quarta-feira, 30 de maio de 2012

Pecado, Arrependimento e Graça de Deus






TEXTO: Lucas 13.1-5


Naquela ocasião, alguns dos que estavam presentes contaram a Jesus que Pilatos misturara o sangue de alguns galileus com os sacrifícios deles. Jesus respondeu: “Vocês pensam que esses galileus eram mais pecadores que todos os outros, por terem sofrido dessa maneira? Eu lhes digo que não! Mas se não se arrependerem, todos vocês também perecerão. Ou vocês pensam que aqueles dezoito que morreram, quando caiu sobre eles a torre de Siloé, eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? Eu lhes digo que não! Mas se não se arrependerem, todos vocês também perecerão”.



PENSAMENTO: Todos nós sentimos a tentação de classificar pecados de acordo com uma escala. Algumas transgressões parecem merecer uma punição mais severa que outras. E não é que "nossos" pecados são sempre menores que os dos outros?



Já condenou alguém flagrado num pecado que você jamais cometeria, mas, convenientemente acha explicação para seus delitos? Já pensou, quando uma tragédia aconteceu com alguém, que a pessoa merecia?



Jesus nos lembra que todos são igualmente pecadores e que todo pecado merece igualmente a perdição. No contexto de julgamento (Lc 12.49-59), Jesus chama a atenção dos seus ouvintes para a necessidade de arrependimento, não importa o tamanho nem a natureza do pecado.



Como Fred Craddock observou "Vida no reino não é um jogo elevado de ganhar favores e evitar perdas. Sem arrependimento tudo está perdido."



Tem algo do qual você ainda não se arrependeu? Para Deus não importa quão grande ou pequeno é, o importante é que você se arrependa enquanto puder.

Que o Senhor nos ajude!
http://www.facebook.com/profile.php?id=100003488447204&ref=ts#!/prjohnmarck

sábado, 19 de maio de 2012


Salmos 139.7 “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?” 

O Espírito Santo sempre esteve presente, trabalhando para criar, abençoar e redimir. Sua presença e trabalho não se restringiu à igreja ou às escrituras da Nova Aliança. Ele habitou, guiou e abençoou a igreja da Velha Aliança também. 

Quem pairou por cima da terra ainda sem forma como uma galinha sobre os seus pintinhos trazendo ordem e harmonia do caótico e inabitável e continua fazendo a terra frutífera? O Espírito Santo!Quem se esforçou com os humanos rebeldes durante anos para levá-los de volta a Deus e à vida? O Espírito Santo! 

Quando Abraão confiou em Deus para fazer o corpo já envelhecido e o útero fechado da sua esposa frutífero e dar à luz a uma criança que eles não poderiam ter esperado, quem estava envolvido em todo o processo desde o começo? O Espírito Santo!

Os escritores bíblicos às vezes pensam no “Êxodo” como a partida de Israel do Egito, mas freqüentemente eles vêem isso como o movimento inteiro de Deus que tirou Israel do Egito através deserto e os estabeleceu na terra prometida.

Quem estava lá salvando Israel do cativeiro egípcio e os levando pelo Mar Vermelho? O Espírito Santo! Quem estava lá no meio deles, providenciando, enquanto eles vagavam pelo deserto precisando de comida e descanso? E quem agüentou a rebelião e as murmurações deles, continuando a guiá-los embora eles o afligiram com sua maldade? O Espírito Santo!

Tendo-os livrado das condições externas da escravidão, quem foi que habitou neles e trabalhou com eles, moldando-os com verdades transformadoras que os resgataram da escravidão interna para todas as formas de corrupção, os permitindo caminhar com as cabeças erguidas? O Espírito Santo! Quem construiu o Tabernáculo através das pessoas que ele escolheu e dotou? O Espírito Santo. E quando o profeta supremo de Deus precisou de ajuda para guiar a nação de Israel espiritualmente, era o Espírito de Deus – o mesmo Espírito que trabalhou com Moisés – que começou a trabalhar de um modo mais marcante com os setenta homens escolhido como cooperadores com Moisés, provendo orientação nacional.

Quando Josué e os contemporâneos dele morreram, e Israel esqueceu o que Deus tinha feito para eles, o resultado foi anarquia, guerra civil, retorno da escravidão e abuso de outras nações. Foi o Espírito santo que veio sobre certos defensores, fortalecendo as tribos em unidade que resultou em liberdade e descanso.

O Espírito Santo estava lá quando a monarquia chegou, trabalhando através de Saul até que ele se mostrou inimigo dos propósitos de Deus. Assim o Espírito de Deus partiu dele e veio fortemente sobre Davi que chamou a nação para ser um povo debaixo de um só Deus. Quando ele pecou tragicamente contra Deus, ele rogou a Deus não retirasse o seu Espírito Santo dele.

Foi durante o período da monarquia que os profetas apareceram com zelo. Profetas que, como Miquéias, estavam cheios do “Espírito do SENHOR” e Azarias; que proclamaram segurança a Judá e ao seu rei.Tanto Neemias como Zacarias falam do período inteiro antes do exílio como um tempo quando Deus tratou Israel por meio do Espírito Santo e Pedro fala do “Espírito de Cristo” “que neles estava” quando eles predisseram o sofrimento vindouro e a glorificação do Mestre.

Profetas viram se aproximando um dia de calamidade por causa da quebra da aliança com Israel, mas eles asseguraram Israel que um tempo vinha quando Deus sinalizaria a renovação da relação de aliança com o Israel, ricamente derramando sobre homens, mulheres, meninas e meninos, servos e servas, virgens e velhos. Seria um dia de novos começos, um dia marcado pela atividade renovadora do Espírito.

É importante que nós nos lembremos que o trabalho do Espírito de Deus não foi limitado à atos de redenção dramática ou atividades meramente "religiosas." Salmos 104 combina o extraordinário com a bênção estável em dia após dia de toda a criação. Isto inclui ele providenciando o dom de “sabedoria” que significa “pensando como Deus” e aprendendo a viver e desfrutar dentro do mundo que pertence a ele. A vida inteira é recheada com a atividade do Espírito Santo.

Então veio a deportação que os profetas predisseram e Israel, caminho para a escuridão, mas até mesmo no cativeiro o Espírito Santo estava habitando, falando, habilitando e prometendo. Ezequiel estava entre os cativos quando os céus abriram e o Espírito de Deus entrou nele. Vez após vez ele pregava convicção e consolação que chega ao ápice em 37:1-14, onde uma nação morta em pecado e exílio é assegurada que o Espírito de Deus os levantaria das suas sepulturas lhes daria vida.

Quando muitos voltaram à terra, castigados mas não completamente curados, eles acharam uma vida dura, seus inimigos animados, sua situação precária e debilitada. Mas Ageu lhes deu a segurança de que a promessa da aliança que Deus deu a Abraão ainda estava intacta, portanto eles não deveriam temer, pois Deus não só era fiel às suas promessas passadas, mas o Espírito do Deus “habitava” no meio deles. Zacarias encorajou Zorobabel, o governador, a acreditar que a tarefa assustadora de estabelecer Israel novamente seria realizada pelo Espírito de Deus.

A literatura Intertestamentária é recheada de referências ao Espírito Santo e ao trabalho dele nas vidas de crentes e em outros lugares. Antes do nascimento de João Batista e o próprio Senhor Jesus mesmo, um anjo assegurou o envelhecido Zacarias que ele teria um filho que seria cheio do Espírito de Deus desde o ventre materno. Lucas diz que o anjo falou para Maria que, em concebendo o Senhor, o Espírito Santo viria sobre ela, “e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra;” (uma alusão ao Shekinah da Velha Aliança -- a “glória” que pairava sobre o Tabernáculo). E havia o idoso Simeão que foi dito pelo Espírito que viveria para ver o Messias de Deus e estando “no Espírito,” ele entrou no templo, viu o Cristo como criança e louvou a Deus pela sua fidelidade.

Se tudo isso é verdade – que o Espírito Santo esteve sempre presente e em todos os lugares, o que devemos fazer com a declaração de João que até nos dias finais do ministério terrestre de Jesus, “o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado.”?

O “dando” e “recebendo” do Espírito nesta passagem dependem da glorificação de Cristo e tem referência específica aos que crêem no Cristo. Não é necessário destacar isto contra tudo aquilo que acabamos de examinar. João sabia muito bem que o Espírito sempre havia estado trabalhando no povo de Deus e além, e que ele havia estado com eles ao longo do ministério público de Cristo, porque ele disse isto expressamente. Ele nunca esteve ausente assim, de modo que o “dando” do Espírito fala de alguma forma especializada da presença dele. 

A glorificação de Cristo envolveu a morte propiciatória, reconciliando nele, sua ressurreição e a ascensão gloriosa até à destra de Deus. Pedro disse “Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis.” Isto é precisamente o que Jesus estava se referindo quando ele disse “Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco,” 

O significado do dar e receber o Espírito na passagem de João 7 veio à tona porque está relacionado ao retorno do Cristo exaltado que havia terminado a fase terrestre do seu ministério e tinha se tornado Espírito vivificante.

Em Atos 2, o que Pedro contou aos seus ouvintes foi isto: eles estavam testemunhando um novo começo, uma presença nova e especial do Espírito Santo que agora estava – o que antes ele nunca poderia ter sido – a presença e representação do Cristo glorificado, que junto com o Pai havia habitado nos crentes Messiânicos que constituíram o novo templo.

O Espírito não pôde funcionar neste papel antes, precisamente porque o Cristo no seu ministério terrestre estava operando no reino da carne (quer dizer, sob as limitações humanas comuns) e não era um Cristo glorificado, ascendido e universal. Para o Espírito operar deste modo novo era necessário o Cristo voltar ao Pai.

No desenrolar-se do propósito de Deus, o Cristo não pôde permanecer com eles a menos que ele fosse primeiro para longe deles (pelo processo de morte, ressurreição, ascensão e glorificação) e retornar a eles na pessoa do Espírito que permaneceria.

Assim a diferença entre o que aconteceu antes de Deus glorificar o Cristo e o que aconteceu depois disto, é mais sobre a “identidade nova” do Espírito do que sobre etapas de intimidade ou os tipos de coisas que o Espírito fez. O Espírito havia se tornado a presença do Cristo glorificado, que não era mais para ser visto em condições “carnais” (dentro de categorias meramente humano ou judaicas).

Na era Messiânica, o Espírito “de Deus,” enquanto ele continua sendo assim, é identificado agora como o Espírito “de Jesus” ou o Espírito “de Cristo” ou o Espírito “do Filho” dele. Isto ele não podia ser antes da exaltação do Cristo. Mas agora o Espírito vem em nome dele. Assim a passagem de João 7 realmente diz mais sobre Cristologia do que sobre o Espírito.

Além disto, com a chegada do Cristo, apareceu uma nova ordem mundial. O Cristo não é mais uma figura terrestre, mas um “Espírito vivificante” e o povo dele são os cidadãos de céu, no mundo mas não do mundo. Isto significa não só que eles não vêem o Cristo em termos meramente humanos; eles não se vêem ou a qualquer outro segundo a carne. A perspectiva deles é agora "espiritual", isto é, surgindo do Espírito.

Em Atos 2, o vento e o fogo, o dom de idiomas não conhecido aos oradores, a proclamação profética e a profusão de milagres vinculadas ao Pentecostes, como um momento de crise e novo começo, foram provas tangíveis que estes eram os dias do Espírito do qual os profetas haviam falado.

Assim não era a presença e trabalho do Espírito que era novo, já conhecido ao longo da história de Israel e a experiência humana como parte da ordem criada. O que era novo era o ambiente no qual o Espírito estava agora ministrando, a relação que ele agora sustentou ao Cristo glorificado e ao povo dele recentemente formado. 

Perto do fim do ministério terrestre dele, Cristo falou para seu povo que ele lhes enviaria outro Conselheiro – um que eles conhecem – que já estava “com” eles mas estaria “dentro” deles. Enquanto é verdade que o último estado (“dentro”) fala da inteira experiência nova deles em termos de estar “com” eles, ainda é verdade que ele faz uma distinção entre ”com” e “em”.

Eu estou convicto que Jesus estava falando do tempo quando os crentes se tornariam o povo da nova aliança e assim se tornaria o templo no qual o Cristo e o seu Pai morariam pelo Espírito. O Espírito estava com e em Israel antes da aliança do Sinai, mas com os eventos do Sinai, Israel se tornou algo que eles não foram antes. Eles se tornaram um povo ou uma nação de aliança com Deus, que agora habitou em e entre eles como seu parceiro principal na aliança.

Este trabalho de Cristo, enviando o Espírito para ungir e habitar na Igreja, o Corpo dele, é o que significa a frase “batizado no Espírito”. A frase é de João Batista, que quer que os penitentes batizados saibam que o Cristo deles é maior que ele. No momento apropriado, o Cristo lhes daria o Espírito ou, nas palavras de João, “vos batizará com o Espírito Santo”.

O antigo Israel e muitos indivíduos lá foram ungidos antes do Cristo chegar, mas com a sua vinda os propósitos e resultados das unções eram novos, isto é, peculiarmente focalizados. Elas estariam todos sob o título de glorificar o Cristo e lhe fazer Senhor de tudo e Senhor nas vidas das pessoas. O reino de Deus surgira a sua manifestação final em relação à humanidade.

O ungindo do velho Israel com o Espírito é substituído por um novo ungindo de um novo Israel que, com os gentios se tornara o novo templo no qual Deus habita pelo Espírito. Esses que compartilham a fé de Abraão (ao invés de um lugar na aliança Sinaítica), tendo sido batizados em Cristo se tornam os herdeiros de Abraão.

Este movimento substitui a aliança Mosaica (que criou duas famílias – judeu e gentio) com uma “nova” aliança que, no Cristo, faz dos dois, “um novo homem, fazendo a paz”. Israel não é desprezado, mas sua relação de aliança com Deus é reestruturada e todas as pessoas de fé se tornam um com ele.

Enviando o Espírito no nome de Jesus e o fazendo disponível para todos que, confiando no arrependimento tomam para si o nome de Cristo no batismo, Deus mostra que esse trabalho de reestruturação é dEle. Isto ele faz em cumprimento às palavras dos profetas, João Batista e o próprio Jesus.

O ungindo do povo de Cristo pelo Espírito era tudo que eles precisaram para uma vida completa com Deus no Cristo. Ele proveu todas as coisas necessárias para vida e piedade e eles não precisaram de mais nada! Este ungido incluiu homens dotados e mulheres que funcionaram dentro do Corpo de vários modos.

Isto é o que o João teve em mente quando ele falou do ungir da Igreja com o Espírito Santo que guia a igreja em toda a verdade. Nenhum conhecimento falso (via Gnósticos ou outros radicais) é preciso para os completar, não falta nada essencial para o qual apenas a elite possa ter acesso. João não está sugerindo que cada indivíduo tenha uma unção do Espírito que o/a faz e ou infalível ou extremamente douto.

É a Nova Comunidade que é batizada no Espírito em lugar de cada indivíduo independente. Em virtude de fazer parte da Comunidade, nós somos habitados pelo Espírito em nós. Salvação e a recepção do Espírito são sempre pessoais mas eles não estão disponíveis em isolamento – somente dentro da comunidade da aliança.

Talvez eu possa ilustrar melhor o que eu estou dizendo aqui. Suponha cada ser humano tem o que sobrevive a morte biológica, algo que chamamos “espírito” e que habita em  nós – nós jamais diríamos: “Nosso espírito só mora em nosso cérebro, no nosso fígado ou no coração” separado de, digamos, do nosso pé ou mão. Não, nosso espírito habita em “nós”, não numa parte isolada de nós. Nem tampouco diríamos, “Nosso espírito não habita em nossos dedos do pé ou orelhas.” Dizendo que o espírito habita em “nós”, nós queremos dizer “nós” como um todo completo e não independentemente em cada órgão como se nós fossemos uma coleção de pedaços independentes.

Assim, de acordo com minha visão, não há nenhum habitar “individual” do Espírito. Não existe nenhum cristão “individual”, como unidades independentes. É certo falar de cristãos individuais contanto que nós saibamos que eles só existem como parte de um Corpo. Um dedo não é o corpo inteiro, é uma parte "individual" do corpo mas ainda é uma "parte individual do corpo". Nós só podemos falar de um dedo ou pé ou olho no contexto de uma pessoa inteira.

E a habitação não é no sentido literal do Espírito Santo em nós. Eu penso que o "habitação" é outra maneira de expressar a vontade dele de identificar-se e ter comunhão sagrada com a Comunidade da aliança, a Igreja. A habitação é a vontade graciosa dele de ser e mover entre o povo como o Deus deles, de um modo especial segundo a aliança. É dito que nós habitamos em Deus tão seguramente quanto é dito que Deus habita em nós.

Se o habitar é “literal” ou “figurativo”, as escrituras ensinam que ele habita em nós. As boas notícias são que ele continua morando em nós e nos abençoa apesar de nossa ignorância sobre os detalhes.

Deixe-me resumir: 
O Espírito Santo sempre esteve ministrando, criando, abençoando, redimindo, cuidando, guiando, enquanto provia e iluminava.

Os profetas falaram de um dia quando o reinado de Deus se tornaria manifesto no Messias e que aquele dia seria iluminado pela presença e trabalho do Espírito Santo. Aquele tempo seria o período de renovação da aliança.

Os propósitos maravilhosos de Deus começaram a ser vistos com a chegada de Jesus de Nazaré em cuja vida, morte, ressurreição e glorificação, o reinado de Deus assumiu uma glória maior que antes.

A presença e trabalho do Espírito continuaram de algumas maneiras a ser o que sempre foi, mas agora assumiu um novo sentido. Ele se tornou uma testemunha à glorificação de Cristo e para a identidade de seu povo, o povo da aliança (a Igreja – composta de todas as nações). Isto significou que ele estava ministrando com uma nova fase do propósito de Deus e é aquele novo papel que explica muito do que é “novo” na Nova Aliança.

O Espírito que sempre é o Espírito "de Deus" é conhecido como o Espírito "de Cristo", "de Jesus" e "do Filho" dele. Isto não era possível antes da glorificação de Jesus Cristo.

O Espírito que habitou no povo da Velha Aliança – e visivelmente sinalizou isso pela presença do tabernáculo e do templo – agora habita nas pessoas da Nova Aliança que é composta de judeus e gentios que receberam o Messias. É dito que o Cristo "batiza no Espírito santo" quando ele enviou o Espírito ao novo povo da aliança em quem ele e o Pai habitam pelo Espírito Santo.

Dois pontos a mais antes de concluir este texto.
Este novo papel do Espírito poderia ajudar a explicar (como alguns no passado sugeriram) o "pecado contra o Espírito Santo" do qual o Cristo falou.Para os judeus rejeitarem o Cristo terrestre era pecado mas poderia ser corrigido depois. Par rejeitar o Cristo exaltado que agora só é conhecido pelo Espírito Santo é pecar um pecado contra o Espírito Santo para o qual não pode haver nenhuma cura. Não houve nem há nenhum outro Cristo.

Eu não conheço nenhuma razão para dizer, com a maioria dos autores, que a diferença entre a Velha Aliança e a Nova é que aqueles santos da velha aliança não puderam manter a aliança porque não tiveram o Espírito para neles habilitar. É entendido, então, que o Espírito, foi enviado para permitir os santos da nova aliança a manterem a nova aliança. Eu entendo que este é um mal entendido sobre a natureza de ambas as alianças.

A noção que a Velha Aliança era "sem Espírito" é um equívoco e a visão que os santos antigos ficaram para trás em relação aos santos de Nova Aliança em fidelidade, que o amor e devoção a Deus deles era inferior e superficial é outro equívoco. Por si só, os “heróis da fé” do autor da carta aos Hebreus deveria acabar com aquela idéia.

É verdade que foram reveladas verdades novas e uma nova fase dos propósitos de Deus chegou com a manifestação do reino de Deus na Nova Aliança. O trabalho e a presença do Espírito assumiram um significado especial, mas todo o seu habilitar das pessoas nos tempos da Velha Aliança foi da mesma maneira tão real como qualquer habilitação na Nova Aliança. Com a chegada da "plenitude do tempo", aquele trabalho de habilitar teve um novo estímulo e desenvolvimento. Era "escatológico" e estava relacionada ao novo povo de Deus do “fim dos tempos” e propósitos que estavam centrados no “último Adão", Jesus Cristo. Tudo aquilo é verdade, eu entendo, mas não tem nada a ver com a profundidade e autenticidade da fé e devoção dos antigos santos criados e nutridos pelo Espírito. Ao nível ético, a glória das vidas deles era tão rica quanto qualquer outro santo no presente. Escolha aí exemplos do Novo e eles podem ser igualados, pelo menos, no Velho.

Não é difícil demonstrar formalismo, apostasia e imoralidade nos anciões, mas ninguém nos escritos da Nova Aliança condena estes de forma tão severa quanto os profetas da antiguidade. Mero externalismo foi condenado pelos profetas que chamaram pessoas a terem corações circuncidados e a darem de si para Deus. O próprio Cristo nos falou que o cânon inteiro da Velha Aliança podia ser resumido nos mandamentos do amor. Paulo seguiu a orientação dele nisso.

Eu estou dizendo que muito da ignorância que nós atribuímos aos Israelitas sob a aliança Mosaica não é deles – é nossa. Eu estou dizendo que o Espírito fez as vidas deles adorável e sacrificíal e temente a Deus. Eu estou dizendo que o que é "novo" sobre o trabalho do Espírito na orientação da nova aliança não tem nada que ver com estes assuntos. 





http://www.facebook.com/#!/prjohnmarck