terça-feira, 22 de setembro de 2009

"A Mariposa Imperial"

"Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada." Rm 8.18

Há um fato curioso a respeito da mariposa imperial: ela sai do casulo por uma abertura que nos parece pequena demais para o seu corpo. E, interessante, não deixa vestígio de sua passagem: um casulo vazio é tão perfeito como um casulo ocupado. Vim a saber que, segundo se supõe, a exígua abertura desse casulo é uma provisão da natureza para forçar a circulação dos humores nas asas da mariposa, asas que ao tempo da eclosão são menores que as de outras insetos congêneres.

Certa vez, um homem, guardou por bom tempo um desses casulos, que têm interessante forma cilíndrica. Estava ocupado. Ele anelava por ver chegar o dia da saída do inseto. finalmente o dia esperado chegou: e lá ficou observando, em uma amanhã, interrompendo a todo o momento o seu serviço, para observa a trabalhosa saída da mariposa.

No entender daquele homem, aquela saída estava trabalhosa demais! Pensou que talvez fosse ter o casulo ficado tanto tempo fora de seu habitar, quem sabe em condições desfavoráveis. Podia ser que suas fibras se tivessem ressecado ou enrijecido. E agora o pobre inseto não teria condições de sair dali.

Depois de muito pensar, arvorando-se mais sábio e compassivo que seu Criador, resolveu dar-lhe uma pequena ajuda. tomou uma tesoura e deu um pique no fiozinho que lhe embaraçava a saída. Pronto! Sem mais dificuldade, lá saiu a sua mariposa, arrastando um corpo intumescido. Ficou atento e curioso para ver a expressão de suas asas encolhidas, o que é um espetáculo admirável aos olhos do observador. Olhava curiosamente aqueles minúsculos pontos coloridos, ansioso por vê-los dilatarem-se, formando os desenhos que fazem da mariposa imperial a mais bela de sua espécie. Mas, ainda... E o fenômeno nunca se deu.

Na pressa de ver o inseto em liberdade, ele havia, sem o saber impedido que se completasse o laborioso processo que estimularia a circulação nos minúsculos vasos de suas asas! E a sua mariposa, criada para voar livremente pelos ares, atravessou sua curta existência arrastando um corpo disforme, com asas atrofiadas.

Muitas e muitas vezes tenho me lembrado desse incidente, quando observo, com olhos compassivos, pessoas que se estão debatendo em meio a sofrimento, angústia e dores. Eu de bom grado lhes cortaria a disciplina e daria liberdade. Homem sem visão! qual dessas dores poderia sem dano ser poupada?

A perfeita visão, o perfeito amor, que deseja a perfeição de seu objeto, não recua por uma fraqueza sentimental diante do sofrimento presente e transitório. O amor de nosso Pai é muito verdadeiro para fraquejar. Porque Ele ama a Seus filhos, Ele os corrige, a fim de fazê-los participantes da sua santidade. Com esse glorioso fim em vista, Ele não nos poupa o pranto. Aperfeiçoados através do sofrimento, como Seu Irmão mais velho, os filhos de Deus são exercitados na obediência e trazidos à glória através de muita tribulação.

4 comentários:

  1. Louvado seja Deus e nosso Senhor Jesus Cristo!

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  2. Texto extraordinário!

    Parabéns pelo trabalho no blog. Já estou seguindo.

    Aproveito para lhe convidar a conhecer o meu blog, e se desejar segui-lo, será uma honra.

    Seus comentários também serão muito bem-vindos.

    www.hermesfernandes.blogspot.com

    Saudações fraternas!

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  3. Ok meu amdo Hermes C. Fernandes
    Obrigado pelo carinho.
    Tentei por duas vezes me filiar ao seu blog, entretanto não consegui. Tentarei novamente.
    Paz.
    Saudações Fraternas!

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  4. Glória a Deus por cada lágrima NÃO poupada pelo Senhor em minha vida! Afinal, muito tenho aprendido e em muito aperfeiçoado-me por causa delas...
    Afinal, o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã!
    Que o nosso Pai seja louvado por nos moldar e disciplinar, gerando, com isso, em nós, a cada dia, um coração segundo o Seu!

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