda a sua plenitude

2.2. Essa é a esperança da vida eterna Tt 1.2; a esperança que não nos envergonha Rm 5.5; a esperança da glória de Deus Rm 5.2; a esperança mediante a qual somos salvos Rm 8.24; a esperança da justiça Gl 5.5; a esperança do nosso chamamento Ef 1.18; 4.4; a esperança do evangelho Cl 1.23; a esperança em nosso Senhor Jesus I Ts 1.3; a esperança que vem através da graça II Ts 2.16; a esperança na bem-aventurada volta de Cristo Tt 2.13

3. Glória eterna

3.1. Subimos de um grau de glória para outro, quando participamos dessa vida II Co 3.18

3.2. A glorificação é um processo eterno, e não um acontecimento momentâneo

  1. DEUS OUVE AS ORAÇÕES

Uma coisa é saber que Jesus Cristo é Deus e que nós somos filhos de Deus, mas o que fazer com as nossas necessidades e problemas da vida diária? Jesus ajudou as pessoas quando andou aqui no mundo. Ele ainda ajuda-nos? Os pais terrenos cuidam dos seus filhos. O Pai celestial também cuida de nós.

  1. Dos que tem o coração limpo do pecado Sl 66.18; Pv 28.9; I Pe 3.7; Mt 5.23-25
  2. Dos que oram segundo a vontade de Deus reconhecendo seu Senhorio I Jo 5.14; Mt 6.10. A oração não é um recurso conveniente para impormos a nossa vontade a Deus, ou para dobrar a sua vontade à nossa, mas, sim, o meio prescrito de subordinar a nossa vontade à de Deus. É pela oração que buscamos a vontade de Deus e nos alinhamos a ela.
  3. Dos que oram com fé e confiança Tg 1.6,7; Hb 11.6; I Jo 5.14-15
  4. Dos que estão em Cristo Jo 15.7

    5. Dos que se achegam a Ele Tg 4.8; Is 65.24; Jr 33.3

6. Dos que amam o próximo Sl 35.13,14; Mt 9.35,36; 14.14; Jó 42.9,10

7. Dos perseverantes I Rs 18.42-45; Ne 1.4. Jesus, sendo Deus, não abriu mão de uma vida intensa de oração. O Espírito Santo ora por nós com gemidos inexprimíveis. Temos nós orado com intensidade, com fervor, com perseverança, com eficácia?

8. Deus pode salvar pessoas da morte pela instrumentalidade das nossas orações I Jo 5.16-17

8.1. A atitude do crente em relação àqueles que caem não é atirar pedras nem condenar, mas de orar por eles v 16. Não podemos orar por uma pessoa e continuar desprezando-a ao mesmo tempo. Não podemos orar por uma pessoa e sentir mágoa por ela ao mesmo tempo Mc 11.24,25

8.2. Deus nos dá a garantia de que quando oramos por uma pessoa que está em pecado, Deus a salva por meio da instrumentalidade das nossas orações. Pedir é a parte do homem, dar é a parte de Deus. Temos nós orado pelos nossos parentes e amigos? Temos feito das nossas orações um clamor por salvação na igreja? Temos sentido as dores de parto até que Cristo seja formado nas pessoas que amamos?

8.3. Jesus orou por Pedro quando Satanás estava peneirando a sua vida Lc 22.31-32

8.4. O profeta Samuel disse para o povo: "longe de mim pecar contra Deus, deixando de orar por vós" I Sm 12.23

 

  1. O CRENTE E O NOVO NASCIMENTO

1. O que é Novo Nascimento ou regeneração

1.1. É uma obra totalmente de Deus. Na obra da regeneração não exercemos nenhum papel ativo. Trata-se de uma obra totalmente de Deus. Vemos isso, por exemplo, quando João fala a respeito daqueles a quem Cristo deu o poder de serem feitos filhos de Deus – "Os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus" Jo 1.13. Aqui João especifica que os filhos de Deus são os que "nasceram de Deus", e a vontade humana ("vontade do homem") não ocasiona essa espécie de nascimento. O fato de que somos passivos no novo nascimento (regeneração) fica evidente também evidente quando a Escritura se refere a ela como "gerar" ou "nascer de novo" Tg 1.18; I Pe 1.3; Jo 3.3-8. Nós não escolhemos nos tornar vivos fisicamente e também não escolhemos nascer – isso simplesmente aconteceu; de modo semelhante, essas analogias na Escritura sugerem que somos inteiramente passivos na regeneração. A obra soberana de Deus na regeneração também é predita na profecia de Ezequiel Ez 36.26,27

1.2. O Novo nascimento é mistério para nós. Exatamente o que acontece na regeneração é mistério para nós. Sabemos de qualquer maneira que nós, que estivemos espiritualmente mortos Ef 2.1, fomos vivificados por Deus e, em um sentido muito verdadeiro, "nascemos de novo" Jo 3.3,7; Ef 2.5; Cl 2.13. Todavia, não entendemos como isso acontece ou como exatamente Deus nos dá essa vida espiritual. Jesus diz: "O vento sopra onde quer. Você o escuta, mas não pode dizer de onde vem nem para onde vai. Assim acontece com todos os nascidos do Espírito Jo 3.8

1.3. É um ato instantâneo. Ela acontece de uma só vez. Em dado momento estamos espiritualmente mortos, e no momento seguinte recebemos vida espiritual da parte de Deus. No entanto, nem sempre sabemos exatamente quando essa mudança instantânea ocorre.

1.4. O novo nascimento genuíno deve trazer resultados na vida I Jo 5.1; 3.9; 2.29; 4.7; 5.3,4

1.5. Aquele que nasce de novo é protegido por Deus I Jo 5.18 "sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não está no pecado; aquele que nasceu de Deus o protege, e o maligno não o atinge"

2. Como se reconhece os nascidos de novo

2.1. Os que são nascidos de Deus são novas criaturas, na sua vida as coisas velhas (isto é os velhos e maus hábitos) já passaram e tudo se fez novo II Co 5.17; I Jo 3.8-10

2.2. Os que são nascidos de Deus crêem que Jesus é o Cristo I Jo 5.1

2.3. Os que são nascidos de Deus amam Deus e aos irmãos I Jo 4.7,8; 3.14; Jo 15.19

2.4. Os que são nascidos de Deus estão seguros de ter sido perdoados de todos os seus pecados e de terem a vida eterna Ef 1.7; I Jo 1.7; Jo 6.47

2.5. Os nascidos de Deus são vitoriosos I Jo 5.3,4

3. Vida Santa

3.1. A santificação tem um começo definido na regeneração. Uma mudança moral ocorre em nossa vida no tempo da regeneração, pois Paulo fala a respeito do "lavar regenerador e renovador do Espírito Santo" Tt 3.5. Uma vez que nascemos de novo, não podemos continuar a pecar como hábito ou como padrão de vida I Jo 3.9, porque o poder da nova vida espiritual interior nos livra de fazer concessões à vida de pecado. Essa mudança moral inicial é o primeiro estágio na santificação. Nesse sentido, há algum tipo de sobreposição entre a regeneração e a santificação, pois essa mudança moral é realmente parte da regeneração. I Co 6.11 "Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus"

3.2. A santificação aumenta durante nossa existência Rm 6.11-19; Fp 3.13,14. Muito embora o NT fale a respeito do começo definido da santificação, ele também vê como processo que continua ao longo de toda a vida cristã.

3.3. A santificação nunca é completada nesta vida Ec 7.20; Mt 6.11,12; Tg 3.2; I Jo 1.8

3.4. A santificação é completada na morte (em nossa alma) e quando o Senhor voltar (em nosso corpo) Fp 3.21; I Co 15.23; 49

3.5. Deus e o homem cooperam na santificação

a. O papel de Deus na santificação I Ts 5.23; Fp 2.13; Hb 13.20,21

b. O nosso papel na santificação Rm 6.13; 12.1; 8.13; Hb 12.14; I Jo 3.3

3.6. A santificação afeta a totalidade da pessoa. Vemos que a santificação afeta nosso intelecto e nosso conhecimento quando Paulo diz que a vida "digna do Senhor" e que em tudo lhe seja agradável é a que continuamente está "crescendo no conhecimento de Deus" Cl 1.10. O crescimento em santificação também afetará nossas emoções. Cada vez mais perceberemos que já não amamos o mundo ou as coisas que há no mundo I Jo 2.15, mas que nós, semelhantemente ao nosso Salvador, nos deleitamos em fazer a vontade de Deus. A santificação terá efeito sobre nossa vontade, a faculdade que é responsável pelas decisões, porque Deus é quem está operando em nós "tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele" Fp 2.13. Além disso, a santificação terá efeito também sobre nosso espírito, a parte imaterial do nosso ser, e sobre nosso corpo físico, porque Paulo nos encoraja a nos purificar "de tudo que contamina o corpo e o espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus" II Co 7.1. Ele também diz que a preocupação a respeito das coisas do Senhor tem que ver com a santidade tanto do corpo quanto do espírito I Co 7.34. O propósito de Deus para nossa vida é que nos tornemos cada vez mais "conformes à imagem de seu Filho" Rm 8.29 em cada dimensão da nossa personalidade.

4. Guardar-se dos ídolos

4.1. Ídolo é tudo aquilo que, em nosso coração, tira o lugar do único e verdadeiro Deus. O Filho de Deus nos guarda do maligno v 18, mas isso não nos isenta da responsabilidade de guardarmo-nos do maligno. A palavra guardar aqui é diferente do verso 18, e significa vigiar. Na verdade o que João está dizendo é: não abandone o real pelo ilusório. Todos os substitutos de Deus são ídolos e deles o cristão deve guardar-se vigilante.

IV. O QUE PODE DAR AO CRENTE SEGURANÇA GENUÍNA

  1. Posso ter no presente confiança em Cristo para ser salvo? Cl 1.23; Hb 13.14
  2. Há evidência da obra regeneradora do Espírito Santo em meu coração?
    1. O testemunho do Espírito Santo no nosso coração testificando que somos filhos de Deus Rm 8.14-16; I Jo 4.13
    2. Se o Espírito Santo está trabalhando genuinamente em nossa vida, ele haverá de produzir o "fruto do Espírito" em nós Gl 5.22,23
    3. Resultados da vida e do ministério de uma pessoa segundo sua influência sobre outros e sobre a Igreja Mt 7.16-17,20
    4. Perseverança na fé e a aceitação do ensino sadio na igreja I Jo 2.23,24
    5. Relacionamento contínuo no presente com Jesus Jo 15.4,7; I Jo 2.4-6; 3.9,10, 24; 5.18
  3. Consigo ver o padrão de crescimento constante em minha vida cristã? II Pe 1.5-10

    Conclusão: Estejamos convictos de que se permanecermos com um relacionamento contínuo com Cristo, certos de que nascemos de novo e Deus continua ouvindo as nossas orações a nossa segurança de vida eterna é genuína.

    Pr. Tutecio Mello