O capítulo 10 de 2 Reis, relatando palavra por palavra o que temos em 1Crônicas 19, descreve as vitórias de Davi sobre Amom e Síria. No capítulo 11 temos seu terrível pecado de adultério. Aqui mais uma vez descobrimos que um sincero homem de Deus pode cair no pecado no caso de não andar bem chegado a Deus, e por consentir nos desejos da carne.
Ao mesmo tempo que reprovamos o adultério de Davi, devemos nos lembrar de que, quando Jesus se referiu ao mesmo pecado, chamou a atenção, não para a conduta mas para o coração (Mt 5.28). Assim quem tem o coração mais puro do que o de Davi pode se o primeiro a lançar pedra contra a reputação dele.
Pensemos com Matthew Henry:
- A ocasião do pecado: Descuido do dever. Quando devia ter estado com o exército no campo, ele estava descansando na cama. Preguiça. 'Dormindo a sesta´ em vez de ocupações ativas. Um olhar descontrolado, quando devia ter orado: "Desvia meus olhos de verem a vaidade" Sl 119.37
- Os passos do pecado. Viu, e desejou. Indagou quem era. Mandou chamá-la, talvez com o pensamento de uma mera conversa inocente. Pecou, porque o começo do pecado é uma descida fácil.
- O agravamento do pecado. Já era de uma certa idade: alguns pensam que de uns 50 anos. Tinha mulheres e concubinas (12.8). Urias, a quem ofendeu, era um dos seus valentes. Batseba era uma mulher de boa reputação. Davi era um rei, com o dever de exercer a justiça, e dar bom exemplo.
- Um pecado resulta em outro. Ao adultério acrescenta-se o assassínio do valente e fiel marido de Batseba. Que fracasso moral na história de um dos mais amáveis caracteres da Bíblia.
Alguns podem pensar que a própria Batseba não era de todo sem culpa. Porventura não podia achar lugar mais privado para banhar-se senão imediatamente em frente ao palácio? Na entrevista com o rei não podia ter procedido com a dignidade de esposa de um homem valente? Não podia ter gritado por socorro? (Dt 22.24)
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